sábado, 29 de janeiro de 2011

PAYSSANDU VENCE FORA DE CASA E SEGUE COM 100% DE APROVEITAMENTO


Belém, PA, 29 (AFI) – A segunda rodada da Taça Cidade de Belém – primeiro turno da segunda fase do Campeonato Paraense – teve sequência, neste sábado, com o jogo envolvendo um dos dois clubes grandes do Estado. O Paysandu visitou o Independente, no Estádio Navegantão, em Tucuruí, e venceu os anfitriões, por 3 a 2.
O time da casa abriu o placar com Ró, aos 11 minutos, mas ainda na primeira etapa o Paysandu deixou tudo igual, quando Tiago Potiguar marcou aos 41. No segundo tempo, Mendes, aos 19, e Sandro, aos 31, fizeram para o Paapão. No final do jogo, aos 43, Fábio descontou em cobranaça de pênalti.
Atual bicampeão paraense, o Papão, do técnico Sérgio Cosme, estreou com o pé-direito no Estadual. Jogando na Curuzu, o time goleou o Castanhal, por 4 a 2. Enquanto isso, o Independente tinha feito ainda mais bonito. Atropelou o Cametá, por 5 a 1, fora de casa.
A rodada continuará no domingo, com outras duas partidas. O Remo também jogará fora de casa contra o Cametá, no Estádio Parque do Bacurau, às 16 horas. Já a Tuna Luso recebe o Castanhal, às 9h30, no Estádio Souza, em Belém.



Seis feridos em desabamento de prédio já foram atendidos

Imagens do local do acidente (Foto Portal ORM)
Imagens do local do acidente (Foto Portal ORM)

A situação no perímetro próximo ao local onde um prédio em construção desabou na tarde deste sábado (29) é tensa e desoladora. A ameaça de novos desabamentos na Travessa 3 de Maio entre José Malcher e Magalhães Barata deixa em pânico principalmente moradores e fez com que o Corpo de Bombeiros isolasse a área. O prédio que caiu, Real Class, tinha 34 andares e pertencia a empresa Real Engenharia. Seis pessoas foram removidas com ferimentos. Uma delas estava na casa vizinha, que foi atingida, e as outras passavam pelo local no momento do acidente. Até agora, nenhum corpo foi encontrado.

Dos seis atendidos, três foram encaminhados ao PSM da 14 de Março. Raimundo Nonato Pantoja já foi liberado. Maria Lemos de Olivera, 52 anos, foi pisoteada durante a correria no momento em que o edifício Blumenau, vizinho ao Real Class, ameaçou tombar. Ela está em observação.
Arlene Araújo Costa, 74 anos, mora no prédio vizinho do que desabou e passou mal. Ela também está em observação.



Veja imagens feitas pelo Libcop!

Moradores de prédios vizinhos relataram os momentos assustadores passaram. 'Eu estava assistindo televisão quando ouvi um barulho muito grande. Pensava que era uma explosão. Todos os moradores correram para a janela para ver o que era e esó vimos uma nuvem de fumaça branca que cobriu toda a área', contou o webdesigner Fabrício Bezerra.

Fonte: Redação Portal ORM


PRÉDIO EM CONSTRUÇÃO DESABA EM BELÉM

Defesa Civil do Pará diz que ao menos cinco pessoas estão nos escombros. Duas casas vizinhas foram atingidas e duas pessoas saíram feridas.


"Temos a informação incial de que pelo menos cinco pessoas estejam soterradas. Duas pessoas, que estavam em casas vizinhas, conseguiram sair com ferimentos. Isolamos toda a área porque há riscos de novos desabamentos."
Equipes da Cruz Vermelha, do Corpo de Bombeiros e das polícias civil e militar estão no local para ajudar na retirada dos destroços do prédio, segundo informações da Defesa Civil.

Ainda de acordo com a Defesa Civil, o prédio fica na Travessa 3 de Maio, entre as avenidas Magalhães Barata e Governador José Malcher. Por conta da interdição das vias mais próximas, há registro de congestionamento na região do desabamento, nos bairros Nazaré e Comércio.

Obra regular

Segundo José Viana, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) do Pará, a obra do prédio está regular. "Pedi para analisar a documentação e está tudo certo. No que diz respeito ao controle do conselho, a construção está com todos os registros regulares."

Viana disse ainda que o prédio ao lado do que desabou será avaliado para saber se há risco de desabamento. "Não cheguei a entrar no prédio por questões de segurança. Apenas quem teve acesso so imóvel foram equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. Os peritos dos bombeiros é que deveram fazer um laudo pericial sobre a situação estrutural do prédio vizinho ao que desabou."

O presidente do Crea afirmou que o prédio estaria em fase de acabamento. "Não tenho muitas informações sobre o estágio da obra. Só sei que a construtora é conceituada, tem muitos empreendimentos de luxo já entregues em Belém, sem registro de problemas ou reclamações. Pelo que sei, o prédio estava na etapa de acabamento."

Testemunhas

A operadora de caixa Ivani Figueiredo, 40 anos, que trabalha no restaurante Rêsto do Parque, disse que ouviu o barulho do desabamento. "Como estava começando a chover, imaginei que fosse um trovão mais forte. Chegamos até a comentar aqui entre os funcionários. Um dos clientes, que estava sentado na última mesa do salão, disse que viu uma nuvem de poeira subindo depois do barulho."

Ivani afirmou ainda que alguns clientes chegaram a sair do restaurante para tirar os carros que estavam estacionados nas proximidades. "Os clientes que chegaram depois reclamaram que ficaram presos no congestionamento provocado pela interdição das ruas da região."

Fonte: Do G1, em São Paulo

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

QUENIANA TEM FAMA DE 'AMALDIÇOADA' APÓS TER SEIS PARES DE GÊMEOS

Queniana tem fama de 'amaldiçoada' após ter seis pares de gêmeos. Gladys Bulynia foi abandonada pela família e pelo marido; grupo étnico crê que nascimento de gêmeos é maldição.
A maioria das mulheres teria dificuldades em lidar com seis pares de gêmeos, mas, para a queniana, Gladys Bulinya isso é ainda mais complicado - em seu país, muitas pessoas creem que o nascimento de gêmeos é uma maldição.

Sua família não quer mais contatos com ela e até seu marido a deixou após o nascimento do sexto par de gêmeos, temendo que ela estivesse amaldiçoada. Bulynia, de 35 anos, vive sozinha com 10 de seus 12 filhos em uma casa de sapé de um cômodo a poucos quilômetros do lago Victoria.

Gladys Bulynia com 10 de seus 12 filhos
 (Foto: BBC).
Sentada em frente à pequena casa no vilarejo de Nzoia, ela conta que seus primeiros filhos, John e James, nasceram em 1993. Ela explica que ficou grávida quando ainda era uma estudante secundarista, mas seu namorado era jovem demais para se casar com ela. Sua família então ordenou que ela deixasse os bebês no hospital local para adoção. Eles explicaram a ela que o povo Bukusu, ao qual sua família pertence, acredita que os gêmeos trazem azar e que, a não ser que ao menos um deles morra, isso significa morte certa para um ou para ambos os pais. A tradição Bukusu de eliminar o segundo gêmeo não é mais praticada, apesar de casos ocasionais de infanticídio ainda serem registrados em áreas rurais do oeste do Quênia.

EXPULSÃO - Por sorte, diz Bulynia, quando o pai de seu namorado soube que os gêmeos haviam sido abandonados, ele os tomou e vem cuidando de ambos desde então. Ele é de um grupo étnico diferente, os Kalenjin. Mas seus problemas não acabaram aí. Cinco anos depois ela se apaixonou e se casou com um professor de escola primária. Ela vivia com a família do marido quando deu à luz seu segundo par de gêmeos, Duncan e Dennis. Temendo que ela trouxesse a eles um mau agouro e que alguém da família morresse, seus sogros a expulsaram de casa. 'Fui colocada em um mototáxi com meus gêmeos e mandada para a casa do meu pai', conta ela.

Sua família, porém, teve pouca simpatia por ela. Novamente temendo que ela estivesse amaldiçoada, seus pais não permitiram que ela ficasse na casa da família. Em vez disso, eles rapidamente arrumaram um novo casamento para ela, com um homem 20 anos mais velho. O homem concordou porque já não esperava se casar em sua idade. Mas outros gêmeos vieram. 'Mercy e Faith nasceram em 2003, Carren e Ivy em 2005, e Purpose e Swin em 2007', conta Bulyinia. Mas foi a chegada de Baraka e Prince, no ano passado, que levou o marido a deixá-la. 'Eu agora tenho que fazer vários trabalhos para alimentar meus dez filhos, porque eu não sei onde ele (o marido) está, e mesmo se ele estivesse por perto, estaria muito velho para trabalhar', diz.

RAÇÃO DE MILHO - Algumas das crianças mais velhas frequentam a escola local. As meninas de cinco anos se revezam para cuidar de Baraka e Prince, de cinco meses, enquanto sua mãe está fora cuidando de jardins ou lavando roupas para os vizinhos. Dennis, de 11 anos, recebeu uma bolsa para frequentar uma escola privada próxima, enquanto seu irmão gêmeo, Duncan, cuida da criação de gado de um professor aposentado. Duncan recebe uma ração mensal de milho como pagamento por seu trabalho, e isso é o que alimenta o resto da família. Apesar de ajudar a família com a bolsa a Dennis, a diretora da escola St Iddah Academy critica a mãe. 'Esta senhora deveria ter feito uma esterilização após descobrir que os homens a estavam usando e descartando', afirma Margaret Khanyunya.

Bulynia diz que não se arrepende de nada e que considera seus filhos como 'uma bênção de Deus'. Mas ela admite que passou, sob relutância, por uma esterilização, por não poder lidar com mais nenhuma criança. Foi contra o desejo de minha igreja', conta. 'Sou católica. Quando tomei a decisão, pedi o perdão de Deus. Estou segura de que Deus entende e vai me perdoar por fazer isso', disse.

O que realmente a deixa contrariada, ela diz, é a ausência de seus gêmeos mais velhos, hoje com 17 anos. Ela chora ao relatar seu último encontro com os filhos, há dois anos, quando eles foram circuncidados, em uma cerimônia que marca o rito de passagem da adolescência à vida adulta. Na cerimônia, cada pai precisa entregar o filho para os anciãos da comunidade fazerem a circuncisão. 'Fui convidada ao evento e me pediram duas vezes para apontar meus filhos entre o grupo de 30 garotos', diz. 'Nas duas vezes apontei para os garotos errados, e meu coração ainda aperta a cada vez que penso naquele dia.'

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/01/queniana-enfrenta-fama-de-amaldicoada-apos-ter-6-pares-de-gemeos-2.html

domingo, 23 de janeiro de 2011

COMO MELHORAR A EDUCAÇÃO BRASILEIRA – Parte final

A qualidade da liderança é um atributo decisivo do sucesso de qualquer organização, seja ela um time de futebol, uma empresa ou um país. Em educação não é diferente: a administração escolar – tanto no nível das secretarias quanto na direção de uma escola – é o terceiro item fundamental na melhoria do nosso ensino, e conclui uma trilogia de artigos sobre o tema. Divido este artigo em duas partes. Na primeira faço um levantamento do que a literatura empírica aponta como sendo fatores importantes de uma administração escolar virtuosa. Na segunda explico porque muitos desses fatores não têm aplicabilidade no quadro atual d educação brasileira.

ANTES DE COMEÇAR, um alerta: a literatura empírica, econométrica, ainda está longe de conseguir identificar a totalidade de fatores que compõe o professor perfeito. Apesar dessa ignorância, há muito que já se sabe, e é disso que vamos falar.

O QUE DEVE FAZER um bom administrador escolar? Um fator importante é ter a casa em ordem. Isso começa pela infraestrutura: paredes, telhados, eletricidade. Uma escola limpa também tende a ter alunos que aprendem mais. É importante que todas as salas tenham quadro-negro, cadeiras e carteiras para os alunos. Não faltar material de ensino também é positivo. Duas instalações que toda escola deveria ter: laboratório de ciências e biblioteca. É bom ter não apenas uma biblioteca na escola, mas uma versão menor dentro de cada sala de aula. Em termos de tecnologia, um implemento que faz a diferença é a copiadora. E é só. A literatura sugere que a presença de computadores não está associada à aprendizagem, tampouco instalações mais suntuosas, como ginásios esportivos, teatros, etc. (o que não quer dizer que essas áreas não façam bem ao espírito, mas estamos nos atendo aqui àquilo que é relevante para o aprendizado do aluno).

OUTRA DECISÃO importante da liderança escolar diz respeito ao regime seriado versus progressão automática. O único estudo que conheço que comparou esses dois sistemas, no Brasil, chegou à conclusão que eles são indiferentes para o aprendizado do aluno. A discussão calorosa sobre o tema é muito barulho por nada.

EM TERMOS DE administração financeira, compete ao administrador evitar os dois maiores desperdícios de recursos: diminuir o numero de alunos em sala de aula e aumentar o salário de professore. Ambas as variáveis não promovem mais aprendizagem.

A PARTE MAIS importante da administração escolar, porém, não tem a ver com prédios e sistemas, mas com pessoas. Cabe ao líder a tarefa-chave de recrutar, treinar, motivar e reter os bons profissionais e identificar e afastar os maus.

PRIMEIRO, OS DIRETORES. Conheço apenas dois estudos quantitativos sobre o impacto de mecanismos de seleção de diretores: um deles mostra que diretores eleitos têm alunos com desempenho melhor do que aqueles indicados por políticos, e o outro sugere que essa variável é indiferente. Nos últimos anos, liderados por Minas Gerais, alguns estados e municípios têm adotado um sistema que envolve a realização de provas qualificatórias e, num momento seguinte, eleições. Parece-me um processo superior à eleição ou indicação política, mas ainda é preciso mais pesquisa sobre o tema.

HÁ UM ESTUDO apenas sobre remuneração do diretor no Brasil, e ele indica que o salário do diretor tem correlação com o aprendizado do seu aluno.

QUESTÃO IMPORTANTE: o número de horas-aula. Aqui a pesquisa se divide: nos países desenvolvidos, o número de horas é insignificante para aprendizagem. Nos países em desenvolvimento, entre eles o Brasil, é importante. Como a diferença estatutária de numero de horas-aula entre o Brasil e os países da OCDE não é muito significativa (800 horas aulas/ano para nós versus 900, em média para eles), creio que a conclusão mais importante a tomar é que é preciso fazer cumprir a jornada mínima de horas-aula no Brasil. Inês Miskalo, coordenadora de #Educação Formal do Instituto Ayrton Senna, que atende milhões de alunos em todo o país (nota: este colunista é membro di IAS), atesta que, na prática, a carga horária prevista em lei não é cumprida. “Há lugares em que ter 600, 650 horas-aula por ano é visto como sucesso”, diz ela. Antes de pensarmos em ensino de tempo integral, portanto, devemos nos certificar de que a carga prescrita em lei seja cumprida. Já nos traria um bom salto no aprendizado. O problema do absenteísmo docente está relacionado a essa questão: as pesquisas são praticamente unânimes em mostrar que professores que faltam mais têm alunos que aprendem menos.

POR QUE OS professores faltam às aulas ou, em última instancia, abandonam o magistério? A pesquisa vem sugerindo que fatores não financeiros têm enorme importância na motivação dos professores de seguirem na carreira. Um fator importante é o “clima escolar”: em escolas em que há responsabilização coletiva por resultados, em que os professores se sentem partícipes de uma tarefa compartilhada e importante, os resultados são melhores. Outro resultado: em escolas em que os alunos aprendem mais e onde há menos alunos de minorias ocorre menos abandono de professores. Esse achado é triste porque contrasta com outro achado importante: o impacto de um bom professor é desproporcionalmente maior em um mau aluno e em alunos de baixo nível socioeconômico. A melhor política, portanto, seria alocar os melhores professores para as piores escolas, mas isso aumentaria o risco de que muitos deles abandonassem a carreira, especialmente os mais jovens e mais preparados. Alem de melhorar o clima escolar, há outro recurso efetivo que pode ser usado pela direção de uma escola: programas de “mentoring”, em que professores “em risco” e os mais jovens recebem a orientação de um mentor. : um professor mais experiente que ajudará nas frustrações e desafios que a carreira enseja. É importante que o bom professor não se sinta solitário e isolado, que seja constantemente amparado. A literatura mostra que os anos de carreira de um professor não tem relação com o aprendizado de seu aluno, mas os anos de permanência em uma mesma escola, sim.

OUTRO FATOR importante para o sucesso de uma escola é que o diretor tenha autonomia para contratar e demitir seus professores. As pesquisas revelam que é extremamente difícil identificar um bom professor no momento de sua contratação, mas algumas característica vem se mostrando importantes: o professor tem estudado a área que vai ensinar na faculdade e ter cursado uma universidade concorrida produz efeito no aprendizado do aluno. Ter feito pós-graduação, não. Um estudo recente nos EUA indica que a utilização de um conjunto de variáveis cognitivas e não cognitivas dos futuros professores leva a resultados positivos. Em termos de regime de trabalho, ao contrario dos desejos dos sindicatos, a maioria das pesquisas mostra que não faz diferença, para o aprendizado do aluno, quantos empregos o professor tem, se trabalha em uma escola ou mais.

FINALMENTE, a meritocracia: os estudos vêm mostrando que os planos que pagam bonificações a professores individuais não tem resultados significativos. Aqueles em que o pagamento é feito à escola, sim. Faz sentido: ensinar a tarefa e seqüencial e coletiva. Se o aluno tem uma péssima aula de matemática na segunda série, dificilmente se sairá bem na quarta.

MAS MUITO DO QUE vai acima ainda não pode ser implantado na maioria das escolas brasileiras. Em primeiro lugar, porque, conforme o ultimo levantamento do Inep sobre o tema, quase 60% dos diretores de escolas são fruto de indicação política. Na maioria dos casos são apadrinhados por políticos: “Chega ano eleitoral e um terror, todos têm medo de ser demitidos. O diretor vira cabo eleitoral de seu padrinho”, diz Ilona Lustosa, da Fundação Lemann, focada na área de gestão escolar. “No primeiro ano (do mandato) não se faz nada, pois o governo está voltado a corrigir os erros de seu antecessor. No último, também não, pelo medo do que vai ocorrer depois. E, mesmo no meio, o diretor sofre o impacto da eleição da outra esfera (estado ou município), que freqüentemente causa mudanças de pessoal”, confirma Inês Miskalo. Em segundo lugar, porque mesmo os bens intencionados são despreparados: não há nenhum curso de graduação em administração escolar, e até na área de pós-graduação a oferta é mínima. Em terceiro, porque na maioria dos estados o diretor é um funcionário público com estabilidade na carreira, praticamente indemissível, sem nenhum incentivo lógico a ter grande performance no cargo. (Nos últimos cinco anos, por exemplo, só dezessete diretores foram exonerados em todo o estado de São Paulo; na atual gestão da rede municipal de São Paulo, apenas dois.). Em quarto, porque o diretor de escola é um asfixiado pela burocracia sem fim, e acaba sendo mais um preenchedor de formulários do que um líder pedagógico ou motivador de pessoas. Em quinto, porque na maioria dos sistemas o professor não tem incentivo para pensar no aprendizado do aluno, muito menos para ir ensinar em áreas de risco. E, finalmente, porque os diretores não têm controle sobre a variável principal do processo educacional: não podem contratar bons professores ou demitir incompetentes.

ESSE QUADRO é assim porque a função mais importante de uma escola para as lideranças políticas é servir de cabide de empregos e fonte de poder político através da influencia que uma escola tem sobre a comunidade. O aprendizado dos alunos importa menos. Enquanto for assim, não haverá literatura empírica que resolva.

Fonte: ISOCHPE, Gustavo. Como melhorar a educação brasileira – parte final. Revista VEJA. Edição 2200. ano 44. nº 3. 19 de janeiro de 2011. São Paulo. Brasil.



sábado, 22 de janeiro de 2011

SINDROME DA MÃO ALHEIA

Doença rara faz mulher apanhar da própria mão

Karen Byrne sofre há 18 anos da síndrome, após cirurgia para se tratar de epilepsia.

Imagine ser atacado por uma de suas próprias mãos., que tenta repetidamente estapear e socar você. Ou então entrar em uma loja e tentar virar à direita e perceber que uma de suas pernas decide que quer ir para a esquerda, fazendo-o andar em círculos. Essa realidade é bem conhecida da americana Karen Byrne, de 55 anos que sofre de uma condição rara chamada de Síndrome da Mão Alheia.

A síndrome de Byrne é fascinante, não somente por ser tão estranha, mas também por ajudar a explicar algo surpreendente sobre como nossos cérebros funcionam. . o problema começou após ela passar por uma cirurgia, aos 27 anos, para controlar sua epilepsia, que havia dominado sua vida desde seus 10 anos de idade.

A cirurgia para curar epilepsia normalmente envolve identificar e depois cortar um pequeno pedaço do cérebro no qual os sinais elétricos anormais se originam. Quando isso não funciona, ou quando a área danificada não pode ser identificada, os pacientes precisam passar por uma solução mais radical.

ERRO MÉDICO

No caso de Byrne, seu cirurgião cortou seu corpo caloso, um feixe de fibras nervosas que mantém os dois hemisférios em permanente contato. O corte curou a epilepsia de Byrne, mas a deixou com um problema totalmente diferente. Tudo parecia bem, mas que então os médicos começaram a notar um comportamento extremamente estranho.

“O médico me disse: ‘O que você está fazendo? Sua mão está te despindo‘. Até ele dizer isso eu não tinha percebido que minha mão esquerda estava abrindo os botões de minha camisa”, diz. “Então eu comecei a abotoar a camisa novamente com a mão direita, mas assim que eu terminei a mão esquerda começou a desabotoar de novo”.

Karen Byrne havia saído da operação com uma mão esquerda que estava fora do controle. “Eu acendia um cigarro colocava-o no cinzeiro e então minha mão esquerda jogava-o fora. Ela tirava coisas de minha bolsa sem que eu percebesse. Perdi muitas coisas até que eu percebesse o que estava acontecendo”, diz.

Em alguns casos a mão esquerda dela cegava a estapeá-la sem controle. Ela conta que seu rostos chegava a ficar inchada com tantos golpes.

DISPUTA

O PROBLEMA DE Byrne foi provocado por uma luta por poder dentro de sua cabeça. Um cérebro normal é formado por dois hemisférios que se comunicam entre si por meio de um corpo caloso. O hemisfério esquerdo, que controla o baço e a perna direitos, tende a ser onde residem as habilidades lingüísticas. O hemisfério direito, que controla braço e perna esquerdos, é mais responsável pela localização espacial e pelo reconhecimento dos padrões.

Normalmente o hemisfério esquerdo, mais analítico, domina e tem a palavra final nas ações que desempenhamos. A descoberta do domínio hemisférico tem sua raiz nos anos 1940, quando os cirurgiões decidiram começar a tratar a epilepsia com cortes do corpo caloso.

Após a recuperação os pacientes pareciam normais, mas nos círculos psicológicos eles se tronaram lendas. Isso porque esses pacientes revelariam, com o tempo algo que parecia incrível – que as duas metades de nosso cérebro tem cada um uma espécie de consciência separada. Cada hemisfério é capaz de ter sua vontade independente.



Fonte: O LIBERAL. Caderno Poder, seção Mundo. Pag. 10. Edição de 22.01.2011. Belém.Pará.



quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

FERNANDES BELO: Reunião no IBGE busca definir limites do município.

Membros da Comissão de moradores de Fernandes Belo reuniram no IBGE com a direção do Instituto buscando definir os limites do novo município a ser criado com o desmambramento do II Distrito de Viseu.
Estiveram presentes na reunião os senhores Antonio Pantoja, Nivaldo, Capitão, Carrão e Manoel.
Na oportunidade foi discutido a forma como se operacionalizará a demarcação dos limites do novo município, de modo  a evitar que nosso município venha no futuro apreentar problemas que enfrentam quase a totalidade dos municípios brasileiros.
Devido a compromissos não puderam comparecer a  esse encontro o senhor Carlos Fernando (Motora) e Carlos Wagner, que teve que se submeter a exames pré operatórios.
Do encontro ficou decido que a comissão se reunirá na próxima semana em Fernandes Belo para definir a questão.
Nos flagrantess momento da reunião.


domingo, 16 de janeiro de 2011

Recuperação de pontes exclui o Pará.




Assim caminha a humanidade: Será esse o nosso destino?














BR 308 (BRAGANÇA/VISEU)  MAIS UMA VEZ ESQUECIDA.
Governo investirá 5,8 bilhões, mas nenhum centavo para o Pará.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte – DNIT lançou esta semana um programa nacional que pretende restaurar 2,5 mil pontes em todo o país num prazo de 4 anos. O programa inclui trabalhos em 20 Estados da Federação, mas o Pará ficou de fora da primeira fase.
A ousada meta faz parte do Proarte, Programa de Recuperação de Obras de Arte Especial. Ousadia, pois prevê obras em 625 pontes por ano ou entregar quase duas pontes por dia até 2014. Para cumprir essa meta o DNIT vai investir 5,8 bilhões, com apoio financeiro do Banco Mundial.
Até 2014, Maranhão, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Mato Grosso, Rondônia, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, ceará Mato Grosso do Sul, Bahia, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, serão beneficiados pelo Proarte.
Hoje as dez rodovias federais do Pará contam com cerca de 309 pontes construídas. Hoje, ao todo são, 25 na BR-010, 12 na BR-153, 20 na BR-158, 86 na BR-163 (Santarém/Cuiabá), 11 na BR-222, 105 na BR-230 (Transamazonica), 15 na BR 316, 11 na BR-308 (Bragança/Viseu) e 28 na BR-22, as quais estão em fase de atualização cadastral.
Além de não contemplar o Pará na primeira fase do Proarte, o DNIT nacional não incluiu o Estado entre os 36 lotes licitados para obras de melhoria e sinalização das rodovias federais.
Com isso, o povo de Viseu ainda deve esperar muito tempo para ver seu sonho se tornar realidade com o asfaltamento da BR-308, obra prometida pelo governo municipal em campanha para reeleger o deputado federal Lúcio Vale, o que certamente dificilmente se concretizará, apesar da vitória do deputado.
Fonte: O LIBERAL. Caderno Poder. Coluna Dinheiro. pág. 3. Edição 16.01.200. Belém - Pará.

Dívida Interna: perigo à vista

O que nos espera.......

Autor: Waldir Serafim

A dívida interna do Brasil, que montava R$ 892,4 bilhões quando Lula assumiu o governo em 2003, atingiu em 2009 o montante de R$ 1,40 trilhão de reais e, segundo limites definidos pelo próprio governo, poderá fechar 2010 em R$ 1,73 trilhão de reais, quase o dobro. Crescimento de 94% em oito anos de governo.
Para 2010, segundo Plano Nacional de Financiamento do Tesouro Nacional, a necessidade bruta de financiamento para a dívida interna será de R$ 359,7 bilhões (12% do PIB), sendo R$ 280,0 bilhões para amortização do principal vencível em 2010 e R$ 79,7 bilhões somente para pagamento dos juros (economistas independentes estimam que a conta de juros passará de R$ 160,0 bilhões em 2010). Ou seja, mais uma vez, o governo, além de não amortizar um centavo da dívida principal, também não vai pagar os juros. Vai ter que rolar o principal e juros. E a dívida vai aumentar.
A dívida interna tem três origens: as despesas do governo no atendimento de suas funções típicas, quais sejam, os gastos com saúde, educação, segurança, investimentos diversos em infraestrutura, etc.. Quando esses gastos são maiores que a arrecadação tributária, o que é recorrente no Brasil, cria-se um déficit operacional que, como acontece em qualquer empresa ou família, terá que ser coberto por empréstimos, os quais o governo toma junto aos bancos, já que está proibido, constitucionalmente, de emitir dinheiro para cobrir déficits fiscais, como era feito no passado. A segunda origem são os gastos com os juros da dívida. Sendo esses muito elevados no Brasil, paga-se um montante muito alto com juros e os que não são pagos é capitalizado, aumentando ainda mais o montante da dívida. A terceira causa decorre da política monetária e cambial do governo: para atrair capitais externos ou mesmo para vender os títulos da dívida pública, o governo paga altas taxas de juros, bem maior do que a paga no exterior, e com isso o giro da dívida também fica muito alto.
A gestão das finanças de um governo assemelha-se, em grande parte, a de uma família. Quando faz um empréstimo para comprar uma casa para sua moradia, desde que as prestações mensais caibam no seu orçamento familiar, é visto como uma atitude sensata. Além de usufruir do conforto e segurança de uma casa própria, o que é um sonho de toda família, depois de quitado o empréstimo restará o imóvel.  No entanto, se uma família perdulária usa dinheiro do cheque especial para fazer uma festa, por exemplo, está, como se diz na linguagem popular, almoçando o jantar. Passado o momento de euforia, além de boas lembranças, só vai ficar dívidas, e muito pesadelo, nada mais.
No caso, o Brasil está mais assemelhado ao da família perdulária: gastamos demais, irresponsavelmente, e entramos no cheque especial. Estamos pagando caro por isso.  Como o governo não está conseguindo pagar a dívida no seu vencimento, e nem mesmo os juros, ao recorrer aos bancos para refinanciar seus papagaios, está tendo de pagar um “spread” (diferença entre a taxa básica de juros, Celic, e os juros efetivamente pagos) cada vez mais alto (em 2008 no auge da crise, o governo chegou a pagar um “spread” de 3,5% além da Selic). E isso, além de aumentar os encargos da dívida, é um entrave para a queda dos juros, por parte do Banco Central.
O governo tornou-se refém dos bancos: precisa de dinheiro para rolar sua dívida e está sendo coagido a pagar juros cada vez mais altos (veja os lucros dos bancos registrados em seus balanços). Em 2009, em razão das altas taxas de juros pagas, o montante da dívida cresceu 7,16% em relação ao ano anterior, mesmo o PIB não registrando qualquer crescimento. O problema da dívida interna não é somente o seu montante, que já está escapando do controle, mas sim qual o destino que estamos dando a esses recursos. Como no caso da família que pegou empréstimo para comprar uma casa própria, se o governo pega dinheiro emprestado para aplicar em uma obra importante: estrada, usina hidroelétrica, etc. é defensável. É perfeitamente justificável que se transfira para as gerações futuras parte do compromisso assumido para a construção de obras que trarão benefício também no futuro.
Mas não é isso que está acontecendo no Brasil. O governo está gastando muito e mal. Tal qual a família perdulária, estamos fazendo festas não obras. Estamos deixando para nossos filhos e netos apenas dívidas, sem nenhum benefício a usufruir. Deixo para o prezado leitor, se quiser, elencar as obras que serão deixadas por esse governo. 
Não tenho bola de cristal para adivinhar quem vai ser o próximo presidente da República: se vai ser ele ou ela, mas posso, com segurança, afirmar, que seja quem for o eleito vai ter que pisar no freio, logo no início do governo. Vai ter que arrumar a casa.
 



Waldir Serafim é economista em Mato Grosso

A ARTE DA IMPROVISAÇÃO

 
Quem não admira um ator cujas improvisações fluem com espontaneidade? Ou um conferencista com idéias que borbulham ao sabor do momento e de sua inspiração? Assisti a uma conferencia do Amyr Klink. No principio ele nem sabia o que iria dizer, mas ao cabo de alguns minutos, as idéias magicamente se juntaram, compondo uma apresentação brilhante. Nossa cultura valoriza as artes da improvisação, seja no palco, seja nos repentistas do Nordeste, seja nas salas de aula. Genial é aquilo que brota da mente criativa, sem as peias do ensaio e da preparação exaustiva. Só que não é bem assim. A arte da improvisação é uma farsa. Os mais notáveis improvisadores são os que mais se preparam. Amir Klink planeja detalhadamente as suas expedições e ensina isso aos executivos. Será que a aparência da improvisação não seria parte da preparação e do charme?
Os cômicos e os repentistas improvisam sobre linhas que já praticaram. Como disse sua filha para Fernanda Montenegro, “memorizar uma obra é um ato de loucura, uma luta bestial... é no cansaço e na repetição... que se atinge a tão cobiçada maestria”. Marx passou dez anos burilando a forma literária de O Capital. Durante a guerra, De Gaule falava pelo rádio para o povo Frances. Poderia ler o discurso, quem iria saber? Mas não, era todo decorado, para parecer mais espontâneo. Há uma escola de pintura chinesa em que os quadros são pintados em poucos minutos. Mas, para isso é preciso praticar por décadas a fio.
Na educação é a mesma coisa. Richard Fleynman, prêmio Nobel de Física, foi um dos homens mais versáteis e brilhantes do século XX. Em suas memórias, descreve o trabalho exaustivo requerido para prepara suas aulas e encontrar bons exemplos e exercícios. Para seu livro (Aula Nota 10), Doug Lemov observou metodicamente como agem os professores americanos mais eficazes do ensino básico. Concluiu que os mestres geniais preparam minuciosamente suas aulas. Relatos de bons professores brasileiros mostram o mesmo. Esses exemplos contradizem uma seita pedagógica que prega um ensino cujas aulas são “criadas” pelos professores e vocifera contra os livros-texto, passo a passo, que escravizariam o mestre a um script pré-empacotado. O pior dos crimes são cursos que ensinam a usar os livros. Os inimigos prediletos dessa seita são os chamados “sistema de ensino” operados pelos sinistros “apostiladores”. Não obstante, pesquisas recentes indicam claramente que, nos municípios em que foram adotados tais sistemas, os alunos estão meio ano à frente dos que não o adotaram.
Pensemos bem, os comandantes de aviões Boeing fazem curso para pilotar o Airbus (ou vice e versa) empregando os detalhadíssimos manuais da fábrica. Se os pilotos experientes precisam apreender a manejar os novos equipamentos, por que os professores não teriam que aprender a usar os novos livros? Na verdade, sólida pesquisa mostra que os alunos apreendem mais quando os professores foram instruídos na arte de utilizar os livros adotados. De duas uma, ou a improvisação é uma crença em uma teoria totalmente equivocada, ou é desculpa esfarrapada dos malandros. Sabemos com segurança: quanto mais planejada a aula mais os alunos aprendem. E, para bem planejar, nada como usar as práticas, acumuladas ao longo dos anos. Pouquíssimos têm ou vocação ou tempo para inventar aulas.
Vendo a questão de outro ângulo, a parti da Revolução Industrial, todo processo produtivo se baseia na divisão do trabalho, para que cada etapa seja feita por quem melhor dominou suas artes. No caso da educação, alguns são melhores para buscar as maneiras mais eficazes de ensinar, seja regra de três, concordância ou circuitos elétricos. Alguém saberá fazer as melhores ilustrações ou PowerPoints. Sendo difícil preparar provas que puxem pelo intelecto e não pela decoreba, esse é trabalho para profissionais de testes. Ao contrário do que se pensa, tudo isso pode ser feito por outrem, sem engessar o ensino. Nesse caso, o que mediocriza o ensino são as perguntas improvisadas, que acabam por requerer apenas dotes de memória. Perguntas e exercícios bem concebidos, pelo contrário, podem dar asas à imaginação.
Em suma, quanto melhores e mais detalhados os materiais disponíveis, mais o professor pode se preparar para o momento da aula, ajudando a afastar o Brasil do ensino catastrófico. E, no fundo,a aula é o elo mais nobre e crítico do processo de ensino.

CASTRO, Claudio de Moura. A arte da improvisação.  Editora Abril. Revista Veja, edição 2199, ano 44, nº2, 12.01.2011, pág. 24. São Paulo - SP.

Nem tudo se pode ver, ouvir ou dizer



Iwazaru, Mizaru e Kikazaru

“Seleção e contenção tornam a existência mais fácil quando 
vêm do desejo vital de se opor às forças do inconsciente que
podem nos fazer mal”
Betty Milan



Um músico me escreve contando que pertence a uma grande orquestra, mas não tem prazer no trabalho por causa dos colegas. Não suporta o despotismo, a vaidade, a prepotência, arrogância e a mania de grandeza de alguns. O convívio com “egos inflados”  é demasiadamente penoso, e ele me pergunta o que fazer.
Eu, que sempre faço a apologia do ato generoso da escuta, sugiro ao músico que faça ouvidos mouco. Lembro que ele tem o privilégio de escutar os sons mais sutis e saber ouvir o silêncio. Não precisa dar ouvidos ao que não interessa. Inclusive porque egos inflados estão em toda a parte e a luta contra eles não leva a nada. Evitar a luta de prestígio é um bem que fazemos a nós e aos outros.
Para viver, nem tudo nos podemos ver, escutar ou dizer. Isto é representado desde a antiguidade, pelo três macacos da sabedoria. Cada um cobre uma parte diferente do rosto com as mãos. O primeiro cobre os olhos, o segundo as orelhas e o terceiro a boca. A representação e originária da China. Foi introduzida no Japão, no século VIII, por um monge budista. A máxima que ela implica é “não ver, não ouvir e não dizer nada de mau”. Foi adotada por Ghandi, que levava sempre consigo os três macaquinhos, o cego, o surdo e o mudo – Mizaru, Kikazaro e Iwazaru.
Eles ensinam a não enxergar tudo o que vemos, a não escutar tudo o que ouvimos e não dizer tudo o que sabemos. Noutras palavras, ensinam a selecionar e a conter-se. Isso é decisivo para uma atitude construtiva, mas não é fácil. Somos impelidos a focalizar o que nos prejudica – impelidos por um gozo masoquista ao qual temos de nos opor continuamente. Só a consciência disso permite não sair do caminho em que a vida desabrocha.
Seleção e contenção tornam a existência mais fácil. Desde que não seja um efeito da repressão, como na educação tradicional, e sim do desejo do sujeito – um desejo vital de se opor às forças do inconsciente que podem nos fazer mal. Isso implica a humildade de aceitar que o inconsciente e nós não somos donos de nós mesmos.
A idéia não é nova. Data da descoberta da psicanálise por Freud, no fim do século XIX, mas continua a ser ignorada porque é difícil nos livrarmos do ego. Sobretudo numa sociedade como a nossa, que tanto valoriza, e que não condena a vaidade, a prepotência e a arrogância. Pelo contrário, estimula-as a se perpetuar.
MILAN, Betty. Nem tudo se pode ver, ouvir ou dizer. Editora Abril. Revista Veja, edição 2199, ano 44, nº2, 12.01.2011, pág. 92. São Paulo - SP.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

CARNALAURSO 2011: O melhor carnaval da região

O melhor Carnaval da Região

De 6 a 8 de março Fernandes Belo viverá o auge da folia de Momo. Brincando um carnaval diferente, os moradores da Vila de Fernandes Belo, II Distrito de Viseu, levam para as ruas o Laurso. Manifestação cultural centenária, faz da simplicidade a beleza plástica do que é um carnaval autêntico.
Neste ano de 2011 a Associação do Movimento Emancipalista de Fernandes está se preparando para participar da folia, levando para as ruas o bloco: A criação do municipio de Fernandes Belo: Eu faço parte!
A coordenação da associação promove reunião para definir como vai ser sua participação no carnaval 2011, afinal, nosso grupo, que coordena o processo de criação do novo município, tem como uma de suas propostas a valorização da cultura de nosso povo. Carnaval é cultura então está dentro do nosso movimento.
No comandando do carnaval dos "bichos" despontam a figura do Ferro Velho e do Civico, lideres dos dois grupos de Laurso, que no ano passado se uniram para dar mais brilho a programação. Essa manifestação cultural leva para as ruas crianças e adultos de todas as idades. Não podemos esquecer também a contribuição do Cabeça Silva, da Luciane e do Gugu, estes dois últimos aqui em Belém, quando chega a quadra momesca respiram carnaval. Outras pessoas como o Antonio Cara Dura, e outros anonimos também fazem parte de nossa história. Eles são os maiores incentivadores do concurso Rainha das Rainhas do Carnaval de Fernandes Belo. Dentre os brincantes mais alegres sempre está o Doutor Sérgio Silva um dos maiores apoiadores de nosso movimento carnavalesco.
Estamos tentando obter recursos para viabilizar nossa participação na programação do melhor carnaval da região. Imagens de carnavais passados.....





















CASAMENTOS COMUNITÁRIOS: Missão cumprida!

Em dezembro de 2010, a comissão organizadora da cerimonia para relaização de casamentos comunitários, ação social que contou com a ajuda do deputado estadual Ítalo Mácola, realizou os últimos quatro casamentos que deixaram de ser realizados em abril/2010.
Na oportunidade, a comissão enfatizou que a realização dessa cerimonia era uma questão de honra. Nossa parte foi cumprida. O compromissos que assumimos com a comunidade foi cumprido. A realização de 90 casamentos comunitários vai ser sempre lembrada como uma ação de respeito ao cidadão de Fernandes Belo, afinal a ação que muitos moradores reunidos em grupinhos nas esquinas dizia que não ia ser realizada serviu para mostrar a seriedade com que assumimos nossas propostas.
Nossa nova proposta: A luta pela criação do município de Fernandes Belo. Nós acreditamos!
Abaixo os detalhes da cerimônia...