Depois de o ministro José Antonio
Dias Toffoli ter comparado as penas impostas aos condenados do mensalão à
crueldade do inquisidor espanhol Tomás de Torquemada, um advogado que atua na
defesa dos réus do maior escândalo político do governo Lula explicou
reservadamente porque os mensaleiros não deveriam, no mundo ideal, cumprir as
penalidades atrás das grades.
A lógica do defensor é a seguinte:
para um homicídio simples, resultante de um crime passional, por exemplo, não
haveria necessidade de prisão, afinal um assassino que age sob forte emoção,
como nos clássicos crimes passionais, não representa perigo para a sociedade.
Se um segundo assassinato for praticado pela mesma pessoa, aí, diz ele, é caso
de prisão imediata, sem nenhum direito a benefícios como progressão de regime.
E se o assassino matar uma terceira pessoa? O advogado não titubeia: pena de
morte.
Para a sorte de seu cliente,
condenado, entre outros, por formação de quadrilha e corrupção ativa, não há
crime de sangue no escândalo do mensalão.
(Laryssa Borges, de Brasília
http://veja.abril.com.br/blog/politica/uncategorized/inquisicao-e-cadeia-no-mensalao/, acesso 18/11/2012, às 10:15h
Perguntamos:
1.
Eles
deveriam, então, gozar de liberdade para poder continuar a roubar o povo
brasileiro? Ou a pena de morte para não continuar a roubando?
2.
E o
ministro da Justiça José Eduardo Cardozo defende a liberdade imediata para
todos os criminosos que cumprem pena nos presídios brasileiros?
3.
E para os
ministros Toffoli e Lewandowski, os mensaleiros merecem ser beatificados para posterior
canonização?
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