quarta-feira, 2 de setembro de 2015

VISEU E SEU ALTO ÍNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIAL

Nota no Jornal O Liberal, edição de 02.09.2015, reporta a seguinte matéria: 
Pará diminui a vulnerabilidade social
IPEA – Estado saiu da classificação “muito alta”, mas ainda tem fragilidades.

O índice de vulnerabilidade social (IVS) recuou de 24,11% em uma década. Entre 2000 e 2010, o indicador diminuiu de 0,618 para 0,469 e o Pará deixou de ser um Estado com vulnerabilidade classificada de como “muito alta”. A melhora no quaro indica mais eficiência nos serviços públicos prestados pelo governo. O IVS mede o acesso, a ausência ou a insuficiência de recursos ou estruturas (como por exemplo, o fluxo de renda, condições adequadas de moradia, e acesso a serviços de educação) que a principio deveriam estar à disposição de todo cidadão, por força de ação do Estado.

Os números foram divulgados recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Vide abaixo alguns dados sobre o IVS
Comportamento nos municípios (os extremos)

LUGAR
IVS (2000)
IVS  (2010)
VARIAÇÃO %
Aveiro
0,8
0,76
- 5
Prainha
0,81
0,74
- 8,641975309
Viseu
0,82
0,74
-9,756097561
Tucurui
0,5
0,35
- 30
Brasil
0,44
0,32
- 27,27272727
Belém
0,4
0,31
- 22,5

A quantidade de municípios brasileiros com vulnerabilidade social baixa subiu de 638 para 2.326 em dez anos, segundo a pesquisa. Os municípios com alta ou muito alta vulnerabilidade que eram 3.610 em 2000, somaram 1.981 em 2010.

Entre os municípios paraense, os menores IVS em 2010 foram observados nos municípios de Belém, Tucurui, Sapucaia; Por outro lado 91 municípios foram registrados como muito vulneráveis. Entre os mais vulneráveis estão Aveiro, Prainha e Viseu.

Essa pesquisa realizada pelo IPEA reflete uma preocupação maior, pois significa que a pelo menos 15 anos, o município de Viseu tem sido tratado como filho bastardo pelo Estado do Pará e pela União.

E o que isso significa?

Significa que há muito tempo que tanto o governo estadual como o governo federal não dedicam atenção ao nosso município.

Mas o que significa isso tudo isso?

Analisando friamente a questão, principalmente considerando os últimos dez anos, percebemos que o município de Viseu recebe somente a parte a que tem direito como preceito constitucional, ou seja, recebe aquelas verbas que lhe são devidas por uma obrigação constitucional, seja quem seja o governante.

Mas de quem é a responsabilidade maior nisso? Sabemos que um ente federativo só pode se habilitar a recursos oriundos de convênios com recursos estaduais  ou federais se apoiado em duas vertentes: 1) Precisa ter um prefeito que realmente tenha interesse em desenvolver seu município e que vá em busca desses recursos; 2) Precisa contar com efetivo apoio de parlamentares com assento nas Assembléia Legislativa e na Câmara Federal. Aliado a tudo isso o povo do município precisa estar atento para a atuação de seus representantes, aqueles que realmente detém a efetiva prerrogativa de representar o cidadão em qualquer que seja a casa.

E por que isso não acontece com maior freqüência?

Primeiro que quase nem sempre conseguimos eleger um prefeito que tenha realmente a atenção voltada para o desenvolvimento de seu município. Em segundo lugar, quando chega a hora da decisão mais importante, que é o momento de elegermos os nossos representamos, o que acontece em profusão é a grande maioria do eleitorado brasileiro “negociar seu voto”, trocando o seu direito de reivindicar por uma migalha que acaba alguns minutos depois de realizado o negócio, ou seja aquele minguado dinheirinho que recebeu para votar em alguém que ele não conhece e trocado por um mandato de quatro anos logo termina mas o mandato daquele que comprou ainda vai durar alguns anos. E o comprador só voltará a procurar o eleitor depois de quatro anos.

E o que fazer para mudar isso?

Usando um mínimo de consciência política. Votando naquele candidato que você espera que faça alguma coisa por seu município. Votando em alguém, com a liberdade do exercício do voto, para no futuro ter a capacidade de cobrar pela confiança nele depositada.

Isso é o mínimo que podemos fazer. E com certeza em um futuro próximo, vamos esperar por novas pesquisas para ver nosso município sair desse patamar de alta vulnerabilidade, mas isso nós só vamos conquistar se realmente partirmos para a implantação de uma nova forma de escolha de nossos representantes:

A ESCOLHA PELO QUE TEM COMPROMISSO COM O SEU LUGAR!


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