sexta-feira, 30 de março de 2012

Prefeitura de Viseu lança novo projeto social


          A prefeitura de Viseu fez o lançamento do mais novo plano de melhoria da qualidade de vida no município. Idealizado e mantido pelo gabinete do prefeito municipal o projeto social denominado “Lutando por Cidadania”, será voltado para o resgate da cidadania dos moradores de Viseu, vai oferecer inicialmente natação, hidroginástica, escola de música e jiu-jitsu. Nesta primeira etapa, 115 crianças participarão dos cursos, sendo que a hidroginástica será voltado para o programa com os idosos. Todo o projeto funcionará no novo centro esportivo da prefeitura que funciona no antigo Centro de Lazer dos Risos.

Para o vice-prefeito Carlinhos o projeto é de suma importância, pois, abrirá espaços para a comunidade poder participar, não só de práticas esportivas, mas também, de cursos e oficinas que serão implantadas no projeto. Também presente, o Vereador Isaias Neto, disse que hoje com a gestão responsável do atual governo, que trata o povo com respeito e busca alternativas de melhorias para o povo é possível ver em Viseu um projeto dessa magnitude e importância para o município, ao contrário de anos anteriores que pela irresponsabilidade e descompromisso com o dinheiro público por parte das administrações, não se podia nem sonhar com planejamentos e programas que viessem em benefício da população viseuense.

O prefeito Cristiano Vale, que foi o idealizador do projeto, disse em se pronunciamento que já vinha tentando a implantação desse projeto há mais de um ano e muitas pessoas lhe diziam que não conseguiria, mas que com muita insistência, sente-se muito feliz por estar dando o início a uma ação tão importante como essa. Falou também que o projeto é voltado para a valorização das crianças, adolescentes e jovens, com o objetivo de dar oportunidades de uma melhor formação cidadã, do caráter e personalidade. Disse também que além dos monitores dos cursos ofertados as crianças participantes do projeto serão acompanhadas por educadores, psicólogo, médico e assistente social. E ainda terão seu desempenho escolar e comportamento pessoal sendo avaliados temporariamente para permanência nos programas.

AGENDA - Ao final, o prefeito convidou a todos para a cerimônia de entrega de um ônibus para o transporte escolar e uma ambulância que acontecerá no dia 31 de março na comunidade de Curupaiti. Anunciou também que no próximo dia 10 de abril, os 1.250 professores da rede municipal de ensino, tanto temporários, como efetivos estarão recebendo a quantia de R$ 761,00 reais, referentes à 2ª parcela do abono.  Divulgou também as datas das novas inaugurações: dia 12 de abril, acontece a reinauguração da Escola Abel Chaves e no dia 14 de abril acontece a inauguração do Complexo Esportivo do Mangueirão.


ACORDE MARGARIDA

          A peça Acorde Margarida, de autoria de Carlos Correia dos Santos, livremente inspirada na obra Margarida Schivzappa: A Primeira Dama do Teatro Paraense, de autoria do pesquisar Antonio Pantoja, que estreou em 15 de março passado, com grande sucesso no circuito paraense, no Teatro Cláudio Barradas, está programando viajar pelo interior. Estão no roteiro as cidades de Viseu, São João de Pirabas e Santarém Novo.
O autor do livro, Antonio Pantoja  com o autor da peça
Carlos Correa, na noite de estréia.

A CIDADE E O VOTO


          A cidade é a das maiores invenções humanas. Elas estão ai há tanto tempo que até parecem ter nascido por si sós, brotadas da superfície do planeta como acidentes geográficos. Mas são invenções surgidas no momento da aventura humana em que se conclui pelas vantagens de viver junto, com relação à vida isolada no campo – mais segurança, mais facilidades de comércio e de aprendizado, mais possibilidades de lazeres e prazeres.
          Nas cidades antigas do ocidente nasceram os fóruns e nas do oriente os mercados. Diferem em que os primeiros apontam mais para as discussões dos assuntos públicos e privados e os segundos mais para as relações econômicas, mas são instituições assentadas no mesmo princípio: os benefícios da troca seja de ideias, seja de mercadorias. A cidade, sendo o locus por excelência da troca – a troca afetiva inclusive. Cidade é artigo precioso demais para, em eleições municipais, suas especificidades serem esquecidas em favor de disputas e outros assuntos.

           Prefeito é cargo recente no ordenamento político-administrativo brasileiro. Salvo por breve hiato, no período regencial, só vai surgir com a República. Durante os quatro séculos anteriores, as cidades eram regidas pela Câmara Municipal. Na colônia, as câmaras eram os únicos organismos cujos integrantes eram eleitos. As eleições eram frequentemente fraudadas, ocasionavam sangrentas disputas e delas participavam poucos eleitores. Mesmo assim, proporcionavam um espaço de democracia. Daí decorre que a figura do vereador pode ostentar nobre origem. É o primeiro político brasileiro, e a ele cabia aquilo que etimologicamente indica a palavra “político”: cuidar da “polis”. No entanto, nenhuma instituição sofre hoje maior desprestígio do que as câmaras de vereadores . são locais que a desatenção da imprensa e dos órgãos fiscalizadores torna ideais para a prática da corrupção e da fisiologia. O problema começa no eleitor, que mal sabe em quem está votando e no dia seguinte já esqueceu em quem votou. Recomendação: que o eleitor grude o nome de seu escolhido na geladeira ou no espelho do banheiro. E que o conserve grudado até a eleição seguinte.  

           Vem ai a campanha eleitoral, e com ela a marcha dos políticos sobre nossas vidas. Fala-se em reforma política, mas nunca se inclui nela a reforma uma forma mais educativa da propaganda política. Como se apresenta é um espaço de mistificação. Bonitas, cenas embaladas  por um comovente fundo musical. E por fim o candidato, produzido vazio de essência, muitas vezes sem ter a menor noção de qual seja o papel de um vereador no âmbito de seu município. Sugestão: transformar o programa, de espaço de propaganda em espaço de informação. A propaganda se limitaria às pequenas inserções ao longo do dia.

          Nas cidades pequenas onde não fosse possível se utilizar o horário político gratuito, que fossem realizados debates e com informações produzidas por entidades independentes da sociedade civil e supervisionados pela Justiça Eleitoral. Mas as vezes, as grandes vilas de um município ficam distante da sede onde se estabelecem ao Justiça Eleitoral e a representação do Ministério Público. Existe ainda uma questão? Se queremos eleitores conscientes e candidatos responsáveis, seria um avanço. A questão é: queremos? Ou melhor: querem aqueles que hoje tiram proveito, ou imaginam tirar proveito da necessidade em que vive nosso cidadão, necessidade essa muitas mantidas pelos maus políticos, pelos políticos incompetentes, que acreditam que fazer política é pagar uma conta de luz, é aviar um receita médica. O papel do vereador vai muito mais além disso. É chegada a hora de mudar esse quadro, vamos respeitar o nosso voto e procurar ter orgulho de ter dado esse nosso voto a um vereador que realmente faça por merecer nossa confiança.

Adaptação de texto:
DE TOLEDO, Roberto Pompeu – Eleição e cidades. Revista VEJA. Edição 2259. Ano 45. Nº 10, de 7 de março de 2012. São Paulo – SP.

quinta-feira, 22 de março de 2012

ACORDE MARGARIDA - ESPETÁCULO SOBRE MARGARIDA SCHIVASAPPA CHEGA AOS PALCOS

Cartaz da peça

  


Espetáculo sobre Margarida Schivazappa sobe aos palcosLivremente inspirada na obra do pesquisador Antonio Pantoja, Margaraida schivazappa, A Primeira Dama do Teatro Paraense, a peça reúne música e dança para homenagear a divulgadora do canto orfeônico na amazônia.
A memória em torno de uma das mais importantes damas da cultura amazônica está por subir aos palcos. Livremente inspirada no acervo do pesquisador Antonio Pantoja, a peça Acorde Margarida promete trazer para mais próximo do público curiosidades e detalhes sobre a trajetória de Margarida Schivazappa, musa cultural que hoje dá nome a um importante teatro ds capital paraense.
Escrito por Carlos Correia Santos, com direção de Hudson Andrade, direção musical de Reginaldo Viana, assisência de direção de Luciana Porto e asssistência de direção musical de Zé Neto, o espetáculo une canto dança e lirismo. As coreografias têm assinatura de de Waldete Brito e a realização é da Companhia Teatral Nós Outros, com incentivo da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves.
A montagem conta ainda com apoio cultural do Grupo RBA. EKO Estratégias em Comunicação, Espaço Experimental de Dança Waldete Brito, Giostri Editora, INCRA, a A Casa da Atriz. Quem assina a assessoria de comunicação e a criação de conteúdo do projeto é a Parla Página.
Aa produção foi apresentada numa numa leitura dramática no dia 25 de fevreiro, no hall de entrada do Centur, como parte das comemorações pelo 25 anos do Teatro Margarida Schivazappa. A primeira temporada aconteceu entre os dias 15 e 18 de março no Teatro Cláudio Barradas. A idéia é que o espetéculo circule por vários palcos da capital e do interior até ganhar apresentação especial na reabertura do Teatro da Fundação tancredo Neves, atualmente em reforma.
O elenco conta com Maira Monteiro, Tiago Pinho, Juliana Porto e Fernanda Barreto. O suporte musical é feito por Reginaldo Viana, Zé Neto e Leoci Medeiros. A cenografia e figurinos são assinados por Neder Charone e a iluminação é de Sônia Lopes.

“A criação desta dramaturgia só foi possível graças a gentileza do pesquisador Antonio  Pantoja, que me permitiu ter acesso ao vasto material documental que ele vem reunindo sobre Margarida Schivazappa ao longo de  muitos anos. Esse material está sendo transformado em um livro, uma grande e completa biografia. E a peça se inspira nesse acervo para poetizar no palco o legado de Margarida Schivazappa”, conta o autor, Carlos Correia. E o draumaturgo explica ainda que duas edições estão a caminho. “Além da biografia de autoria de Antonio Pantoja, cujo processo de edição está sendo encaminhado pelo Centur, a dramaturgia foi lançada pela editora Giostri, de São Paulo. No final das contas, isso representa grandes ganhos para o resgate da trajetória dessa relevante sehora das artes e dos acordes.”

ENREDO
A metáfora é a grande senha usada pelo enredo de Acorde Margarida para abrir as portas do universo em tporno da grande dama do canto e do teatro nortista. No concorrido e abarrotado DMP (Departamento da Memória Pública) chega um pedido urgente e aflito. Um ofício anônimo implora: por favor, resgatem o legado de Margarida Schivazappa. O atrapalhado despachante que recebe a solicitação fica angustiado. Mas quem, afinal, é essa senhora? Só lhe resta pedir ajuda a sua superiora, a apática e estranha Madame Memê. O problema é que nem ela sabe quem é essa tal Margarida. Tudo fica muito mais complicado quando duas senhoras surgem no DMP afirmando que são Margarida Schivazappa.
Mas qual das duas fala a verdade? E por que toda essa confusão está acontecendo? Uma grande e provocativa metáfora sobre o esquecimento que aprisiona o legado de artistas fundamentais para a História Cultural do Brasil: esse é o diapasão que afina o musical Acorde Margarida, mais um texto do premiado dramaturgo Carlos Correia Santos que revira os baus de ontem para trazer de volta à luz a obra de grandes mestres. Aluna de Villa Lobos, destacada por Getúlio Vargas e saudada por Bibi Ferreira, Margarida Schivazappa atuou decisivamente para o cresimento das artes cênicas na região Norte. Foi uma das fundadoras do Teatro do Estudante do Pará, disseminou a técnica do Canto Orfeônico e ajudou na chegada da Fundação Pestalozzi do Pará.




Antonio Pantoja e Carlos Correia

Ensaio final

Elenco na noite de estréia

Maira Monteiro - Margarida Schivazappa