quinta-feira, 27 de março de 2014

VETO AO PLS 98/2002 – Uma estratégia de luta



Temos acompanhado a discussão em torno do fechamento das rodovias federais pelos emancipacionistas. Vejo que os companheiros divergem a respeito da data. Uns defendem dia 31 de março; outros dia 28 de abril.

Vejo que esta discussão está nos levando para outros caminhos.

Os verdadeiros emancipalistas não reconhecem legitimidade para o grupo que se apresenta como representante de uma pseuda união nacional. União de quem com quem? Não sabemos.

Por outro lado o senhor Augusto Cesar, apesar de parecer um dos entusiastas do processo de emancipação é inegável que ele está a serviço de uma oligarquia política que pouco ou nada tem feito de proveitoso para seu Estado do Maranhão. Pelo contrário. Ele vive criando factoides.

Mas não cabe aqui discutirmos isso.

Penso da seguinte maneira. Se fizermos uma paralisação agora no dia 31 de março vejo sem muito resultado prático, pois a sessão que vai apreciar o veto está no distante dia 15/04. Do dia 31 de março até o dia 15 de abril, qualquer acordo que se coloque na mesa pode virar fumaça. Lembremo-nos do que diz o nosso ex-deputado Gerson Peres (PP/PA): “A política é quem nem as nuvens. A gente olha está de um jeito; olha depois está tudo mudado”.

Por isso, não vejo com bons olhos essa paralisação no dia 31 de março. Ainda por cima coincide com o aniversário do movimento de março de 64, que pode ajudar a tirar do foco nossa manifestação.

Realizar esse movimento no dia 28 de abril é uma ideia que só pode ter saído de uma mente folclórica. Que quer reunir nossos companheiros em um movimento festivo, pirotécnico, portanto, sem nenhum proveito para nossa causa. São produzidos em mentes delirantes e irresponsáveis.
A manifestação para dar resultados tem de ser feita em um momento certo. Tem ser planejada com inteligência e realizada com efetividade. Na nossa modesta opinião, esse movimento, se acontecer (não sou favorável ao fechamento de estradas, pois isso prejudica toda uma sociedade e pode antipatizar nossa causa), tem de ser realizada, por exemplo, na segunda feira, 14/04.

Destacaríamos uma parte das lideranças para o Congresso Nacional e o grande contingente seria distribuído nas rodovias federais em pontos estratégicos, pontos que pudessem dar grande visibilidade ao nosso movimento.

Elegeríamos um ponto por Estado. Esse ponto deveria ser um local onde fosse possível ter acesso a sinal de telefonia celular e internet. Ficaríamos ligados com nossas lideranças em Brasília, acompanhando tudo o que acontecesse no Congresso Nacional.
Sigamos as lideranças verdadeiramente comprometidas com o movimento emancipacionistas. Representantes de oligarquias políticas que recentemente tem se aproximado do movimento (para se juntar as que já existem) buscam somente a visibilidade que nossa luta proporciona.

Não é hora de colocarmos na mesa interesses partidários.  A hora é de levarmos para a discussão questões sociais que afetam e prejudicam sensivelmente nossas comunidades.

Percebemos a forte presença de postulantes a cargos eletivos tentando aparecer para a comunidade (aqui no Pará está acontecendo em profusão), misturando-se aos companheiros de luta. O grupo tem de ter a capacidade de avaliar quem verdadeiramente está sintonizado com nossa causa. A causa da Justiça Social.

Esse grupo (que cresce a cada dia) vai permanecer no movimento até as eleições, depois desaparece.

Quem viver verá!!


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