quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

CARNALAURSO 2010 - A festa continua!







Fernandes Belo mais uma vez mostrou a força de seu carnaval. Sem apoio oficial, os moradores levaram a animação às ruas. Uma festa verdadeiramente popular. Este ano foi sensivel a diferença dos carnavais mais recentes. Nos últimos anos verificava-se que havia um grupo que buscava dar ao carnaval em Fernandes Belo um toque de organização. Os blocos bem organizados, exibindo suas marcas, como é o caso dos blocos "É o Bicho (um dos mais animados grupos de brincantes)",o "Cabeça Raxada", "Os Entrosados", sempre presentes no carnaval. Pelo menos não exibiram sua marca registrada, que é o abadá e as fantasias com a logomarca do Carnalaurso. Apesar da falta de apoio, valeu pela empolgação e pela tranquilidade sempre quando o Laurso foi as ruas. A grande questão é a seguinte: O que fazer incrementar o carnaval em Fernandes Belo? Neste carnaval experimentou-se a união dos dois grupos de Laurso: O do Ferro Velho e o do Sivico. Um detalhe entretanto foi observado, a fantasia dos "bichos" neste ano foram confeccionados em sacaria de polietileno (muito quente para uma fantasia). Mesmo assim os brincantes que incorporam a centenária figura, não deixaram por menos, brincaram até o fim do carnaval com a alegria que lhes é peculiar. Parabens ao povo de de Fernandes Belo pelo belo carnaval, tudo na santa paz! Essa é uma marca do povo de Fernandes Belo.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

CARNALAURSO: O carnaval em Fernandes Belo


1) Fernandes Belo e o Laurso

2) As crianças e o Laurso

3) Brincar o Laurso não tem idade

4) Os animais que compõe o Laurso

O Carnalaurso, acontece em Fernandes Belo. É uma tradição centenária que sai as ruas todos os anos pela quadra momesca. Em Fernandes Belo existem dois grupos que mantém viva a tradição dessa importantíssima manifestação cultural.
Sem o menor apoio dos orgãos oficiais, Ferro Velho e Sivico são dois entusiastas que lideram e mantém viva a centenária manifestação cultural. A força da tradição é tão importante, que estudantes universitários desenvolvem projeto de pesquisa visando estabelecer o início da manifestação.
A força que vem das ruas de Fernandes Belo, entretanto, deve ser considerada como a unica vertente de preservação do Laurso, uma vez que o movimento sobrevive sem qualquer apoio governamental.
O que mais chama a atenção é o envolvimento da comunidade. Adultos e crianças, quando chega a época de carnaval, encarnam o espírito da brincadeira e levam para as ruas de Fernandes Belo a contagiante alegria que dura por toda a quadra carnavalesca.
Mas o que é o Laurso? Em uma explicação dissociada de qualquer base científica, dizemos, por que assim ouvimos dizer, que é o carnaval dos animais. Comandados pelo Urso, que empresta seu nome para a manifestação cultural, juntam-se o boi, o cavalo, o jumento, o macaco, o bode, enfim vários outros animais, pois é o carnaval dos animais.
Pesquisa científica deveria ser incentivada pelo orgãos culturais do município visando a catalogação do evento, que se bem cuidado, faria par com o "Boi de máscara", de São Cateano de Odivelas, com "Os pretinhos do mangue", de Curuçá, com o "Carnaval da Bicharada", de Cametá, como o "Mascarado Fobó", de Óbidos, enfim sem a menor sobra de dívidas seria o referencial cultural do município de Viseu, assim como é hoje a "Marujada" para Bragança.Preservar para não perder, este deve ser o espírito do povo de Fernandes Belo para não deixar que esse importante legado cultural, não se perca em relação as suas origens.
O mais interessante dessa manifestação é que ao conversamos com vários artistas plásticos da capital, mostrando a força da manifestação, eles, conhecedores do assunto, foram unânimes em demostrar sua preocupação com a preservação do aspecto cultural tal como ele é, sem mexer em sua originalidade, pois é isso que lhe assegura a beleza plástica. É com essa preocupação, então, que devemos buscar apoio oficial para alcançar o conhecimento da origem dessa importante oferta turística.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O QUE É NEPOTISMO?



s.m. Nepotismo é o favorecimento a amigos e parentes empregados na administração pública. É a República de Minas governando Viseu.

Estamos fazendo um levantamento de quantos e quem são os fantasmas e os parentes do prefeito "pendurados" na administração do município. Tem secretário fantasmas, médico fantasmas... e muito mais.
Aguardem!

OS CAMINHOS DE VISEU – A malha viária da município.



Nos últimos tempos temos andado pelo município de Viseu com certa freqüência. Todas as vezes que vamos para a Vila de Fernandes Belo sempre me utilizamos o caminho largamente mais conhecido. Saimos de Belém, até a cidade de Bragança, de lá até Fernandes Belo.

De Bragança até Fernandes Belo temos duas alternativas de acesso. A primeira, o caminho mais utilizado , romanticamente chamado pelo nosso povo de “por dentro”, uma viagem de aproximadamente 70 km, atravessando o município de Augusto Correia, passando pelas localidades de Vila Nova, Anoirá, Aturiai, Pirateua, Ipixuna, Itapixuna, Açaiteua, até Fernandes Belo.

A outra alternativa, chamada por fora, é muito mais longa, pela Rodovia BR-308 (Rodovia Transoceanica), depois entrando pela localidade Nel Barros, chegamos a Fernandes Belo passando pela Vila de Santa Maria, que dividida pela rodovia, pertence de um lado ao município de Augusto Correia e o outro lado a Viseu. Passamos ainda pelo Laguinho e Açaiteua, até chegarmos a Fernandes Belo.

Essa viagem é uma verdadeira aventura: Pontes quebradas, tendo em algumas delas que passar cruzando o rio pelo seu leito, estrada em péssimas condições de tráfego (é bem verdade que percebe-se um tênue serviço de recuperação mas que ao fim do inverno estará novamente em péssimas condições). É impressionante o descaso das autoridades para com o povo do II Distrito de Viseu.

Na semana passada viajando em um transporte alternativo, fomos até Viseu pela Rodovia BR 316, conhecida como Pará/Maranhão. Seguimos até o município de Cachoeira, recentemente desmembrado do município viseuense, e de lá tomamos a rodovia conhecida pelos nativos como Estrada Nova. Foi uma verdadeira surpresa. Agradável, diga-se de passagem. Surpreendeu-me a conservação daquela rodovia. Não parecia uma rodovia da região viseuense. Patrolada com esmero, as pontes, todas elas em excelente estado, dizemos em excelente estado de conservação e várias delas, novas. Sim viseuenses, do II Distrito, pontes novas.

Francamente, não parecia uma estrada do município de Viseu. A excelente condição de conservação da Estrada Nova, ao par das demais estradas do município em nada se pareciam.

Ao chegar a Viseu fiquei sabendo que havia um motivo para o cuidado com aquela rodovia. É por ela que o prefeito de Viseu vai da sede do município para uma de suas fazendas que fica localizada na Pará/Maranhão. Isso que é cuidar bem de seu povo!
Enquanto isso o povo de Viseu sofre com as péssimas condições de conservação das rodovias e das vicinais do município.

Em outubro teremos eleição. Vamos reagir!

É MUITA ENROLAÇÃO – E nós, vamos reagir?

"Um povo de cordeiros sempre terá um governo de lobos".
Dito popular antigo

Vivemos um caso de pura expressão da falsa consciência, que num lance desesperado, manipula as massas afastando-os de seus mais verdadeiros desígnios. Não sou daqueles que querem fazer o mundo andar para trás, mas preocupa-me em ver o povo ser usado por certa família como massa de manobra, na tentativa de fazer prevalecer seus interesses mais mesquinhos, interesses esses que passam muito longe dos interesses do povo. A afirmação desse projeto familiar só não é mostrada às claras por causa de um famigerado cálculo político. Neste ano teremos eleição novamente e vai haver a necessidade de continuar precisando desse povo. Não é conveniente exaurir em um só ano essa “galinha dos ovos de ouro”.
Enquanto isso o povo vive como se estivesse em um estágio letárgico. Não percebe do perigo que os cerca. Anos e anos de escravidão política determina que o viseuense continue à mercê do coronelismo, do caciquismo, dos chefes políticos que não demonstram nenhum interesse na afirmação desse povo. Estranho esse povo que não se comove e nem se indigna.
Haverá adormecido em nós um homicida, um anarquista em potencial, um corrupto, um demagogo, um autoritário? Tendemos a censurar com veemência aquilo que no íntimo censuramos? É bem possível.
Sou sensível a essa investigação, digamos, psicanalítica dos eventos. Mas também é fato que a maioria de nós aprendeu, felizmente, a reprimir a besta. E, por isso, numa manifestação que nada tem de patológico – ao contrário; é prova de saúde social -, queremos afastar do convívio os que cederam a seus demônios íntimos. Porque, de fato, eles nos ameaçam. Sem repressão estaríamos nas cavernas. A moral complexa da civilização não perdoa a idade da pedra de nossa formação psíquica. Ainda bem! Então é hora de começar a reagir.

A MATEMÁTICA DE MALBA TAHAN

Poucas horas havia que viajávamos - eu e Beremiz Samir - ambos montados num camelo, pela estrada de Bagdad, quando nos ocorreu uma aventura digna de registro, na qual meu companheiro de viagem Beremiz, com grande talento, pôs em prática as suas habilidades de exímio algebrista.

Encontramos três homens que discutiam acaloradamente ao pé de um lote de camelos. Por entre pragas e impropérios gritavam possessos e furiosos:

Não pode ser!
Isto é um roubo!
Não aceito!

O inteligente Beremiz procurou informar-se do que tratava.

Somos irmãos - esclareceu o mais velho - e recebemos como herança, esses 35 camelos. Segundo a vontade expressa de meu pai, devo receber a metade, o meu irmão Hamed Namir uma terça parte e ao Harim Namir, o mais moço, deve tocar apenas a nona parte. Como fazer a partilha se a metade, a terça parte e a nona parte de 35 não são exatas?

É muito simples, atalhou o Homem que Calculava. Encarrego-me de fazer, com justiça, essa divisão, se permitirem que eu junte aos 35 camelos da herança este belo camelo que, em boa hora, aqui nos trouxe! Vou fazer a divisão justa e exata dos camelos que são agora, como vêem, em número de 36.

E, voltando-se para o mais velho, Beremiz assim falou:

Deverias receber a metade de 35, ou seja, 17 e meio. Receberás a metade de 36, ou seja, 18. Nada tens a reclamar, portanto, pois saíste lucrando com esta divisão!
E tu, Hamed Namir, deverias receber 1/3 de 35, isto é, 11 e pouco. Vais receber 1/3 de 36 que é igual a 12. Também, não poderás reclamar, pois tu também saíste com visível lucro na transação.
E tu, jovem Harim Namir, segundo a vontade de teu pai, deverias receber 1/9 de 35, isto é, tres e tanto. Vais receber 1/9 de 36, isto é, 4. O seu lucro foi igualmente notável!

Ora, como 18 + 12 + 4 = 34, dos 36 camelos, restam 2. Um, já sabemos que é do meu amigo e companheiro de viagem. O outro camelo que resta, por direito será meu, pois vocês haverão de concordar que eu fiz uma partilha justa!

E, o astucioso Beremiz, tomou posse do camelo e seguiu viagem com seu amigo. A diferença é que, agora, cada um possuía o seu próprio camelo!

CONDUTA MORAL


“O Brasil institucional, indispensável à democracia, carece de decência, pois não são os índices do PIB que expressam o avanço de um País, mas a conduta moral de seus dirigentes”.
Ophir Cavalcante, paraense, presidente nacional da OAB

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

DECISÃO JUDICIAL NÃO SE DISCUTE. SE CUMPRE ... OU SE RECORRE


Ação de Investigação Judicial Eleitoral, Processo nº 498/2008, em que são partes com Investigante LUIZ ALFREDO AMIN FERNANDES e Investigados CRISTIANO DUTRA VALE e DILERMANDO JUNIOR FERREIRA LHAMAS, sendo julgada TOTALMENTE IMPROCEDENTE.
Decisão judicial, como nos ensina o direito não deve ser discutida. Cabe aos demandantes cumpri-la ou em grau de recurso entrar com apelação contra a decisão exarada pelo juízo competente. A nós, porém, cabe tecermos alguns comentários, fazendo destaque de um trecho da sentença :
“Vale ressaltar que as provas produzidas unilateralmente e sem o crivo do contraditório e da ampla defesa em inquérito policial não têm o condão de valer como provas capazes e aptas a gerarem comprovação irrefutável de alegações de ‘compra de votos. Para tanto seria indispensável que elas fossem produzidas durante a instrução processual tudo em respeito ao devido processo legal.”
Com relação ao trecho destacado perguntamos: Onde estava R. Ministério Público que não procurou corrigir as falhas no desenvolvimento do inquérito? Houve o flagrante da “compra de voto”, com a prisão do 2º investigado. Afinal o papel do MP não é atuar como guardião dos direitos da sociedade? Vejam só o caso “arruda”, do DF.
Infelizmente vivemos a seguinte constatação. Existe, dentre os operadores do direito, uma expressão curta e extremamente objetiva: “o direito não assiste aquele que dorme!”. Nós dormimos e conseqüentemente perdemos nosso direito. Só nos resta lamentar que o efeito do furacão “arruda” não atinja nossa região.
Se tivéssemos no judiciário viseuense personalidades com a coragem de um Dr. Ophir Cavalcante Jr.,paraense (viseuense) e presidente da OAB, que teve a CORAGEM de pedir a Procuradoria Geral da República o AFASTAMENTO do governador Arruda, do DF, baseando-se apenas nas “evidencias claras" existentes, repito “evidencias”, não provas”; de um STJ que demonstrou ousadia em DECRETAR o afastamento e pedindo a prisão do governador Arruda; de um ministro Marco Aurélio de Melo, que MANTEVE A PRISÃO de Arruda; e de um ministro Fernando Gonçalves, presidente do inquérito do mensalão do DF, teríamos, sem sombra de dúvidas um judiciário com cara de povo.
O próprio CNJ em opinião compartilhada pelo paraense que preside a OAB, com o apoio da OAB – Seccional do Pará, reconhece que o judiciário paraense é moroso e ineficiente e que uma das razões para a morosidade de nosso judiciário é a implantação, principalmente nas Comarcas de nosso interior do Pará da “Semana TQQ”, ou seja o judiciário só funciona as terças, quartas e quintas.
Fugindo um pouco do processo AIJE 498/2008 e prendendo-nos ao processo eleitoral de 2008. Basta uma simples olhada nas prestações apresentadas pelos candidatos que concorreram às eleições e Viseu para se perceber que esses documentos soam como pilhéria. Afinal sabem eles que o olhar estrábico da lei jamais vai lhe penalizar. Parafraseando o MM. Juiz, os “atores da quadra eleitoral” sabem que a impunidade faz com que esse processo não seja levados a sério. Foi de conhecimento geral a farra financeira promovida por alguns candidatos. Bandeiras, cartazes, carros som, motos locadas, carros locados, doações em espécie e em forma de objetos diversos, num flagrante desrespeito ao artigo 41-A, da Lei Eleitoral. Olhem só as prestações de contas desses candidatos! Brincam com a Lei, porque sabem que os tentáculos dessa mitológica figura chamada LEI, jamais vai alcançá-los.
Ao Zé Povinho, o cidadão de terceira classe cabe apelar para quem? Só nos resta esperar que os efeitos do “furacão arruda” tome o rumo dessas bandas. Aí sim saberemos a diferença entre o DIREITO DA FORÇA e a FORÇA DO DIREITO. Só nos resta aguardar e vigiar!

É CARNAVAL


O carnaval talvez seja a festa mais democrática que existe. Tudo é permitido. Os gênios criativos aproveitam a quadra para tirar um sarro com figuras que desfilam entre os mortais pensando que são inatingíveis.
É geralmente de Brasília-DF que vêm as mais irreverentes, mas encontramos duas paródias do bloco Quanta Ladeira, fundado por artistas como Lenine e Lula Queiroga que respondem pela agitação do carnaval pernambucano:

Sobrou pra Dilma – Uma versão do sucesso de Caetano Veloso, Odara

“Deixa eu votar
Lula disse que a Dilma é o cara
(...) Deixa eu votar
Mas eu não voto nessa “otara”
Que parece Pedro de Lara
Essa Dilma ninguém azara
Nem doidão, nem de cara.”

Sobrou pro Serra – Também de Caetano Veloso, ganhou uma versão de Terra

“Mas que candidato feio
Mas parece uma caveira
Um vampiro de cinema
Essa cara de Zumbi
(...) Vindo de outro planeta

Ancelmo Gois, publicada em O Liberal, Belém – Pará, edição de 15/02/2010, Caderno Atualidades, pag. 4, geral.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

OS PALHAÇOS DA NAÇÃO


Você sabia?
Pois então fique sabendo que...

1. - Um motorista do Senado ganha mais para dirigir o automóvel funcional de um Senador, do que um oficial da Marinha ganha para pilotar uma fragata de algumas centenas de milhões de dólares.
2. - Um ascensorista da Câmara Federal, ganha bem mais para “pilotar” os elevadores da casa, do que um oficial da Força Aérea que precisa de anos de treinamento para pilotar um caça Mirage.
3. - Um “diretor” que comanda a garagem do Senado, ganha muito mais do que um Oficial-General do Exército, que comanda todo um regimento de veículos blindados.
4. - Um “diretor sem diretoria” (...deve ser back-up de diretor...) do Senado, ganha mais do que o dobro que recebe um professor universitário federal concursado, com mestrado, doutorado e com prestígio internacional...
Talvez seja pela grande responsabilidade envolvida, em zelar pelo bem estar e pela segurança dos nossos “Pais da Pátria”...
Sabe quem os paga???
NÓS, OS PALHAÇOS DA NAÇÃO!!!!!!!

CONTINUA CORRIDA ÀS EMANCIPAÇÕES DE DISTRITOS NO CEARÁ: Pedidos de emancipações de distritos já passa dos vinte.


A Assembleia Legislativa recebeu, na ultima sexta feira (05/02) mais um pedido de criação de novo Município.
De acordo com o coordenador da Comissão de Triagem, Elaboração de Projetos e Criação de Novos Municípios da Assembleia, Luís Mourão, a Casa recebeu até agora 27 pedidos de emancipação e 01 pedido de agregação deáre (Cascavel/Chorozinho).
O distrito de Jurema, pertencente ao município de Caucaia, localizada na área metropolitana de Fortaleza, com mais de 132 mil habitante, deu entrada no protocolo da presidência da ALCE através da Associação do Movimento Emancipalista da Jurema-AMEJ O futuro município deverá se chamar Nova Jurema, uma vez que já existem dois municípios com esse topônico.
Eis a relação dos distrito já com processos em andamento:

DISTRITO/MUNICÍPIO MÃE/INTERESSADO/PROCESSO/PARECER
1. JOSÉ DE ALENCAR, Iguatu, FECMI, 00510/10 (desfavorável)
2. MUNDAÚ, Trairi, APRODART, 01149/10 (favorável)
3. PECÉM, São G. do Amarante, ASSEPEC, 01154/10 (favorável)
4. VÁRZEA DOS ESPINHOS, Guaraciaba do Norte, AMEVER, 01155/10(favorável)
5. JOSÉ DE ALENCAR, Iguatú, CMI, 01150/1(favorável)
6. JUREMA, Caucaia, AMEJ, 01292/10(favorável)
7. IRATINGA, Itapajé, Dep. José Albuquerque, 01171/10(favorável)
8. MATRIZ DE SÃO GONÇALO, Ipueiras, Dep. Wanderley Pedrosa, 01457/10(favorável)
9. MINEIROLANDIA, Pedra Branca, AMEM, 01508/10(favorável)
10.SANTA FELÍCIA, Acopiara, AMESFSA, 01611/10(favorável)
11.ICARAÍ DE AMONTADA, Amontada, AMEI, Dep. Sergio Aguiar, 01534/10(favorável)
12.PAJUÇARA, Maracanaú, AMEP, ep. Julio Cesar, 01738/10(favorável)
13.ALMOFALA, Itarema, ASSOCIAÇÕES, 02110/10(favorável)
14.IGUAPE DO CEARÁ, Aquiraz, AMEIC, Dep. Mauro Filho, 02106/10(favorável)
15.JURITIANHA, Acaraú, , ACCCJ, 02142/10(favorável)
16.ARANAÚ, Acaraú, ATAPPA, 02147/10(favorável)
17.MONTE NEBO, Crateús, ACMN, 02145/10(favorável)
18.IBIAPABA, Crateú(favorável)
19.ANTONIO DIOGO, Redenção, Dep. Osmar Baquit/Artur Bruno, 02144/10(favorável)
20.SÃO PEDRO DO NORTE, Jucás, APESMEC, 02110/10(favorável)
21.ICOZINHO, Icó, Dep. Neto Nunes, Dep. Adahil Barreto, 02165/10, 02187/10
22.LIMA CAMPOS, Icó, Dep. Neto Nunes, 01292/10 (favorável)
23.JAMACARÚ, Missão Velha, Dep. W. Landim/AMEJ, 02178/10(favorável)
24.PALESTINA DO CARIRI, Mauriti, Dep. W. Landim/AMEPC, 02188/10(favorável)
25.SÃO JOÃO DO ARUARU, Morada Nova, AMESJA/Dep. Manoel de Castro e Dep. Lucilvo Girão, 02184/10 e 02194/10(favorável)
26.ITAPEBUSSU, Maranguape, Dep. Lucilvo Girão, 02195/10(favorável)
27.SITIO ALEGRE, Morrinhos, AMESA, 02186/10(favorável)
28.CASCAVEL (agreçgação, CHOROZINHO, Dep. Roberto Claudio, 02196/10(favorável)
Fonte: www.faecemancipaçao.org.br

NOTICIAS DO ESTADO DO CEARÁ: Emancipação realista.

Luiz Farias, Secretário Geral da Federação das Associações Emancipalistas do Ceará - FAEC, um lutador pela questão emancipalista

EMANCIPAÇÃO REALISTA : A Assembleia Legislativa começou a receber pedidos de emancipação de distritos, com vistas a se tornarem municípios. A iniciativa é legítima desde que cumpra alguns pré-requisitos formais e substanciais para que não se torne apenas um projeto de poder de facções políticas locais.
O processo de emancipação política de comunidades situadas numa base territorial já colocada sob a regência de jurisdição governamental superior é um desdobramento quase impositivo da necessidade humana de se autogerir. Quase sempre é saudado como expressão da vitalidade de uma dada coletividade e da afirmação de sua identidade. Para ser autêntico, porém, deve expressar o coroamento de um processo endógeno que lhe permita andar com as próprias pernas. Ou seja, tenha capacidade de conduzir-se com seus próprios recursos orçamentários, embora possa contar com a complementação advinda dos repasses de outras esferas de poder (estadual e federal).
Em outras palavras: as transferências não devem ser a principal base de sustentação financeira daquela unidade administrativa. Se assim for, será um processo artificial que não corresponde à realidade concreta daquela comunidade, mas atende apenas a interesses ``políticos`` de determinadas facções que desejam criar uma instância de poder para seus próprios fins. E, infelizmente, isso tem sido uma prática na realidade política brasileira. Emancipações sem a observância desses critérios têm produzido um número avassalador de municípios inviáveis.
Isso até poderia ser assimilável se tais estruturas burocráticas fossem menos complexas e não a cópia, pura e simples, das mesmas estruturas existentes nos níveis mais altos da administração ou de grandes áreas populacionais ou produtivas. Tudo porque se estabeleceu um único modelo formal de município. Por exemplo: poderíamos ter municípios não dotados necessariamente da forma presidencialista. Poderiam ser regidos por um conselho comunitário, se a comunidade fosse muito pequena. No mínimo, poderiam ter representantes não remunerados, como acontece em vários países onde é possível a convivência entre várias formas de estrutura política e administrativa municipal, como a predominância em pequenas comunidades de formas de governo comunais.
Contudo, como isso é projeto de maior fôlego, já que exigiria mudanças constitucionais, poder-se-ia ao menos optar pela exigência de alguns critérios, como o da autossustentabilidade financeira e de redução ao máximo da máquina burocrática, que deve ser a mais simples possível, quanto menor for o município. Sem isso, apenas agravaremos o quadro orçamentário do Estado brasileiro, prejudicando os interesses da coletividade nacional, o que incidirá, certamente, sobre as próprias comunidades emancipadas artificialmente.
Fonte: www.faecemancipacao.org.br

ESTADO DO CEARÁ: NOVIDADES SOBRE A CRIAÇÃO DE NOVOS MUNICIPIOS

Secretario Geral da FAEC, Luiz Farias, com lideranças protocolando pedido de criação de novos municípios.


O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Domingos Filho (PMDB), destacou a sanção do Projeto de Lei Complementar nº 84, de sua autoria, que prevê estudos de viabilidade para criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios do Estado. A lei foi sancionada no último dia 28 de dezembro pelo governador do Ceará, Cid Gomes, e publicada no Diário Oficial do Estado.
"O nosso projeto é o mais exigente do País, e o governador, em função de que há a necessidade de novas emancipações, decidiu sancioná-lo no todo", enfatizou Domingos. Na avaliação do deputado, a aprovação de Cid Gomes assegura o direito de uma comunidade de pleitear a maioridade política, desde que para isso tenha condições de se tornar município.
Para o processo de criação de novos municípios, deverá ser feito um requerimento de autoria de deputados ou de alguma entidade, através de projeto de iniciativa compartilhada, assinado por no mínimo cem eleitores domiciliados na área territorial a ser emancipada. A partir daí, conforme explica Domingos Filho, a Assembleia Legislativa irá requisitar aos órgãos competentes a comprovação de viabilidade.
A análise prévia sobre a emancipação de determinado distrito será realizada pela Comissão de Triagem, Elaboração de Projetos e Criação de Novos Municípios do Ceará da Assembleia, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
Para ser emancipado, o distrito deve estar de acordo com o artigo 2º da lei, que diz que nenhum município será criado sem a verificação da existência de população superior a oito mil habitantes, eleitorado não inferior a 40% de sua população, centro urbano já constituído com número de prédios residenciais, comerciais e públicos superior a quatrocentos e estimativa de receitas que vão desde transferências estaduais e federais até receita fiscal da área que irá formar o novo município, atestada pelos órgãos fazendários municipais, com base na projeção dos tributos próprios.
Ainda segundo a lei, nenhum município com menos de dez anos de instalado poderá ser objeto de qualquer alteração definida na legislação. De acordo com Domingos Filho, depois de comprovada a viabilidade, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) deverá fazer um plebiscito que, conforme recomenda a lei eleitoral vigente, precisará ser feito durante o processo de eleições gerais. Segundo o parlamentar, o plebiscito poderá acontecer já nas eleições deste ano.
Fonte: www.faecemancipacao.org.br

Editorial (OAB): Resposta à nação

Porto Alegre (RS), 12/02/2010 - O editorial "Resposta à nação" foi publicado na edição de hoje (12) do jornal Zero Hora, do Rio Grande do Sul:
Ao autorizar a prisão preventiva do governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, ontem, o Superior Tribunal de Justiça acabou dando a resposta que a sociedade exigia e esperava para o escandaloso episódio do pagamento de propinas a políticos de Brasília, com o referido governante e alguns parlamentares escondendo maços de dinheiro nos bolsos e nas peças íntimas de suas roupas. Embora o pedido de prisão tenha sido baseado em outro motivo o uso de poder econômico e político por parte do chefe do Executivo brasiliense para interferir nas investigações, a verdade é que o primeiro caso de encarceramento de um governador durante o mandato, em plena democracia, representa um marco na luta contra a corrupção e a impunidade na administração pública.
Serve, também, como um contundente alerta aos partidos políticos, para que assumam a responsabilidade de promover a depuração preventiva de seus quadros. Em vez disso, não é incomum que apóiem incondicionalmente seus filiados, colocando a identidade partidária acima dos princípios morais e éticos dos cidadãos. Não pode ser assim: honestidade não tem legenda (o destaque é nosso).
Evidentemente, o governador Arruda e as demais pessoas presas ontem pela Polícia Federal devem desfrutar do direito de defesa, garantido pela Constituição. Mas eles não tinham e nem podiam ter direito de debochar da nação como vinham fazendo (o destaque é nosso), desde que as gravações da distribuição de propina vieram a público. Num primeiro momento, o senhor José Roberto Arruda chegou a dizer que aquele pacote de notas que recebeu destinava-se a comprar panetones para a população pobre de Brasília. Por mais de uma vez, aproveitou-se da condição de governante para usar a mídia e tentar convencer seus eleitores de que estava sendo vítima de uma armação. Tais atitudes, em contraste com a clareza das imagens da falcatrua, serviram apenas para aumentar a indignação dos cidadãos (miremo-nos nesse exemplo).
Provocado pela Ordem dos Advogados do Brasil, o STJ mostrou-se sensível ao clamor geral da população por uma providência mais célere do que os intermináveis trâmites burocráticos que quase sempre conduzem à impunidade. A prisão preventiva é uma medida cautelar, que suprime a liberdade do suspeito antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. Tanto o governador quanto os demais denunciados ainda podem ser inocentados. Mas a decisão de ontem tem o mérito de, num primeiro momento, aliviar a indignação nacional. Ainda que se respeite quem pensa diferente, como se percebe na primeira manifestação do presidente Lula, é bom, sim, é muito bom para a consciência política do Brasil que um governador vá para a cadeia por trair a confiança dos seus eleitores (o destaque é nosso) desde que, como ocorre no caso brasiliense todas as prerrogativas democráticas dos acusados continuem sendo respeitadas."

MUDAM OS TEMPOS, MAS OS GOVERNOS CONTINUAM OS MESMOS

Vejam como tudo permanece como antes. Revendo meus arquivos encontramos aqui um artigo de autoria do jornalista Joelmir Betting, ainda atuante no jornalismo brasileiro, onde o autor procura mostrar o permanente confronto entre oposição e governo. Esse artigo é datado de 1987, mas o tema continua atual.
Vamos ao artigo:
Do MST ao MSV
“Não é que a oposição não veja a solução. Ela não enxerga é o problema. Juliano Bastilde – Sociólogo”
Um autêntico Dia Nacional de Luta contra um governo supostamente impopular deveria colocar nas ruas, em passeatas e comícios embandeirados, um contingente mínimo de 150 mil manifestantes no centro de São Paulo. Ou pelo menos 100 mil nas praias do Rio. Em São Paulo a manifestação orquestrada adicionou colunas de outras cidades e até de outros Estados. Os organizadores apostaram no engajamento de 15 mil. Pois conseguiram juntar 5 mil. O fracasso virou vexame.
Se é verdade, como dizia Talleyrand, que “cada oposição tem um governo que merece”, o Dia Nacional de Luta mostrou que estamos bem de governo e mal de oposição. Para um Brasil sabidamente esgarçado, é triste contar com uma oposição desse calibre. Os chamados “movimentos populares organizados” deram de perder as causas, que podem ser justas, pelo método de luta, que são simplesmente raivosos.
Caso das passeatas da Avenida Paulista, convertida em passarela da cidadania e do patriotismo. E desde quando bagunçar o trânsito já viscoso de uma metrópole estressada é desfilar bandeira vermelha da cidadania? Sexta feira, a passeata monstro de 5 mil engarrafou dentro, de automóveis e, principalmente, de ônibus sem alternativa, nada menos de 230 mil paulistanos. De resto, já maltratados, na mesma região da cidade, por passeatas nos dias pares e comícios nos dias impares. Ou seja, “atos públicos” mui populares.
“Quem exagera o método perde a causa”, ensinava Jean Jacques Rousseau, ideólogo da Revolução Francesa. No momento brasileiro, a saturação das passeatas disso ou daquilo repete o mesmo equivoco estratégico do grevismo obtuso de lideranças sindicais empenhadas em simplesmente mostrar serviço. Ou fazer carreira política. Na Itália, o grevismo dos anos 70 acabou por desmoralizar o exercício sacrossanto da greve justa e certa, desmobilizando a classe operária.
Entre nós, o fiasco da passeata desmoraliza o capital político de um movimento reivindicatório sério: o do funcionalismo em pé de greve. Ou em pé de guerra, como espalhou lá fora, semana passada, “The Washington Post”. Único problema: o movimento dos servidores públicos civis e militares, que dá carona ao oportunismo dos sem terra (MST) e à picaretagem dos sem voto (MSV), deu de tomar como causa o que não tem passado de efeito.
Seguinte: O descalabro orçamentário dos governos estaduais e o sadomasoquismo fiscal do governo federal resultam não da “política neoliberal de FH”, mas de um carcomido sistema de governo que não governa, não se governa e nem se deixa governar. O próprio funcionalismo em pé de guerra, que sempre faz parte do problema, não admite fazer parte da solução. Tomar o efeito pela causa e sabotar a reforma do Estado brasileiro é aprofundar a bancarrota do setor público, fazendo do funcionalismo público a profissão hoje mais aviltada da sociedade brasileira.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010



Essa foi pinçada do portal G1, em 11/02/2010:
Geneton Moraes Neto

UM ESTUDANTE CHAMADO ALCIDES DO NASCIMENTO LINS, UMA EX-CATADORA DE LIXO CHAMADA MARIA LUIZA – E A ENORME, A INDESCRITÍVEL, A MONSTRUOSA VERGONHA DE SER BRASILEIRO

O estudante Alcides: vergonha, vergonha, vergonha

A TV é imbatível na arte de produzir lembranças marcantes. Uma imagem aparentemente banal pode ficar anos gravada nas nossos retinas fatigadas. Um exemplo: a alegria sinceríssima de uma ex-catadora de lixo chamada Maria Luiza ao receber a notícia de que o filho tinha sido aprovado no vestibular de Biomedicina da Universidade Federal de Pernambuco.
Detalhe: criado com as dificuldades imagináveis, o filho tinha tirado o primeiro lugar entre os alunos de escolas públicas aprovados no vestibular. A imagem da vibração da mãe tinha sido captada quase que casualmente pelo cinegrafista Marconi Pryston, durante a gravação de uma reportagem sobre o vestibular para o telejornal local da TV Globo Recife. A alegria da mãe ganhou repercussão nacional ao ser exibida no Fantástico, numa série conduzida por Zeca Camargo. Era comovente. O tema da reportagem era a felicidade. Em seguida, o exemplo do estudante ganhou espaço no Globo Repórter.
O filho de D. Maria Luiza iria se formar este ano. Mas foi assassinado a tiros, na porta de casa, no bairro da Torre, no Recife. Os dois assassinos procuravam por outro homem. Não o encontraram. Abordaram Alcides – que morava numa casa vizinha -, em busca de notícias. Como Alcides disse que não sabia onde estava o “alvo”, foi morto com dois tiros na cabeça, à queima-roupa. Execução sumária. Não há outra palavra para definir os autores do crime: são animais. Ponto.
Faltará alguém na festa de formatura da turma de biomedicina da Universdiade Federal de Pernambuco. A ex-catadora de lixo disse às tvs: “Minha vida acabou”.
O Brasil tem uma dívida enorme, indescritível, imensurável com Alcides do Nascimento Lins e com esta mulher. A dívida com Alcides jamais poderá ser paga. Uma vida foi desperdiçada em troca de quê ? De nada. Há qualquer coisa de terrivelmente errado num país que premia com dois balaços o filho de uma ex-catadora de lixo que, a despeito de tudo, chega à universidade na condição de primeiro lugar entre alunos de escola pública. Tinha vinte e dois anos de idade. Vinte e dois!
Neste momento, só há um sentimento possível : a enorme, a indescritível, a imensurável, a monstruosa vergonha de ser brasileiro.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Margarida Schivazappa: A Primeira Dama do Teatro Paraense


Yayá Boneca

Cenas da peça Yayá Boneca
Finalmente, após muitos anos de tentativas frustradas, conseguimos aprovar pela Fundação Cultural do Município de Belém – FUMBEL, o projeto Margarida Schivazappa: A Primeira Dama do Teatro Paraense, após criteriosa avaliação efetuada pelo Comitê de Avaliação de Projetos da Lei Tó Teixeira & Guilherme Paraense – Lei Municipal nº 7.850/97, regulamentada pelo Decreto nº 35.416/99.
Lei Tó Teixeira


Agora, em uma segunda fase, vamos buscar junto as empresas parceiras do município os recursos financeiros para a impressão do trabalho será mostrado na Revista PZZ – Pará Zero Zero, especializada em arte, política e cultura, em edição especial.
Regendo um Coral no Pátio da antiga Escola Industrial de Belém

Assim dentro em breve poderemos conhecer um pouco do perfil de nossa notável professora de canto coral e por muitos considerada como a Primeira Dama do Teatro Paraense.



O TEMPO E A POLÍTICA






Muitos historiadores sustentam que a Revolução Francesa, apesar de todas as iniqüidades do regime monárquico, não teria eclodido sem a seqüência cruel de invernos rigorosos e longos que arruinou as plantações de trigo, levando os pobres a inanição epidêmica .
Também se atribui ao drástico desequilíbrio climático de meados dos anos 1840 a eclosão de uma onda de sangrentas insurreições populares que varreu quase todo o continente europeu. Chuvas e geadas inclementes intercaladas abriram caminho para a proliferação de uma praga que dizimou as plantações de batata, então a única fonte disponível de calorias em larga escala. Da penúria resultaram uma mortandade e um êxodo sem iguais na história da humanidade. Só na Irlanda, 2 milhões de habitantes – um em cada quatro – morreram ou emigraram.
Uma reportagem desta edição de VEJA investiga as causas meteorológicas do dilúvio que se abate sobre o sul e o sudeste brasileiros. Com especial ferocidade, as águas castigaram São Paulo, a maior cidade do Hemisfério Sul, motor econômico que produz 12% do PIB do Brasil. Desde 23 de dezembro passado choveu todos os dias em São Paulo. As nuvens derramaram seus moradores uma quantidade de água que não se registrava havia 63 anos . A reportagem reflete sobre o inevitável custo político dos efeitos catastróficos trazidos pelo dilúvio. A exploração eleitoral das chuvas em São Paulo é desde já uma das estratégias declaradas pelo partidários da candidata governista em sua disputa com José Serra, governador de Sã Paulo. Não há dúvida de que hoje os governos mais eficientes e democráticos e os eleitores mais atendidos e menos manipuláveis do que as legiões de miseráveis franceses de 1789 e dos carbonários pauperizados da Europa de 1840. Mas é a mesma revolta das pessoas diante do sofrimento provocado pela devastação das águas.
O que fazer? Ao poder público resta atender com presteza cada uma das vitimas e cuidar para que elas tenham condições materiais e emocionais de retomar quanto antes sua vida produtiva. Cabe também fazer planos e obras para tentar garantir que na próxima estação de chuvas a única surpresa seja todos estarem preparados para evitar o pior.
Fonte: Revista VEJA, 10 de fevereiro de 2010, seção Carta ao Leitor, pag. 11

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A BOA MUSÍCA

Para quem gosta e tem saudade da boa música, aqui a letra de um dos maiores clássicos de nossa MPB.

SAMBA DA BENÇÃO
Composição de Baden Powell e Vinicius de Moraes.

É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração

Mas, pra fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
É preciso um bocado de tristeza
Senão, não se faz um samba não

Senão, é como amar uma mulher só linda
E daí?
Uma mulher tem que ter qualquer coisa além de beleza
Qualquer coisa de triste
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza de se saber mulher
Feita apenas para amar
Para sofrer pelo seu amor
E pra ser só perdão

Fazer samba não é contar piada
E quem faz samba assim não é de nada
O bom samba é uma forma de oração

Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste, não

Feito essa gente que anda por aí
Brincando com a vida
Cuidado, companheiro!
A vida é pra valer
E não se engane, não
Tem uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem
Sem provar muito bem provado
Com certidão passada em cartório do céu
E assinado embaixo: Deus
E com firma reconhecida!
A vida não é de brincadeira, amigo
A vida é arte do encontro...
Embora haja tanto desencontro pela vida
Há sempre uma mulher à sua espera
Com os olhos cheios de carinho
E as mãos cheias de perdão
Ponha um pouco de amor na sua vida
Como no seu samba

Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não

Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração

Eu, por exemplo
O capitão do mato Vinicius de Moraes
Poeta e diplomata
O branco mais preto do Brasil
Na linha direta de Xangô
Saravá!
A bênção, Senhora
A maior Ialorixá da Bahia
Terra de Caymmi e João Gilberto
A bênção, Pixinguinha
Tu que choraste na flauta
Todas as minhas mágoas de amor
A benção, Sinhô
A bênção, Cartola
A bênção, Ismael Silva
Sua bênção, Heitor dos Prazeres
A bênção, Nelson Cavaquinho
A bênção, Geraldo Pereira
A bênção, meu bom Ciro Monteiro
Você, sobrinho de Nonô
A bênção, Noel
Sua bênção, Ary
A bênção, todos os grandes sambistas do meu Brasil
Branco, preto, mulato
Lindo como a pele macia de Oxum
A bênção, maestro Antonio Carlos Jobim
Parceiro e amigo querido
Que já viajaste tantas canções comigo
E ainda há tantas por viajar
A bênção, Carlinhos Lyra
Parcerinho cem por cento
Você que une a ação ao sentimento e ao pensamento
A benção, Baden Powell
Amigo novo, parceiro novo
Que fizeste este samba comigo. A benção, amigo
A benção, Maestro Moacyr Santos
Que não és um só
És tantos, tantos...
Como o meu Brasil de todos os Santos
Inclusive, meu São Sebastião
Saravá!
A benção, que eu vou partir
Eu vou ter que dizer adeus

Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não

Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração

Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração

Ele é negro demais no coração
Ele é negro demais no coração

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O BLOCO DA DILMA


Essa busquei no blog da professora Edilza Fontes, ex-musa do PT paraense:
“O bloco tem à frente o Lula e a Dilma, logo atrás tem uma ala do Jader, Duciomar e Vic, ele está um pouco atrás, representando a terceira via.
Temos depois a Governadora ao lado do deputado Gerson Peres , por ser o PP o partido que está nesta eleição com o PT. Na Outra eleição o PP, estava com O PSDB. Eu e Paulo Rocha fazendo parte de outra ala. O secretário Cláudio Puty muito triste por ter saído da casa Civil e não indicar seu substituto”.
Vendo o desenho do Bloco de dona Dilma, parece que estamos assistindo um daqueles filmes de Tarantino. É difícil de acreditar! Misturar na mesma panela Duciomar (PTB), Vic Pires Franco (DEM), Gerson Peres (PP), Lula e Dilma (PT), só será possível se nessa panela adicionarem uma boa dose de pragmatismo, ou melhor aumentarem essa dose, se só com o PMDB já é dificil, imaginemos só toda turma reunida. Só está faltando um personagem para esse bloco ficar completo: Almir Gabriel, como rainha da bateria empunhando a bandeira do PAC. Aí sim o bloco não atravessaria o samba na avenida. E mais onde ficaria o Anivaldo Vale?
Para o PT de antigamente, que hoje só existe nas páginas da história, era letra escarlate a união com figuras como Sarney, Color de Melo mas hoje em nome de uma figura chamada de governabilidade se combinam os mais improváveis aromas.
E o eleitor, o militante como é que fica? Qual a dose de confiança que essa aliança inspira? Infelizmente nosso eleitorado pensa com o estomago. O grande eleitorado que vem sendo alimentado com as famigeradas bolsas, com certeza não negará apoio a essa mais estranha aliança. Afinal, ver juntos toda essa turma e ter a certeza de que não só o Pará, mas todo nosso País continuará sendo sugado e seu valoroso povo desrespeitado, só mostrando sua importância quando convocado a aplaudir essa corte. E como a grande massa tem medo de perder essa esmola que recebe mensalmente sem qualquer compromisso com o futuro não deixará de comparecer para contribuir com seu aplauso (voto).
Voltando a professora Edilza. "A presença do deputado Vic, que parece incomodar, é para representar a amplitude desta provável, terceira via. Lembro não sou eu que faço as negociações de composição de alianças e não fui eu que fui á casa do Vic conversar com ele, por horas".

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

CPF NA NOTA FISCAL?!?!?!?!?

Leiam DEVAGAR E PROCUREM CAPTAR OS DETALHES DESTA TRAMA
No mês passado, o Governo do Distrito Federal iniciou um programa para incentivar as pessoas a exigirem a Nota Fiscal no ato de cada compra.
O negócio funciona mais ou menos assim: Você está no restaurante, acabou de fazer sua refeição e vai até o caixa pagar a conta. Neste instante, você menciona que deseja a Nota Fiscal da sua refeição. Então o operador solicita seu CPF (sem CPF não funciona) e emite a nota. Você guarda esta nota e posteriormente (após uns 2 meses), pode consultar um site da Secretaria da Fazenda. Lá vão constar todas as notas que você solicitou, bem como um Crédito a seu favor. Esse crédito que o governo vai conceder a você, será usado para diminuir no valor de impostos, como o IPTU e IPVA.
Mas é importante lembrar apenas que a proporção é mais ou menos assim: de R$ 400,00 em ICMS (e não sobre o valor do total gasto) você vai ganhar o desconto de R$ 1,00. Ou seja, para que você ganhe esse R$ 1,00 você deverá acumular, em gastos, mais de R$ 1.500,00. Está em dúvida? Faça o teste!
Olha a pegadinha ! ! ! Preste muita atenção na jogada do governo.
Você pede a Nota Fiscal, o restaurante paga mais ICMS para o governo. -"Ah! Mas eu vou ganhar um desconto no meu IPVA !"
É verdade.
Você ganha um desconto de R$ 1,00 e paga R$ 10,00 a mais nos seus impostos. Que vantagem Maria leva? Além disso o governo agora estará controlando sua vida, seus gastos, etc.
Cada nota que você pede, você fornece seu CPF, logo o governo tem condições de avaliar quanto foi sua verdadeira renda (independente dela ser formal ou informal). Se você gastou e pediu Nota Fiscal, é porque você tinha dinheiro. E se você tinha dinheiro é porque você ganhou. E se você ganhou, você tem que prestar contas ao "Leão". Consequentemente, isso vai acabar gerando mais Imposto de Renda para cada um de nós.
Note que essa jogada não é só do GDF. É uma iniciativa do Governo Federal juntamente com todos os estados do Brasil. Tudo está acontecendo sorrateiramente.
Sem que ninguém perceba, o governo está assumindo o controle total sobre a vida financeira de cada cidadão. Tenho fé, que ainda possamos perceber e escapar dessa armadilha.
DIGA NÃO a Nota Legal. Não temos SAÚDE, não temos EDUCAÇÃO, não temos TRANSPORTE COLETIVO E AINDA VAMOS PAGAR MAIS IMPOSTOS... ESTÁ BEM CLARO, ELES FICARAM SEM A CPMF E LOGO CRIARIAM ALGO SIMILAR... E ESTA É AINDA PIOR, POIS CONTROLA SUA VIDA... LHE DÁ FALSO PODER DE DESCONTO... TUDO UMA GRANDE JOGADA.... FAÇA SUA PARTE E DIGA NÃO AO PROGRAMA NOTA LEGAL.
Já somos "escravos" do governo, por ter que trabalhar 4 meses de cada ano só para pagar impostos (sobram apenas 8 meses para sustentar a família).
Imagine se eu permitir que o governo tenha controle total sobre minha vida. Aí que eu vou ver o que é ser "escravo"!
Por favor, repasse esta mensagem a toda sua lista de e-mails, seus amigos precisam saber disso. Somente unidos é que podemos nos defender disso.
Espero que esta mensagem chegue as mãos de um "boca grande", que seria a pessoa ideal para "colocar a boca no trombone". Se dependermos do restante da imprensa e da mídia, estamos "ferrados e mal pagos".

Colaboração do amigo Luiz Farias, de Fortaleza - CE.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

ARMA EFICAZ CONTRA O CRIME



No dia 09 de janeiro postamos matéria falando sobre o novo sistema de segurança implantado na cidade de Viseu, Região Nordeste do Pará. E não é que Viseu está fazendo escola. Vejamos matéria publicada no jornal O Liberal, edição de 01/02/2010, caderno Polícia, pag. 2, coluna “foradocomum”:

“Uma cidadezinha alagoana arranjou uma maneira eficaz e simples de acabar com a crescente criminalidade que assusta seus moradores. Na da de equipamentos modernos se segurança ou de aumento de efetivo policial. O jeito arranjado foi de passar cadeado nas ruas.
Agora, quase todas as ruas que levam ao centro de Boca da Mata estão fechadas com corrente e cadeado durante o horário comercial. Os moradores têm apenas uma maneira d chegar ao centro de carro.
Desta forma, ficou mais fácil garantir a segurança, já que apenas 10 policiais militares tomam conta dos cerca dos 25 mil moradores.
Boca da Mata, distante 72 km da capital Maceió, é uma cidade do leste alagoano. Em seus cinqüenta e um anos de história nunca enfrentou uma onda de violência tão grande quanto à vista nos dias de hoje.
A única agencia bancária da cidade já foi assaltada oito vezes e ameaçou abandonar Boca da Mata se o governo não tomasse uma providencia.
A solução dos cadeados pode não ser a melhor, mas, até agora, desde que foi implantada, nenhum assalto ocorreu no centro da cidade.”

Não seria, então, bem mais eficiente a medida de se colocar correntes na entrada da cidade, assim ninguém entrava e ninguém saía sem que fossem percebidos pelas autoridades locais. Não estaria ai a solução para a maioria dos assaltos nessas cidades?