quarta-feira, 31 de outubro de 2012

ELEIÇÕES 2012 - Prestação de contas


O MAIOR ESPETÁCULO DA TERRA
O Comitê Estadual de Combate a Corrupção – CECC – disse em alto e bom som que as eleições do último domingo, segundo turno, foi a eleição mais corrupta do Brasil.   

O CECC precisava acompanhar mais de perto o que aconteceu nos municípios mais pobres de nosso Estado. É impressionante o cinismo daqueles políticos que tinham a seu dispor recursos amealhados sabe-se lá de que forma e que acabaram comprando seus mandatos.

Para o eleitor que detenha um mínimo de consciência política aceitar a farra financeira promovida para obter mandatos não é muito simples não.

Vamos fazer um simples exercício: Consideremos o valor do salário de um vereador em um pequeno município.

Afinal, o salário de um vereador nesses pequenos não passa de R$ 3.000,00 (Tres mil reais), brutos. Se multiplicarmos esse valor por 13, o vereador vai receber por ano a importância de R$ 39.000,00(Trinta e nove mil reais), brutos. E se multiplicarmos esse valor anual por 4, teremos R$ 156.000,00 (Cento e cinqüenta e seis mil reais), brutos.

Deduzidos os descontos que beiram em torno de 20% (vinte por cento, ele já deixa de receber  R$ 31.200,00 ( Trinta e hum mil e duzentos reais).

Imaginemos que esse vereador seja solteiro, ele vai “gastar”, sem fazer farra, 40% (quarenta por cento) de seus ganhos em despesas pessoais, ou seja, R$ 62.400,00 (Sessenta e dois mil e quatrocentos reais); se for casado essa despesa atinge aproximadamente 60% (Sessenta por cento), ou seja R$ 93.600,00, nos quatro anos.  

Ele como vereador  terá certas despesas para a manutenção de seu mandado. Estimemos isso em 20%  (Vinte por cento) de seus vencimentos, R$ 31.200,00. Incrível, não sobra dinheiro nem para comprar uma simples Coca Cola!

Observem que considerando-se essas margens mínimas, como esse pobre vereador  vai sobreviver comesse salário ? E mais, como o eleitor, esse pobre coitado, vai aceitar, que um vereador que por ano recebe legalmente apenas R$ 156.000,00 (Cento e cinqüenta e seis mil reais) brutos e para se eleger gasta mais de R$ 500.000,00(Quinhentos mil reais)? Como é que a sociedade vai aceitar isso como uma despesa legítima.  E o que é mais grave ainda, se para se eleger gasta recursos imensuráveis (de vem esses recursos?); o que ganha do poder público mal ampara suas despesas legais; como se pode explicar o patrimônio que alguns políticos conseguem sem ter uma atividade que lhes proporcione rendas suficientes para justificar esses patrimônios?

Afinal, o Rei Midas, aquele que em tudo tocava se transformava em ouro só existe nas fábulas. A sociedade gostaria de ter uma explicação sobre esse fenômeno.

Vem aí as prestações de contas. O prazo final para quem se elegeu em 1º turno é 06/11. E o prazo para que se elegeu em 2º turno é 2711.

Vai ser muito interessante conferir algumas delas, não acham?

O MAL DO PAIS CHAMADO BRASIL


"A eleição mais corrupta do Brasil"
A frase é da coordenadora do Comitê Combate à Corrupção Eleitoral
O Comitê Estadual de Combate à Corrupção Eleitoral registrou durante o dia de ontem 279 denúncias de crime eleitoral, sendo que a estimativa inicial é que, pelo menos, 80% das queixas por telefone tenham sido por flagras de compras de voto. O restante foi a tradicional boca de urna e propaganda irregular. Contrariando os números da entidade, Polícias Federal, Civil e Militar apresentaram apenas seis ocorrências, todas por boca de urna.
A coordenadora do Comitê, Henriqueta Cavalcante, classificou a eleição de ontem como a "mais corrupta de toda a história". À imprensa, Henriqueta disse que a ocorrência mais grave foi registrada na manhã de ontem, em uma escola do conjunto habitacional "Satélite", no bairro do Coqueiro. Ela contou que um diretor de uma escola estava pagando R$ 90 para quem votasse em um determinado candidato. Ao vendedor do voto, era solicitado que fizesse uma foto da urna com celular para confirmar a escolha e receber o dinheiro na saída.
Quanto ao baixo índice de casos registrados pelos órgãos oficiais de segurança, Henriqueta informou que não bate com a realidade. "Foram muitas denúncias. Incluindo algumas contra as polícias, mas não podemos fazer nenhuma afirmação leviana. Vamos levar todas a quem deve apurá-las da maneira correta, para saber se são verdadeiras ou não", comentou a coordenadora. As denúncias recebidas pelo Comitê foram encaminhadas ao Ministério Público Eleitoral e à Polícia Federal, para investigação.

 

SENADO FEDERAL: Ecoou o grito de "Pega ladrão!"


Senador quer julgamento de políticos “ladrões”
O senador Mario Couto (PSDB-PA) pediu ontem (30/10) ao Supremo Tribunal Federal (STF), que analise, a exemplo do mensalão, outros processos que envolvam parlamentares, promovendo assim “uma limpeza” no Congresso Nacional. O pedido feito da tribuna do Senado Federal, durante discurso em que o parlamentar ainda afirmou que entre os seus pares há verdadeiros “ladrões”, que a “corrupção é generalizada na política brasileira” e defendeu que o STF analise a evolução patrimonial de todos os deputados e senadores.

“É preciso observar que há muitos políticos aqui sentados nessas cadeiras, milionários, respondendo a dezenas de processos, e o Supremo não julga. Por que o Supremo não aproveita a grande oportunidade que tem na mão de fazer uma limpeza nacional? Não é só o mensalão que existe no país. Seria bom o Supremo pegar cada um dos senadores e deputados que militam, que são agora, e fazer comparação patrimonial de dada um, de onde vieram, de onde saíram esses patrimônios. Comparem, senhores ministros, aproveitem a grande oportunidade que o País está lhes dando. O País quer inimizar a corrupção neste Brasil inteiro. “Tem senadores que têm uma casa, duas casas; tem senadores que têm dez casas; tem senadores que têm jatos; tem senadores que têm King Air, que custa milhões de dólares. Tem senadores que têm televisão, que têm jornal. Isso porque fizeram com o dinheiro do povo o seu patrimônio, protestou o senador.

Sem citar nomes o parlamentar continuou a atacar políticos “que estão ricos porque roubaram o povo”. Enquanto tem senadores aqui que mal possuem um carro, pra poder realizar os seus trabalhos, outros moram m apartamentos luxuosos, casas luxuosas, com 3, 4, 5, 6, 7, 10 famílias para manter; 50 mil bois no pasto, e nunca foram nada na vida! Nunca foram nada na vida! Não têm a menor condição de comprovar o seu patrimônio – patrimônio acima de 100mihões. Estão livres, estão andando dentro do Parlamento, estão fazendo projetos, estão perto de todos os outros senadores. São dezenas ou centenas de parlamentares, que estão aqui, cheios de processos nas costas, crivados de processos nas costas. Está escrito na testa: ladrão! Está na testa bem grande: ladrão! Tem homem que dá vontade de cuspir na cara, porque eu sei que está aqui a penas duras do povo, que estão ricos porque roubaram o povo, completou.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

FERNANDES BELO: O que o futuro te reserva?


Nunca pensei que fazer política em Viseu fosse tão difícil. Muito mais ainda para nós que pensamos fazer uma política apoiada nos princípios básicos da dignidade humana: Respeito, consideração, apreço, transparência,  dignidade, são marcas indeléveis de nosso comportamento.
A reação a esse nosso tipo de política já era esperado, pois é impressionante como a instituição “compra/venda de voto”, ou melhor dizendo,corrupção,  está impregnada no comportamento do homem simples do campo. Afinal de contas corrupto é quem compra, mas, corrupto, também, é quem vende o seu voto. Tem políticos que acham tudo isso normal.

Mas por que isso? Historicamente nosso pobre e desamparado cidadão sempre viveu a mercê dos políticos maus intencionados, que sempre fizeram de sua miséria um vasto campo para o comércio  de compra e venda de esperança. Mas afinal, que esperança é essa? Entra ano e sai ano, e como diz o poeta, o cidadão continua ao “deus dará”. Cada vez mais pobre, mais desamparado, mais desassistido, mais vulnerável, enfim, vê a cada dia que passa seu horizonte tornar-se cada mais vez mais estreito.  Logo que fechas as urnas esse pobre coitado que vendeu sua dignidade reconhece que errou, mas do que adianta isso se na eleição seguinte ele comete o mesmo erro.

A esperança de que algo mude é muito remota, pois a cada ano que passa a história se repete, ou melhor, a cada dois anos os arautos das boas novas invadem as residências mais humildes para vender sonhos. A necessidade, a miséria, a desesperança, faz com que esse cidadão seja presa fácil para os maus políticos.
As vezes centramos nossas expectativas na juventude. Mas, infelizmente, essa nossa juventude que fica a mercê dos maus educadores, profissionais da educação que deveriam ter como função determinante a formação do caráter e da personalidade, são os primeiros a contribuir para o enfraquecimento moral e ético de nossos jovens. Assim como esperar que nosso jovem adquira consciência crítica, pois a formação intelectual dessa nossa juventude está posta responsabilidade de quem não tem mínimo preparo para educar. Esse o desalentador quadro que nos mostra a educação em nosso município.

Fernandes Belo, um mosaico de Viseu nos mostra isso. O que fazer para mudar esse quadro? Eis aí um belo ponto para reflexão. O que esperar dos jovens viseuenses? O futuro nos dará essa resposta.

 

LIA LUFT: Os que não votaram


As notícias de todos os lados me dizem que o numero de brasileiros que ao votaram, isto é, abstenções ou votos nulos, cresceu grandemente, chegando a 25% dos eleitores. Nestes dias tumultuados de novidades – com a atenção daqueles que pensam e observam presa no Supremo, que salva algo da nossa moral e dignidade, ou com o brevíssimo espreitar no segundo turno das eleições, com seu jogo nada original de busca de poder -, fiquei refletindo sobre a razão dessa abstenção, pois a votação é obrigatória, coisa que, aliás, considero erro e atraso. Se não tivermos liberdade de eleger nossos lideres, representantes, governantes, não deveriam nos forçar, ou recorreremos à abstenção.

Quanto a ela, vejo dois motivos possíveis. Primeiro descrença e desalento. a proliferação de partidos e o troca troca de legendas, além das fusões, alianças e conluios, nos desorientam e desestimulam, afinal quem é quem nessa sopa de letrinhas, quem tem projetos, que linha, que espinha dorsal, que conduta e quais são originais, reais e vão ser executadas? Os inimigos figadais aqui e ali dançam um minueto, antigos aliados hoje cruzam punhais em duelos estranhos ou cômicos, figuras inusitadas ou velhíssimos figurões desfilam, mas a gente não sabe direito a que vieram ou como voltaram aos palcos. Em segundo lugar, talvez falte interesse em saber, em deslindar, em escolher ou decidir. Ou melhor, os interesses e as seduções são outros. Não nos abalam corrupção, falta de ética, despreparo, improvisações, o extraordinário nivelamento por baixo nossas universidades, agora com o aumento das cotas, que nos farão descer ainda mais na posição entre as piores do mundo. Muito mais do que melhorar o país, queremos consumir. Estamos pouco exigentes: com crédito alargado queremos comprar. Podemos e devemos consumir, nos dizem de muitos modos, podemos comprar qualquer coisa quase a perder de vista (grave engano), comprar é muito mais divertido do que observar, analisar, escolher e, por exemplo, votar nas eleições. Tanta coisa original correndo por aí, como, por exemplo, meninas que vendem sua virgindade pela internet, e não é para comprar comida para os irmãozinhos menores, amparar a velha mãe, ou pagar a faculdade. Ambicionamos o que na verdade são bugigangas, que se trocadas por uma atenção maior com a realidade do país e tantas carências que nos assolam, poderíamos transformar nossa paisagem. (Claro que também tenho meus aparelhos, universo eletrônico é imprescindível, mas não sei se por eles trocaria algo que acho sério.

Não critico os milhões que se abstiveram ou votaram em branco, que aqui chamo, quem sabe injustamente (detesto rótulos, mas as vezes são necessários), de descrentes ou mesmo fúteis. Critico, embora sem resultado, eu sei, o sistema que nos tona conformados, que no dão pó e circo em lugar de uma boa educação e preparo para bom cargos e funções. Critico a nossa sonolência e os encantamentos alienantes como poder comprar, comprar, comprar. E confesso que muitas vezes também me perseguem sedutores fantasmas d esquecimento, omissão e fuga de me recolher à nossa casinha no mato e lá ficar apenas contemplando a natureza, escrevendo, saboreando afetos, sabendo que minha interferência seria um eco frágil perdido num imenso vazio de desinteresse.  Também a mim espreita em alguns das com seus olhinhos marotos a idéia inescrupulosa: um voto, mais um voto, mais um voto – que acabam valendo mai do que nosso fascinante objeto de desejo -, as coisas podem se transformar.nem todo mundo é cego, surdo, mudo, ignorante ou conformado. Olhando bem, veremos que algumas coisas quase majestosas se movam no país. Quem sabe até vai-se mover até mesmo a montanha de nosso desencanto.
Fonte: LUFT, Lya. Os que não votaram. Revista VEJA. Edição 2292. ano 45. nº 43. 24 de outubro de 2012. pag. 30. Editora Abril.  SãoPaulo.

domingo, 28 de outubro de 2012

COMPARTILHANDO: Coisas boas a gente compartilha.



A defesa de José Dirceu, cassado por corrupção pela Câmara dos Deputados e condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha pelo Supremo Tribunal Federal, encaminhou à Corte um pedido de redução de pena. O argumento principal: o “relevante valor social” do rapaz. O memorial, assinado por José Luís Oliveira Lima e Rodrigo Dall’Acqua, vejam vocês!, traz um série de depoimentos atestando que Dirceu lutou contra a ditadura e ajudou a democratizar o Brasil. Um dos que asseveram os valores do condenado é… Luiz Inácio Lula da Silva — que pode vir a ser, ele próprio, a depender das circunstâncias, um réu do mensalão.

Então fica combinado assim: ter lutado contra o regime militar, não importam a qualidade dessa luta e os meios empregados, não só dá direito à Bolsa Ditadura como também a uma espécie de “bônus” penal. Se esses novos varões de Plutarco se tornam corruptores e quadrilheiros, esse passado meritório deve ser levado em conta. É um acinte à inteligência e ao bom senso no mérito e, como diriam os ministros do Supremo, “na espécie”. Ademais, que história é essa de Dirceu pedir clemência a um tribunal que ele despreza? O nome disso é covardia!

Vamos ao mérito. Ao dosar as penas de um condenado, é claro que um juiz pode e deve levar em conta o seu passado, mas isso não se confunde com o viés evocado pela defesa de Dirceu. Se for réu primário — não tiver sido apenado antes —, com bons antecedentes, o condenado tende a receber uma punição mais branda; se o contrário, então mais dura. Com a devida vênia, a defesa de Dirceu tenta perverter esse fundamento, emprestando-lhe um viés militante, ideológico, quiçá partidário. Digam-me aqui: um outro no lugar de Dirceu, sem o seu passado de supostas glórias, deveria, então, receber uma pena maior do que a dele?

Até onde acompanho, o passado distante e o recente de Dirceu, no que concerne à sanção moral ao menos, deveriam ser usados como agravantes. Na juventude, diz-se, lutou contra a ditadura e o estado autoritário. Desde a juventude, pois, entende o significado do embate político e conhece suas balizas. Em tempos mais próximos, foi nada menos do que o segundo homem da República. Bastava estalar os dedos para que a máquina fosse posta à sua disposição. Justamente porque tinha tão grandes e tão graves responsabilidades; justamente porque concentrava tanto poder e podia mover tantas vontades, seus crimes se tornam especialmente graves.

Agora algumas considerações sobre o caso em espécie. José Dirceu — e já conversei com alguns contemporâneos seus — se especializou em adensar a própria biografia. Nunca foi um líder destemido, e disso todo mundo sabe. Mas não quero me perder nesse particular. Uma coisa é certa: a democracia que temos não lhe deve uma vírgula. Quando tentou criar um movimento à cubana no Brasil, com o seu “Molipo” (Movimento de Libertação Popular), estava em busca de democracia? Viria daí a sua “relevância social”?

O curioso é que essa linha de defesa já foi testada no tribunal pelo advogado de José Genoino, condenado por corrupção ativa (9 a 1) por um placar ainda mais amplo do Dirceu (8 a 2). Os ministros deixaram claro que seu passado não estava em julgamento. Alguns até deram a entender que, se estivesse, talvez fosse um bônus. Pegar em armas com o objetivo de instaurar uma ditadura comunista num país é uma dessas glórias que ainda estão para ser demonstradas, não é mesmo?

Agora a covardia

Dirceu já emitiu uma nota pública afirmando ter sido vítima de um julgamento de exceção. Sustenta que o STF o condenou sem provas. Na sustentação oral que fez, seu advogado afirmou que sua eventual condenação seria um “ousado” ataque ao estado de direito. Muito bem! Como é que Dirceu pode pedir clemência a um tribunal de cujos critérios ele desconfia? Como pode pedir clemência a um tribunal que estaria a conduzir um julgamento de exceção? Trata-se de uma contradição inelutável, não é mesmo?

Nessas horas, sempre lembro do Canto VIII do poema “I Juca Pirama”, de Gonçalves Dias. Alguns ex-alunos meus que andam por aí — de vez em quando, um deles me acha e se manifesta; felizmente, sempre para o bem — devem se lembrar de como eu gostava de dar aula sobre esse texto.

Reproduzo o trecho em que o pai deplora e amaldiçoa o filho que, feito prisioneiro, pediu clemência à tribo inimiga. E olhem que o jovem índio o havia feito por amor ao pai, para cuidar dele na velhice. Mas não se brinca com a honra nesses casos, disse o velho. Sabem cumé… Gonçalves Dias era um poeta romântico…

VIII
“Tu choraste em presença da morte?

Na presença de estranhos choraste?

Não descende o cobarde do forte;

Pois choraste, meu filho não és!

Possas tu, descendente maldito

De uma tribo de nobres guerreiros,

Implorando cruéis forasteiros,

Seres presa de vis Aimorés.

“Possas tu, isolado na terra,
Sem arrimo e sem pátria vagando,
Rejeitado da morte na guerra,
Rejeitado dos homens na paz,
Ser das gentes o espectro execrado;
Não encontres amor nas mulheres,
Teus amigos, se amigos tiveres,
Tenham alma inconstante e falaz!

“Não encontres doçura no dia,
Nem as cores da aurora te ameiguem,
E entre as larvas da noite sombria
Nunca possas descanso gozar:
Não encontres um tronco, uma pedra,
Posta ao sol, posta às chuvas e aos ventos,
Padecendo os maiores tormentos,
Onde possas a fronte pousar.

“Que a teus passos a relva se torre;
Murchem prados, a flor desfaleça,
E o regato que límpido corre,
Mais te acenda o vesano furor;
Suas águas depressa se tornem,
Ao contacto dos lábios sedentos,
Lago impuro de vermes nojentos,
Donde festas como asco e terror!

“Sempre o céu, como um teto incendido,
Creste e punja teus membros malditos
E o oceano de pó denegrido
Seja a terra ao ignavo tupi!
Miserável, faminto, sedento,
Manitôs lhe não falem nos sonhos,
E do horror os espectros medonhos
Traga sempre o cobarde após si.

“Um amigo não tenhas piedoso
Que o teu corpo na terra embalsame,
Pondo em vaso d’argila cuidoso
Arco e frecha e tacape a teus pés!
Sé maldito, e sozinho na terra;
Pois que a tanta vileza chegaste,
Que em presença da morte choraste,
Tu, cobarde, meu filho não és.”

Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

VISEU E SEUS ENCANTOS: Vale a pena conhecer


A ILHA ENCANTADA – A Pedra Grande do Gurupi

Marcondes Lima da Costa[1]

Na desembocadura do rio Gurupi, na fronteira Pará-Maranhão, existem inúmeras ilhas e uma delas e muito distinta das demais, é uma ilha de pedra, uma pedra escura exótica, que emana daquele mundo de água, tendo em sua retaguarda o verde da floresta de mangue e o branco das praias e bancos de areia. É a Pedra Grande do Gurupi. Como se percebe o seu nome é uma direta alusão a sua constituição em pedra, e pedra grande, e a sua localização junto a desembocadura do rio Gurupi. As outras ilhas são bancos de areia e lama. A Pedra Grande já havia sido até local para farol de navegação. Seus escombros antes de ir para lá quando de nossa ultima visita nos anos de 1980. A ilha-pedra tem 160 m de comprimento e na maré fica cercada de bancos de areia. Seu topo é plano, com algumas touceiras de gramíneas resistentes ao sol, ondas e água salina, a tão propalada e temida maresia. A superfície é plana e rugosa, cheia de cavidades e caldeirões. Nestes podem acumular água do mar, que deixa o fundo cravejado de belos cristais milimétricos e cúbicos de halita, NaCl, o sal de cozinha, formados pela evaporação da água. A água do mar chega até o topo através do quebramento das ondas, projetando-a para cima. Esses mesmos cristais de halita também são encontrados em cavernas desenvolvidas nas paredes da ilha, particularmente em uma delas, um verdadeiro refúgio ou abrigo. Suas paredes de crosta são revestidas com cristais e agregados de gipso, um sulfato de cálcio hidratado, CaSO4 .H2O, além de halita. Mas a Pedra Grande do Gurupi é uma rocha incomum, estranha na região. Tem cor avermelhada e marrom, mas que está enegrecida superficialmente por liquens e intempéries em geral. Sob esta película escura se destaca uma rocha (termo geológico para a pedra) de aspecto pisolítico (formado por componentes esféricos ou esferolíticos com camadas concêntricas) a brechóide (como se estivesse toda quebrada). Os esferolitos e fragmentos têm cor marrom a vermelha e são envolvidos por material de cor clara, branco a amarelos, por vezes cinza-claro, a que denominamos de cimento. Os primeiros são formados por óxidos e hidróxidos de ferro, conhecidos como hematita e goethita e o cimento fosfatos de alumínio, como crandallita-goyazita, (CaSr)Al3(PO4)2(OH)5.(H2O), entre outros. Ah! Esta rocha como um todo é conhecida como crosta laterítica fosfática.

ATAQUES EROSIVOS – Mas a sua história não termina aí. Ela foi posteriormente invadida por minerais de cor verde a verde-escura, na forma de fosfatos de ferro, como dufrenita, Fe2+Fe3+4(PO4)3(OH)5.2(H2O), mitridatita, Ca2Fe3+(PO4)3O3 .3(H2O), beraunita, Fe2+Fe3+5(PO4)4(OH)5.4(H2O), sem falar em outros mais exóticos ainda. A presença de uma crosta laterítica indica que a região em que a rocha se formou está em terra firme e sob condições de clima tropical quente e úmido, fazendo com que outras rochas pré-existentes, sofressem intensa alteração química e mineralógica e se transformassem basicamente em óxidos e hidróxidos de ferro, mencionados anteriormente, minerais de argila e por vezes fosfatos de alumínio, como a crandallita-goyazita. O endurecimento do material de alteração por sua vez indica que depois de clima quente e úmido a região experimentou mudanças climáticas para condições quentes e secas, prolongadas. Por outro lado a modificação da rocha por fosfatos de ferro como dufrenita, mitridatita, em que o elemento ferro se encontra reduzido para o Fe2+, portanto em seu estado de oxidação mais baixo, mostra que a crosta laterítica tornou–se substrato de ambiente lacustre e/ou de pântano, por longo tempo também. Este ambiente é capaz de reduzir o ferro, ao criar um ambiente anaeróbico, desprovido de oxigênio. Portanto ela tem uma longa história, que não transparece ao ser humano, sem uma formação científica específica, como um geólogo. A história não termina por ai. Para esta rocha já alterada ser encontrada hoje como uma ilha, isolada, de tudo e de todos, é porque a região em que ela dominava sofreu ataques erosivos intensos, deixando apenas alguns remanescentes. Em seguida a mesma região como um todo foi rebaixada ou o nível do mar subiu, o que foi o mais provável. Nos últimos 10.000 anos o nível do mar subiu até mais de 100m, alagando muitas terras firmes a exemplo do litoral do Pará e do Maranhão. A Pedra Grande do Gurupi é, portanto, uma conseqüência da subida do nível do mar e consequentemente inundação permanente das terras costeiras mais baixas, como se vê ainda atualmente.

Mas por outro lado os moradores e pescadores da região acreditam que esta ilha seja encantada e nossa história geológica não faz o menor sentido. Em suas falésias eles reconhecem nas rochas esculpidas pelo mar, um corpo no formato de um “PretoVéio”, que defende a ilha dos maus espíritos, dos visitantes inoportunos, como nos tempos atrás, embora não nos consideremos como tal. Este Preto Veio está ao lado de uma caverna aberta na parede da rocha solapada pelas ondas do Oceano Atlântico. Segundo esse pessoal, quem visita a ilha deve levar e depositar prendas junto ao Preto Veio. Do contrário sofrerá as penalidades cabíveis, penalidades estas severas como mau tempo e transtornos na viagem de volta. Nós mesmos estivemos na ilha por duas vezes e nunca fizemos depósitos de oferenda, mas fomos sempre muito respeitosos. No entanto coletamos várias amostras de rochas para estudo. E não é que na última visita ficamos à deriva na costa entre o rio Gurupi e a Ilha de Itacupim, sem suprimentos, quiçá de água potável. A água da chuva nos ajudou. Passamos apertados e tememos pelas nossas vidas. Teria sido uma vingança do Preto Veio, um encantamento da Pedra Grande do Gurupi?

A LÓGICA DO PESCADOR – Mas o povo da região não acredita muito nesta história de geólogos, alias, nem sabem exatamente o que fazem, e nem mesmo se existe. Ele tem outra versão para a origem da ilha. Instado a falar sobre a origem da ilha, um veterano pescador da região, da desembocadura do rio Gurupi, em plena noite de luar no trapiche de Viseu, assim nos explicou a origem da ilha.

- Doutor, antigamente essa pedra não estava aqui não. Ela veio de muito longe. Ela veio de rio acima, veio descendo o rio devagarzinho, devagarzinho, quase sem a gente perceber, e ai ela encalhou nestas terras rasas de muito areia do rio Gurupi, e ai ficou – Uma explicação simples não? E aparentemente sem nexo não é?  Pois paramos para pensar, e pensamos, pensamos, puxamos nosso conhecimento geológico da região como um todo e finalmente chegamos a uma conclusão, a um quadro lógico, que explicava facilmente a lógica de nosso pescador. E como tinha lógica! A rocha que constitui a Pedra Grande, a crosta laterítica, está praticamente ausente da região da desembocadura do rio Gurupi, só ocorre nesta ilha, no entanto é comum rio acima, em suas margens e nos terrenos de terra firme próximos a ela. O pescador sabendo disto, pois é gente viajada e desbravadora da redondeza, de muita conversa, concluiu que para esta rocha estranha estar aqui na desembocadura de um grande rio, sozinha, sem parentes e aderentes, e tendo somente ocorrência rio acima, é porque ela descera rio abaixo. Descera “buiando”, boiando. A pedra enorme de160m de comprimento, descera boiando o rio, de bubuia, sim senhor! Estava explicada de forma simples a origem da ilha. Ele explicava isso com a convicção de um cientista munido de milhares de dados e experimentos Agora não pergunte se isso é possível do ponto de vista da física? Claro que não? Como uma rocha com densidade em torno de 3,5g/cm3 poderia flutuar ou boiar na água com densidade mais baixa, 1,0 g/cm3? Isto não importa e não vem ao caso. Ou vem? O certo é que a pedra está ali, durinha, durinha, enfrentando o rio e o mar, soberbamente. Ela está ali como a Pedra Grande do Gurupi. Para os geólogos a história é a outra, contada acima, que parece mais real, mas a historiado pescador nos parece mais bonita, simples e fabulosa, não é? É história de pescador mesmo, gente da nossa gente. É também o desenvolvimento de uma cultura, de um pensador que não tendo uma ciência como pano de fundo, desenvolve a sua própria lógica e que lógica.

CAMINHOSPARA APROFUNDAMENTOS
·         Costa, M. L & Souza,V.S..1991. O Encanto da crosta lateritica da Pedra Grande. Anais do III Simpósio de Geologia da Amazônia. Belém, Pará, p495-511.
       
Fonte: Jornal O Liberal. Encarte Amazônia. Ilha Encantada – A Pedra Grande do Gurupi. Belém, Pará, ano 2009. pag. 21-23.



[1] Marcondes Lima da Costa - é geólogo, mestre, doutor e pósdoutor em mineralogia e geoquímica, Professor da UFPA.

O CHORO DE FERNANDES BELO


"Não adianta chorar o leite derramado"
Temos recebido inúmeros telefonemas de pessoa residentes em Fernandes Belo. Demonstram preocupação com o processo de emancipação política do II Distrito  Viseu. E como moradores da Vila sonham em ficar com a sede do novo município. Creio que está acontecendo um equivoco com relação ao destinatário dessas ligações. A comunidade deveria perguntar aos “Coveiros de Fernandes Belo”, o que vai acontecer com o processo de agora em diante.
Creio que aqueles que enterraram a Vila de Fernandes Belo sabem muito bem o que fazer, pois fizeram a maior festa com o resultado das eleições. Creio que eles têm a solução, pois recursos não há de faltar para acompanhar a tramitação do processo.

Eles sabem que além de trabalhoso o processo é, também, muito oneroso. Porém, com os recursos que receberam para organizar o funeral de Fernandes Belo (e que não foi pouco), poderão facilmente acompanhar de forma mais eficiente o andamento do processo. Mas dizem  que mandaram construir e reformar casas, comprar motos, carros, etc...
Dinheiro os “Coveiros” receberam só não entregaram a mercadoria comprada. Seus candidatos, apesar de eleitos, tiveram um desempenho muito aquém do esperado.  Faltou voto nas urnas, ou seja, venderam mas não entregaram na medida certa. Comentam que foram muitos compradores, e que por isso, a pulverização de votos acabou não rendendo o esperado.

E dizem mais ainda: Que teve eleitor que negociou seu voto com mais de um “Coveiro”. Foi muito dinheiro para pouco voto. Teve candidato que apesar de eleito não quer nem ver esses “Coveiros”.
Um fato porém nos intriga. Durante a campanha fizemos uma reunião na praça em Fernandes Belo onde o tema de nossa reunião foi a união em torno dos candidatos com domicílio eleitoral em Fernandes Belo. Afinal a comunidade sempre se queixou em demasia dos oportunistas que sempre se  elegeram com os votos da comunidade e depois desapareceram só retornando quatro anos depois.

Elogiaram candidatos que mesmo não residindo em Fernandes Belo, sempre fizeram pelo lugar muito mais do que os detentores de mandato.
Ao final preferiram dar seus votos para candidatos que reconhecidamente nunca fizeram nada pela comunidade e certamente, esses novos eleito, como os outros nada farão em prol de Fernandes Belo.  

Com Fernandes Belo acontecem coisas que fogem a nossa compreensão.
Fernandes Belo é Vila com maior população no II Distrito de Viseu. É a sede do distrito.  Chega a superar a segunda maior localidade, o povoado de Açaiteua, que tem apenas a metade de sua população.

Porém, recentemente foi criada a Paróquia, ficando sediada na Vila de Açaiteua.  Mais uma vez, dizem as más línguas, que os coordenadores da comunidade católica, na época da criação da instituição paroquial, fecharam os olhos para a questão, concordando com tudo o que aconteceu. Muitos deles estão entre os atuais “Coveiros de Fernandes Belo”.
Apesar de Fernandes Belo ser pólo educacional, as estatísticas demonstram que o alunado da região está todo ele concentrado em Açaiteua.

E sabem quem está por trás de tudo isso: Quem disse que são os “Coveiros de Fernandes Belo”  acertou em cheio.
Ultimamente Açaiteua vem investindo forte sobre as conquistas de Fernandes Belo. Querem tirar de nossa comunidade o Destacamento da Polícia Militar. 

Se depender da ação dos “Coveiros de Fernandes Belo”, Açaiteua já pode cantar vitória!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Frases ditas no39º dia de julgamento do “mensalão”.


“Esse tipo penal pressupõe a configuração de uma entidade autônoma a transcender os indivíduos que a compõe” (sobre formação de quadrilha)”.
(Os réus)  jamais imaginaram formar uma associção para delinqüir”.  Rosa Weber,  Ministra do STF

“Eu não aceito essa exclusão sociológica, ela não tem base no nosso Código Penal” (ao comentar o voto de Rosa Weber).  
“É só o indivíduo que mora no morro e sai atirando loucamente pela cidade que abala? A prática de crime de formação de quadrilha por pessoas que usam terno e gravata me traz um desassossego ainda maior”. Joaquim Barbosa, Ministro do STF e relator do processo.

“Para que e caracterize quadrilha, a meu ver, precisa que haja a união dos elementos do tipo, ou seja, associa-se para a prática de crimes”. Carmem Lúcia, Ministra do STF.

“Os três núcleos (operacional, político e financeiro) se uniam para um projeto delinquencial”.
 “A quadrilha não se anuncia, pode praticar qualquer tipo de crime (...) Aqui a quadrilha durou mais de dois anos’. Luiz Fux, ministro  do STF.

“Vou me limitar a pedir vênia ao relator e ao ministro Luiz Fux para acompanhar a divergência, julgando improcedente a ação penal quanto a este item”. José Antonio Dias Toffoli, ministro do STF.

“Motivação política não exclui o crime de quadrilha”.
“Houve sim uma realidade autônoma,uma vontade própria fruto dessa espúria aliança”. Gilmar Mendes, ministro do STF.

“A República não suporta mais tanto desvio de conduta”.
“Não são poucos os homens públicos cuja a honra não se afasta com o tilintar das moedas”. Marco Aurélio de Melo, ministro do STF

“Nunca vi tão nitidamente caracterizado o crime de formação de quadrilha”.
“Neste caso, essa estabilidade se projeta para mais de dois anos e meio. Nunca vi algo tão claro”. Celso de Melo, ministro do STF.

“A sociedade não pode perder a crença de que o Estado dará resposta penal adequada”.
“Deus no céu e a política na terra”. Carlos Ayres Brito, ministro e presidente do STF.

Fonte: FRASES. Jornal O LIBERAL, caderno Poder, Coluna Política. Página 2. 23.10.2012. Belém - Pará.  

FRASES DO MENSALÃO - Confira agora o que foi dito sobr o mensalão

Durante o periodo que cercou a denuncia feita pelo ex deputado Roberto Jeferson (PDT-RJ), e o julgamento dos envolvidos, muito se falou a respeito do famigerado "Mensalão". Recordemos um pouco do que foi dito pelos personagens deste triste caso que manchou o cenário político brasileiro.
 

"O que o PT fez do ponto de vista eleitoral é o que é feito no Brasil sistematicamente" (presidente Luiz Inácio Lula da Silva)


"Cortaremos na própria pele se necessário" (presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em sua primeira declaração depois das denúncias sobre o mensalão)
 
"Na melhor das hipóteses, Lula, o senhor é um idiota. Na melhor. Na pior, o senhor é um corrupto." (Arthur Virgílio, líder do PSDB no Senado)

"Nós dilapidamos o nosso capital moral perante a sociedade." (Tarso Genro, presidente nacional do PT)

"Da maneira como está indo a coisa, eu estou vendo que não escapa nem Jesus Cristo." (Severino Cavalcanti, presidente da Câmara, que renunciaria por ter recebido mensalinho de dono de restaurante)

"Não organizei, não sou chefe, jamais participaria da compra de votos de parlamentares". (José Dirceu, deputado do PT e ex-ministro da Casa Civil)

"Se eu tivesse um buraco para me meter entraria nele para sempre." (Marcos Valério, empresário e avalista do PT)

"O PT é um navio que foi atingido, está prestes a afundar e se recusa a jogar a carne podre fora para ficar mais leve." (Jefferson Perez, saudoso senador do PDT-AM)

"Eu sou daqueles que preferem perder um voto do que perder a vergonha." (presidente Lula)

"Mentira, canalha, safado!" (Severino Cavalcanti, presidente da Câmara, ao desmentir o empresário que havia confessado tê-lo subornado)

"Respeito à ingenuidade. Não sei, no entanto, de onde imaginavam que o dinheiro viria - se do céu, num carro puxado por renas e conduzido por um senhor vestido de vermelho." (Delúbio Soares)

"A direita está fazendo com o PT o que a ditadura militar fez com João Goulart e o que fez no passado com Getúlio e JK." (José Dirceu, deputado do PT e ex-ministro da Casa Civil)
 
"O PT desconhece esse assunto, nunca ouvi falar sobre ele, portanto nós estamos repudiando esse tipo de acusação conta o PT." (Presidente nacional do PT, José Genoino)

"O Zé [Dirceu] deu um soco na mesa: O Delúbio está errado. Eu falei para não fazer." (deputado Roberto Jefferson, sobre a reação do então ministro da Casa Civil quando foi alertado do mensalão)

"Eu vi que o governo agiu para isolar o PTB. Vai ter que sangrar a cabeça de alguém na guilhotina, tem que haver carne e sangue aos chacais." (deputado Roberto Jefferson)
 
"Nesses mais de 30 anos de militância política, não acumulei vantagens." (Delúbio Soares, tesoureiro do PT)
 
"Ele está tentando se fazer de vítima, mas é preciso lembrar que ele é reú. Ele é réu nesse caso." (deputado José Dirceu sobre Roberto Jefferson)

"Zé Dirceu, se você não sair daí rápido, vai fazer réu um homem bom." (deputado Roberto Jefferson, em depoimento ao Conselho de Ética)

"Eu tenho medo, pânico, do José Dirceu. Ele é um homem sem coração." (deputado Roberto Jefferson)

 

 

"O que ela quer são cinco minutos de fama." (Valdemar Costa Neto, presidente do PL, em respostas às denúncias que a ex-mulher fez dizendo que ele usava indevidamente o dinheiro do partido) 

Fonte: http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/mensalao/fotos.aspx?cp-documentid=252571608#image=1

domingo, 21 de outubro de 2012

ELEIÇÕES EM VISEU: Como Fernandes Belo trata seu futuro

Temos recebido muitas ligações de Viseu manifestando solidaridade quanto ao resultado das urnas. As pesoas não aceitam muito bem nosso desempenho nessas eleições. Confesso que nem mesmo nós aceitamos resignado esse desfecho.

As ações que temos desenvolvido em prol do II Dstrito de Viseu (sic), principalmente, mereciam uma melhor reciprocidade, afinal, não existe na história do lugar nenhuma ação de político que sequer se aproxime das nossas.

Nosso objeto de atenção não foi somente o II Distrito. Por exemplo, tenho empenhado um tremendo esforço para conseguir a designação em carater efetivo de um Promotor de Justiça para atuar em nossa Comarca. Igual empenho tenho tido para obter a reconstrução do prédio do Forum de Viseu, cuja obra encontra-se em andamento. Conseguimos a instalação do Departamento de Polícia Militar na Vila de Fernandes Belo. Estamos mantendo gestões junto a Diretoria Regional dos Correios para instalação de um Agênci Comunitária dos Correios na Vila de Fernandes Belo, cujo processo encontra-se em fase final de exame. Realizamos recentemente 86 (oitenta e seis) casamentos e conseguimos a expedição de mais de 150 (Cento e cinquenta) segundas vias de Registros Civis de Nascimento, Casamento ou Óbito. Fazia parte de nossas ações a realização de mais 100 (cem) casamentos comuntários.

Temos que avaliar a situação em função de ações de futuro.

Fernandes Belo avaliou nosso desempenho no item atenção a comunidade. 

HIENAS E CROCODILOS

Pessoas alheias às conseqüências de seus atos, tem a facilidade de nos brindar com atitudes que as vezes parecem até animalescas. Dizem que a hiena, quando em seus banquetes devorando carniças explodem em risos que para um desavisado pode até parecer satisfação, mas como é que se pode ser feliz comendo carniças.

Ou já ouvimos falar em “lágrimas de crocodilo”. Mas, afinal, o que é isso?

“Quando o crocodilo está digerindo um animal, a passagem deste pode pressionar com força o céu da boca do réptil, o que comprime suas glândulas lacrimais. Assim, enquanto ele devora a vítima, caem lágrimas de seus olhos. São lágrimas naturais mas, obviamente, não significam que o animal se emocione ou sinta pena da sua presa. Daí vem a expressão ‘lágrimas de crocodilo’, querendo dizer que, embora a pessoa chore, suas lágrimas não significam que ela esteja sofrendo, e muitas vezes são mesmo apenas um fingimento”.

Qul será o sentimento dos "Coveiros de Fernandes Belo"?

ELEIÇÕES 2012 EM VISEU: Comemorar o que?


Na ressaca das eleições 2012, convém aqui fazermos uma breve análise sobre o declínio político da região conhecida como II Distrito de Viseu, fechadas as urnas e definidos os candidatos eleitos para a próxima legislatura.

O resultado apresentou o seguinte quadro: Neto (PPS), Cherliane (PDT), Domingos Leite (PR), Colota (PPS), Abudhy (PSC), Avelino (PR), Rafael Amin (PMDB), Frank (PR), Junior Mandi (PR) e Zacarias (PT).

A sede elegeu os vereadores Neto e Abudhy; Curupaiti, elegeu a vereadora Cherliane; Vila Cardoso, Domingos Leite; Limondeua, elegeu Colota e Frank, A Pará/Maranhão elegeu, Avelino e Junior Mandi, Açaiteua, Rafael Amin e Fernandes Belo, Zacarias.

Observa-se a derrota política da Vila de Fernandes Belo. Se nos pleitos anteriores a vila elegeu três vereadores, Joaquim ((PMDB), Nilson (PSL) e Zacarias (PT), nestas eleições amargou fragorosa derrota, pois viu ser eleito dentre seus representantes apenas um vereador, ainda “puxado” pela votação da candidata do PDT. Não fosse isso, Fernandes Belo ficaria sem um representante na Câmara de Viseu. Foi uma derrota sem precedentes. E ainda teve gente que comemorou.

Isso mesmo.  Pasmem! Ainda teve gente que comemorou o resultado das eleições em nossa Vila. O mais impressionante é que quem perdeu com isso não foi somente Fernandes Belo, perdeu também o II Distrito de Viseu (sic)eu tem como seus representantes na câmara o Vereador Zacarias (PT) e o vereador Rafael Amin (PMDB). Para quem não tem memória curta, este recorre de uma condenação de seis anos de reclusão em regime fechado, por improbidade administrativa.

O mais impressionante, ainda, é que a comemoração da “vitória nas urnas” era comandada por quem deveria ser a maior responsável pela formação crítica de nossa juventude, líderes políticos em nosso lugar. Eles e seus seguidores fizeram a maior festa para a vitória de seu candidato e como conseqüência para a derrota política de Fernandes Belo.

Será que nossa comunidade já percebeu o grande erro político que cometeu nessas eleições?

Como será o dia de amanhã que começará no dia 1º de janeiro de 2013? Se com vereadores eleitos por nossa comunidade nunca conseguimos nada de benefícios, o que esperar agora?

Será que os “Coveiros de Fernandes Belo” já tomaram consciência do prejuízo político para nossa comunidade, ou seja da nossa derrota política?

Creio que nossos “Coveiros de Fernandes Belo” nunca tomarão consciência desse mal que fizeram para nossa comunidade.

Dá pra entender essa comemoração?