Nossa luta embora tenha avançado um grande percurso temos de ter a consciência
que ainda estamos um pouco longe do fim. Conseguimos aprovar o PLP 416 na
Câmara Federal, com emendas, o que provocou sua devolução ao Senado Federal
para nova apreciação e posterior devolução à Câmara para mais uma rodada de
votação. Apesar do violento e ameaçador discurso do líder do governo como a
matéria retorna ao Senado, disse que “só Deus sabe quando vai a voto”, esperamos
que o Senado Federal não protele a votação do PLP 416, grande parte da população
que habita distritos que sofrem com as mazelas da administração pública.
O que mais
impressiona nesse movimento é a participação de pessoas de todas as partes do
Brasil, representantes dos mais variados Estados Brasileiros. Temos por exemplo
o amigo Aurélio Schimidt, lá do Rio Grande do Sul; Salim Abdala, do Mato Grosso;
Luiz Farias e Luiz Mourão, do Ceará; o Nunes,
de São Paulo, o Augusto Cesar, do Maranhão, O Alberto Dias, de Pernambuco;
Miguel Costa, Vitor e Antonio Pantoja, do Pará. Esses os membros mais ativos do
movimento. Invariavelmente estamos nos encontrando em Brasília, a Capital Federal,
pois a tramitação do PLP nas duas casas legislativas maiores do nosso Brasil
exige nossa presença com regular constância para acompanhar o andamento de
matéria de nosso interesse. Temos ainda muitos companheiros que anonimamente
nos seguem quando necessário. A lista é muito grande para aqui expor. Mas a esses
companheiros o nosso mais sincero agradecimento pela participação nessa luta.
Recordo-me da
luta que travamos no legislativo estadual do Estado do Pará para conseguir a
aprovação da LC 74, que trata da criação de novos municípios. Foram muitas
rodadas de negociação envolvendo a comissão administrativa, deputados, a presidência
da casa. Levamos muito chá de cadeira para podermos chegar aonde chagamos. Na
Câmara Federal foi a mesma coisa e isso vai se repetir no Senado e logo em
seguida tudo vai se repetir na Câmara novamente. Mas estamos avançando.
Assim que
conseguimos aprovar o LC 74 na ALEPA, nosso grupo formado no âmbito do Estado
do Pará, em uma interpretação equivocada, achou que o luta tinha chegado ao
fim. Erro nosso! Foi um erro que trouxe enorme prejuízo para o movimento.
Após a ressaca da
luta pela aprovação do PLP 416 esperamos que aquele mesmo clima não se instale no
movimento a nível nacional. Ainda temos muito chão para caminhar rumo a nosso
objetivo que é ver inteiramente aprovada a regulamentação do § 4º, do artigo 18
de nossa Constituição Federal.
Sem outras
credenciais que as de minha qualidade de brasileiro do extremo Norte (vivendo
sob a inclemência de um clima de 37º), onde a força indômita da natureza se
impõe ao homem, muita vez tolhendo-o no seu labor cotidiano, exigindo
desdobramento de energias, e que, entretanto, com persistente paciência, é
vencida; onde a pororoca nos ensina, com seu e bravio exemplo que avançando,
sem esmorecimentos nem retardos, e crescendo sempre com o entusiasmo que a
certeza da conquista traz, transforma em minutos, uma pequena enseada em
majestoso lago; temos do outro extremo do País, companheiros que vivem o minuano,
corrente de ar que tipicamente acomete os estados brasileiros do
Sul, um vento
frio de origem polar (massa de ar polar atlântica), de
orientação sudoeste,
algumas vezes também classificado como cortante, que ocorre após a passagem das
frentes frias de outono
e inverno,
geralmente depois das chuvas, mas que mesmo diante dessa dificuldade
avançam, é que me veio a idéia que acabo de expor:
Unir a força
exuberante da pororoca do extremo norte à persistência tenaz do minuano no
extremo sul é imprescindível para que possamos atingir nosso objetivo e transformar
em municípios os distritos que defendemos por esse Brasil afora.
Essa é a nossa
vontade!