Por Armando Soares
O General Ernesto Geisel
(1974/1979) fez uma profecia: “Se é vontade do povo brasileiro eu promoverei a
Abertura Política no Brasil. Mas chegará um tempo que o povo sentirá saudade da
Ditadura Militar. Pois muito desses que lideram o fim da ditadura não estão
visando o bem do povo, mas sim seus próprios interesses”. Será que
chegaremos... Ou já chegamos a esse ponto?
Soldado lembra o pronunciamento de Barack Obama, presidente do
país mais democrático do mundo que afirma para que servem os militares, no dia
do Memorial Day. “... É graças aos soldados, e não aos sacerdotes, que podemos
ter a religião que desejamos. É graças aos soldados, e não aos jornalistas, que
temos liberdade de imprensa. É graças aos soldados, e não aos poetas, que
podemos falar em público. É graças aos soldados, e não aos professores, que
existe liberdade de ensino. É graças aos soldados, e não aos advogados, que
existe o direito a um julgamento justo. É graças aos soldados, e não aos
políticos, que podemos votar...” Feliz do povo que tem orgulho dos seus
soldados e sabem do seu valor, diferentemente do que ocorre dos governantes
brasileiros que homenageiam guerrilheiros que derramaram sangue de justos para
implantar uma ditadura comunista no país.
A pior escravidão é aquela que é
imperceptível. Não é a que obriga o ser humano a trabalhar por salário “de
fome”. A escravidão mais cruel é a que danifica a mente com propaganda
enganosa, que obstaculiza o livre arbítrio, que impede o ir e vir, que impõe
censura a livre expressão e ao conhecimento da verdade. Uma das piores
escravidões, a mais maléfica, a que fere indelevelmente a alma do ser humano é
a servidão de longo prazo imposta aos pobres através de políticas eleitoreiras,
enganosas que prende o pobre a currais para servir aos interesses de grupos que
visam se perpetuar no poder para tirar vantagens financeiras e econômicas,
realizar negociatas. Ter consciência de ser pobre para toda a vida, revolta,
gera distorções de comportamento, delinqüência, crime, tráfico de drogas,
situação por não ter solução, se estenderá a várias gerações. Diante dessa
realidade advém uma reação reflexa própria do animal homem em perigo:
conquistar a qualquer preço a libertação da pobreza, mas, sem opção, se
animaliza, perde a humanidade, mata, estupra e se droga, opção que vai custar à
vida.
O que tem feito o governo e a
sociedade brasileira para erradicar a pobreza humilhante existente no Brasil?
Nada de consistente e duradouro, a não ser ações paliativas politiqueiras, tipo
“pão e circo”, como as “bolsas” que transformam o pobre em consumidores para a
felicidade do comércio, ou seja, ilude o pobre que não se erradica a pobreza,
pois sua libertação só pode ser alcançada pelo conhecimento, pela educação e
pelo desenvolvimento. O verdadeiro trabalho escravo não é o que aponta o
Ministério do Trabalho nas fiscalizações que realiza com fins ideológicos.
Escravo no Brasil é quem produz alimento, quem industrializa, quem
comercializa, quem presta serviços, os funcionários públicos, os militares,
todos trabalhando e pagando impostos extorsivos para um Estado paquidérmico
ineficiente que sustenta políticos iníquos e a corrupção, como prova o STF no
julgamento do “mensalão”. Tem razão Ayn Rand quando adverte: "Quando você
perceber que, para produzir precisa obter a autorização de quem não produz
nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas
com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por
influência, mais que pelo trabalho; que as leis não nos protegem deles, mas,
pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a
corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então,
poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade trabalham juntos para o
bem-estar comum, todas as diferenças se resolvem, o que não vem acontecendo no
Brasil diante das políticas postas em prática pelo anterior e atual governo que
produziu leis e programas que estão criando discriminação no seio do povo,
jogando raça contra raça, estratégia própria e conhecida de regimes ditatoriais
a exemplo do nazismo, do comunismo e do fascismo.
Todo homem é livre para subir
tanto quanto puder ou quiser, desde que possa se defender da “canga” do estado.
O motor da riqueza e do desenvolvimento é a idéia atributo do homem e não do
Estado. O homem que descobre novos conhecimentos será para sempre um benfeitor
da humanidade. Produtos e mercadorias não podem ser compartilhados, pois
pertencem sempre àqueles que os consomem. Apenas o valor de uma idéia é que
pode ser compartilhado com um número ilimitado de homens, fazendo com que todos
se tornem mais ricos sem que ninguém seja sacrificado ou leve prejuízo,
elevando a capacidade produtiva do trabalho de todo cidadão, não importa quem
ele seja. O homem que se encontra no topo da pirâmide intelectual contribui
para todos aqueles que se encontram embaixo, mas não recebe nada mais do que
seu pagamento material. O homem na base da pirâmide, sozinho morreria de fome
por causa da sua inépcia, não contribui com nada para aqueles que se encontram
acima, porém recebe o bônus de todos os seus cérebros, enfatiza Rand. O grande
escravagista no Brasil é o Estado. É dele e de políticos inidôneos que o
brasileiro tem que se libertar.
ESCRAVIDÃO. Jornal
O LIBERAL.
Caderno Atualidades. Seção Opinião. Página 2. 15 de novembro de 2012. Belém –
Pará.
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