quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O MOMENTO POLÍTICO BRASILEIRO: VAMOS DAR O TROCO?


Parece que vivemos um momento de pura inversão de valores. Hipoteticamente o parlamento brasileiro, com seus membros eleitos pelo povo  representa o povo brasileiro. Esse mesmo povo que o elegeu deveria ter dentre suas prerrogativas, a possibilidade de excluí-lo dessa representatividade.
Assim, teriam que se comportar com se fossem reféns do povo que o escolheu. Mas , o que vemos é justamente o contrário: nosso povo brasileiro vive refém dessa “corja”  (com raríssimas exceções) que forma o parlamento nacional. E por que não dizer estadual e municipal.

E essa condição de refém do parlamento nos faz amargar um sentimento de importância. Lutamos uma luta justa pela regulamentação da lei que permita a criação de novos municípios no Brasil. Mas, com tenacidade e organização, apoiado em um legítimo Estado de Direito vamos mudar esse jogo. O momento para isso está batendo em nossas portas, afinal é nos municípios, nas comunidades que esses políticos acampados no parlamento brasileiro costumam buscar a afirmação para seus mandatos. Depois de eleitos somem e só voltam na eleição seguinte. Vamos dar o troco? Não precisamos de levante nem de guerra civil. Precisamos sim saber dar o troco na hora certa. Eles entenderão nosso recado.

Temos como representantes do eleitorado brasileiro, o que de pior existe na classe política nacional.
Os jornais de hoje trazem a informação sobre o grau de confiabilidade de cada político de expressão nacional.  Aqui no Estado do Para, o jornal O LIBERAL, edição de 12/11, traz na coluna do jornalista e professor titular da USP e consultor político e de comunicação, a quem pedimos permissão para transcrever um parágrafo desse artigo. A coluna traz o sugestivo título: Hora de dar o troco: Pesquisa do ibobe acaba de mostrar a rejeição aos políticos. Lula, badalado e admirado em seus dois mandatos de presidente, acaba de alcançar 55% de rejeição. Mas não só ele, a presidente Dilma ou o prefeito de São Paulo, Fernando Hadad, estão no fundo do poço da imagem. Outros perfis como Serra (54%), Aécio (47%), Ciro Gomes e Alckmin (52%) e até Marina (50%) entram na banda escura da imagem. O que significa isso? ora, rejeição plena aos políticos. Donde se pode concluir que a campanha eleitoral de 2016 será uma das mais duras para os candidatos. Analisemos as causas que alimentam o processo de rejeição dos governantes e representantes do parlamento.

O primeiro fator é a falta de compromisso do político para com suas bases. As promessas Freitas ficam longe dos feitos. As massas são manipuladas e a mistificação se espraia. Engôdos, promessas mirabolantes, escapismo. Essa é a tônica dos discursos de campanha. Mas os tempos mudaram. Para começar a observação: o povo não quer mais ser considerado massa de manobra, como ainda supõe uma categoria de e políticos ultrapassados, que pensam em se perpetuar no poder com uma mala de dinheiro na mão, uma promessa na boca e a enganação do aperto de mãos e das tapinhas nas costas”.

Consideremos esse cenário.

“Sob esse painel emerge a questão: com que cara um político, candidato ou não, aparecerá em suas bases para pedir o voto? Vai ser difícil convencer as galeras que ele, seja quem for, merece voto. Poucos terão coragem de dizer que fizeram algo, mostrando o que prometeram. Alguns se despedirão da política. Muitas caras novas aparecerão na paisagem. A população começa a fechar o ciclo da velha política.”.

E ainda digo que tem muito mais coisas a acontecer. Tem muito prefeito que se mantém apoiado em um cenário de filme. Tudo artificial. Muitas vezes a realização nem sempre combina com a legitimidade. Se aprofundarmos a investigação sobre aquilo que foi feito, muita lama haverá de derramar da barreira de contenção, representada pela publicidade enganosa que mascara a verdadeira imagem. Os mensalões e os petrolões, lava jatos,  estão aí para mostrar que sob um fundo falso se esconde muita corrupção, muita ilegalidade, muita imoralidade no trato dos recursos públicos.

Vamos ficar na expectativa para ver se realmente nosso povo vai realmente dar essa lição de moral e civismo, ou vai continuar protegendo esse corja política que se esconde sob a proteção dos recursos públicos que são largamente utilizados para aprofundar esse caos.
Segundo o folclore político, recentemente no município de Viseu um candidato a prefeito ao procurar um dos “cabos eleitorais” (com o tempo já era pra ser de maior patente, não simplesmente cabo), avisou: Vem para o meu partido se tu quiseres te eleger. Do nosso lado terás ajuda. Contra nós, se visitares uma casa e deres R$ 100, ou mando alguém atrás para dar R$ 1.000,00. Dinheiro para isso não nos falta! O aviso está dado!
Espero que nosso povo tenha a coragem, a dignidade, a ética e a moral para denunciar esses casos, pois o Ministério Público e a Justiça Eleitoral estarão atentas para todo esse tipo de ilegalidade que cerca um processo eleitoral.