O surgimento do município de Viseu[1] está intimamente ligado com a história do Maranhão. Existem duas versões sobre seu descobrimento. Para alguns historiadores, o município de Viseu foi descoberto por um pescador chamado Matias Montanha, que ao descobri-lo, ergueu um pequeno rancho (palafita) às margens do Rio Gurupi. A outra versão é que Diogo Leite, no ano de 1521, descobriu as terras de Viseu, onde encontrou como habitantes os índios Tupinambás e Apitingas.
Os franceses foram os primeiros europeus a
pisar nas terras do atual município, os quais no começo do século XVII
estabeleceram-se no Maranhão e travaram verdadeiras batalhas com os índios Tupinambás no Rio Piriá.
Em 1613 a expedição enviada por Gaspar de Souza para desalojar os franceses,
levou Diogo de Campos a convencer Jerônimo de Albuquerque a fortificar o
Piriá e estabelecer aliança com os Tremembés,
inimigo dos Tupinambás e, portanto, inimigos dos franceses.
O primeiro
povoado do município foi fundado em 1620, por ordem de Francisco Coelho de Carvalho e consistia em uma aldeia de índios Apitiangas, às margens do Rio Gurupi.
O território
de Viseu fez parte da Capitania do
Gurupi, doada por Felipe II, Rei da
Espanha, por Carta, em 09 de fevereiro 1622, a Gaspar de Souza que foi Governador Geral do Brasil no período de
1612 a 1616. A capitania estendia-se do Rio Caeté ao Rio Turiaçu, com vinte
léguas de fundo.
Francisco Coelho de Carvalho, na viagem
que fez a Belém, entrou no Rio Gurupi para visitar a povoação de Vera Cruz do Gurupi (atual Viseu) e
desrespeitando a Carta Régia de Felipe
III, doou a Capitania a seu filho Feliciano
de Carvalho, no mesmo ano.
A Corte de
Madri, entretanto, desaprovou o ato e devolveu a Capitania a Álvaro de Souza, filho de Gaspar de Souza e seu herdeiro, porém,
em compensação, foram doadas a Felipe Coelho de Carvalho as terras do Camutá,
onde ele fundou Vila de Viçosa de Santa
Cruz.
Alvaro de Souza fundou a Souza do Caeté, às margens do Rio Caeté, erigida mais tarde, à
montante da antiga Vila do primeiro Donatário.
Em 1753 foi fundada a povoação sob a
denominação de Nossa Senhora da
Conceição. Por ser a povoação mais oriental da Província, teve seu nome substituído
por Vera Cruz do Gurupi. Como povoado
pouco se desenvolveu. Isso foi em 1756.
Em seu lugar foi criada a freguesia de Nossa
Senhora da Conceição de Viseu, com que entrou para a independência,
pertencendo ao território de Bragança por vinte e três anos (1833/1856).
No dia 22.12.1856, foi elevada a Vila, conforme Lei Provincial nº301, quando foi desmembrada do território de
Bragança, ocorrendo sua instalação em 07.01.1858. Com a proclamação da
República, foi extinta sua Câmara e
em seu lugar, foi criado o Conselho de
Intendência Municipal, composta de um intendente e oito vogais.
Em 1892, através da Lei nº 28, de 30 de julho foi criada a Comarca. Instalada em dez de dezembro
do mesmo ano. A Lei 324, de seis de
julho, concedeu foros de cidade à
sede do município de Viseu.
Os Decretos nº6, de 04 de novembro e o de nº 78, de 27 de dezembro, suprimiram o município, cujo território
ficou sob jurisdição direta do Estado, em 1930.
A Lei Estadual nº 8, de 1835, restaura a autonomia do município.
Em 1936 o município é dividido em quatro
distritos: Viseu, Emboranunga, São José
do Gurupi e São José do Piriá.
Através da Lei Estadual 3131, de 31 de outubro,
foi criado o Distrito de Camiranga,
desmembrado do Distrito de São José do Gurupi, ficando o município com cinco
distritos, estatuído pelo Decreto Lei
Estadual nº 4505, de 30.12.1943.
Através da Lei Estadual nº 3235/65, o município
perdeu 7.730 km2 de sua área que passou a constituir o município de Paragominas, retirados mais
precisamente do Distrito de Camiranga,
que possuía 12.009 km2.
Segundo a lei nº 5.707
de 27/12/1991 - Diário Oficial nº 27.127 - Cria o município de Nova Esperança do Piriá com área
desmembrada do município de Viseu, que perdeu mais 2.877,9 km2.
Segundo a Lei 5.927,
de 28 de dezembro de 1995, é criado o Município de Cachoeira do Piriá, com área desmembrada do Município de Viseu.
O Topônimo Viseu, de origem lusa, significa
lugar elevado de onde se avista ao longe. Foi dado pelos primeiros exploradores
que aqui chegaram, por acharem semelhança com Viseu[2] de
Portugal, situada na Província de Beira Alta, limite com Bragança, em terreno
elevado, mas plano, a Oeste da Serra Estrela, banhado pelo Rio Volga.
BIBLIOGRAFIA
Levantamento da
Oferta Turística de Viseu. Governo do Estado do Pará. Secretaria Especial de
Produção. Companhia Paraense de Turismo. Novembro de 2004. Belém – Pará.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Viseu_%28Par%C3%A1%29,
acesso 15.12.2012, às 20:18h.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Viseu, acesso
15.12.2012, às 20:20h
[2] Viseu é uma cidade portuguesa,
capital do Distrito de Viseu, na região Centro
e sub-região de Dão-Lafões com 47 250 habitantes, sendo por isso a
terceira maior e mais populosa cidade no Centro de Portugal, a seguir a Coimbra
e Aveiro.
É sede de um município com 507,10 km² de área, com 34 freguesias.
O município é limitado a norte pelo município de Castro Daire,
a nordeste por Vila Nova de Paiva, a leste por Sátão
e Penalva do Castelo, a sueste por Mangualde
e Nelas,
a sul por Carregal do Sal, a sudoeste por Tondela,
a oeste por Vouzela
e a noroeste por São Pedro do Sul.
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