quinta-feira, 31 de março de 2011

FERNANDES BELO - Perfil do pretenso novo municipio paraense

PROJETO DE CRIAÇÃO DO MUNICIPIO DE FERNANDES BELO, DESMEMBRADO DO MUNICÍPIO DE VISEU, ESTADO DO PARÁ.

AMEFEB - Associação do Movimento Emancipalista de Fernandes Belo
Entidade jurídica de direto privado, sem fins econômicos, criada em 30 de maio de 2009, com endereço à Avenida Nossa Senhora da Conceição, s/n, – Centro, Vila de Fernandes Belo, município de Viseu – Estado do Pará, CEP 68622-000, E-mail: pant_silva@yahoo.com.br, legalmente inscrita no CNPJ sob o nº 11.893.599/0001-56, constituída para conduzir e coordenar o processo de Emancipação do Distrito de Fernandes Belo, desmembrado do município de Viseu, Estado do Pará, em tramitação junto a Comissão de Divisão Administrativa e assuntos Municipais da ALEPA.

COMPOSIÇÃO ESTATUTÁRIA DA AMEFEB
Antonio Pantoja da Silva – Coordenador Geral
Carlos Fernandes Gonçalves – Sub Coordenador Geral
Sérgio Paulo Nascimento Silva – Coordenador Administrativo
Manoel da Conceição Monteiro Silva – Sub Coordenador Administrativo
Carlos Wagner de Jesus Soares Cruz – Coordenador Financeiro
José Pires de Santana – Sub Coordenador Financeiro
CONSELHO FISCAL – MEMBROS EFETIVOS
Manoel Oliveira Silva
José Melquior de Oliveira Cruz
Luiz Fernandes Costa Soares
CONSELHO FISCAL – MEMBROS SUPLENTES
Manoel do Socorro Correia Monteiro
José Edielson Santos
Benedito Nascimento Alves Costa

CONHEÇA FERNANDES BELO
O QUE EXISTIA ANTES DA FUNDAÇÃO DA VILA: Anteriormente o povoado recebia a denominação de Quitéria, em homenagem a sua mais antiga moradora, chamada de Dona Maria Quitéria.

Vila de Fernandes Belo

Praça São Benedito - ao fundo a Igreja de São Benedito

Construção do novo colégio
LIMITES:
1. Com o OCEÂNO ATLÂNTICO – Começa na foz do Rio Emboranunga e segue pela costa até a foz do Rio Piriá.
2. Com o município de VISEU – Começa na foz do Rio Piriá, subindo pelo Rio Piriá até a foz do Rio Pitorozinho, subindo pelo Rio Pitorozinho até a foz do Igarapé Urucu, subindo pelo Igarapé Urucu até a Rodovia BR – 308, seguindo por esta até a distância aproximada de 948 metros e coordenadas geográficas aproximadas de 01º 20’ 9,00” Sul e 46º 32’ 56,43” Oeste onde encontra a reta que parte da nascente do Rio Curi até a nascente do Rio Emboranunga.
3. Com o município de AUGUSTO CORREA – Começa no cruzamento da reta que parte das nascentes do Rio Curi até a nascente do Rio Emboranunga, nas coordenadas geográficas aproximadas de 01º 20’ 9,00” Sul e 46º 32’ 56,43” Oeste, deste ponto seguindo por esta reta sentido NORDESTE até a nascente do Rio Emboranunga, descendo pelo Rio Emboranunga até sua foz no Oceano Atlântico.

Nota: Essas informações foram fornecidas pelo IBGE-PARÁ, através de sua base de campo, situado na Av. Serzedelo Correia, na cidade de Belém – PA.

O Distrito de Fernandes Belo foi criado através da Lei estadual nº 8, de 31.10.1936 com o nome de Emboranunga, sendo que, posteriormente, através do Decreto-Lei Estadual nº 2.972, de 31.02.1938, passou a chamar-se Fernandes Belo.

O município de Fernandes Belo será constituído a partir da união do Distrito de Fernandes Belo mais os setores 1, 2, 3, 4, 5, 6 e parte do setor 10, pertencentes ao Distrito de São José do Piriá, desmembrados do município de Viseu, o município mãe.

Com a emancipação, o novo município já nasce grande. Seu coeficiente será 1.2 do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), com uma receita projetada em repasses constitucionais (FPM, FUNDEB, FUS, ICMS, IPI, IPVA, IPTU, ISS, dentre outros).

Quanto ao município mãe, no caso Viseu, não perderá nada, já que, permanecerá com o coeficiente de 1.8. Daí a conclusão de que com a emancipação do distrito de Fernandes Belo apesar de vermos reduzidos em valores absolutos a transferência de FPM para o município mãe, Viseu, a região ganhará com isso, passando de um índice de 2,4 (o que atualmente recebe o município de Viseu) para 3.0, ou seja, a região aumentará em aproximadamente 66% o volume de recursos que recebe mensalmente, apenas considerando os valores referente a repasses, sem levar em consideração outros recursos constitucionais.

TOPONÍMIA – DA ORIGEM DO NOME: Em homenagem a dois comerciantes portugueses, Fernandes e Belo, moradores da comunidade batizaram a Vila com o nome de Fernandes Belo.

1. ÁREA: 812,19 km², (16,57% da área de Viseu: 4.904,13 km²)
2. TOTAL DE HABITANTES: 17.692 habitantes (Fonte IBGE)
3. POPULAÇÃO DO CENTRO URBANO: 3.225 (Fonte IBGE)
4. POPULAÇÃO RURAL: 14.467 (Fonte (IBGE)
5. NÚMERO DE DOMICILIOS: 3.247 (Fonte IBGE)
6. NUMERO DE DOMICÍLIOS NA ÁREA URBANA: 991 (Fonte IBGE)
7. NÚMERO DE DOMICÍLIOS NA ÁREA RURAL: 2.206 (Fonte IBGE)
8. QUANTITATIVO ELEITORAL: 9.791 (Fonte TRE)
9. VIAS DE ACESSO AO DISTRITO: Pela Rodovia BR-308, seguindo pela Rodovia PA-242.
10. LIMITES DO DISTRITO: Ver memorial descritivo.
11. PRINCIPAL ATIVIDADE DE SEUS HABITANTES: Pesca, agricultura, pecuária e serviços.
12. RENDA MENSAL MÉDIA DE SEUS HABITANTES: 02 (dois) salários mínimos.
13. PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS DO DISTRITO: Feijão. Arroz, milho e mandioca.
14. PRODUÇÃO PECUÁRIA DO DISTRITO: Bovinos, eqüinos e pequenos animais, pescado e mariscos.
15. MERCADO DE COMERCIALIZAÇÃO DE SUA PRODUÇÃO: Viseu, Bragança, Augusto Correa, Capanema, Castanhal e Belém.
16. ÁREA DE INFLUÊNCIA: Seringa, Fernandes Belo, Braço Verde, Basília, Caranã, Açaiteua, Boca da Cibrasa, Centro Alegre, Ita Açu, São Miguel, São José do Piriá, Laguinho, Fermiana, Araraquara, Laguinho, Santa Maria do Açaizal, Apeu Salvador e Tucundeua.

CARACTERÍSTICAS DO NÚCLEO URBANO
17. QUANTIDADE DE RUAS: 13 (Treze).
18. RUAS PAVIMENTADAS: ausente
19. PRAÇAS: 04 (quatro)
20. UNIDADE DE ENSINO: 04 (Quatro)
21. CENTRO DE SAÚDE: 01 (um).
22. CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL: Presente
23. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL – Presente (fornecimento de água apenas uma hora pela manhã e uma hora pela parte da tarde).
24. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA: presente
25. SISTEMA DE COMUNICAÇÃO – TELEFONIA FIXA É MOVEL: presente
26. EMISSORAS REPETIDORAS DE SINAL DE TELEVISÃO: ausente
27. DEPARTAMENTO DE POLÍCIA MILITAR: Presente (efetivo: 08 policiais militares)
28. DELEGACIA DISTRITAL DE POLÍCIA CIVIL: Ausente
29. AGÊNCIA DOS CORREIOS: Em fase de instalação
30. SUBPREFEITURA: Ausente
31. PRÉDIOS PÚBLICOS: 07 (sete)
32. CAMPOS DE FUTEBOL: 07 (sete)
33. QUADRAS DE ESPORTE: 03 (três)
34. IGREJAS CATÓLICAS: 02 (duas)
35. IGREJAS EVANGELICAS: 02 (duas)
36. ASSOCIAÇÕES DE MORADORES E/OU PRODUTORES: 08 (oito)
37. SINDICATOS DE CLASSES: 01 (um)
38. COLONIA DE PESCADORES: 01 (uma)
39. SINDICATOS DE TRABALHADORES RURAIS DA AGRICULTURA FAMILIAR: 01 (um)
40. PROJETOS DE ASSENTAMENTOS DA REFORMA AGRÁRIA: ausente
41. RESERVAS EXTRATIVISTAS: 01 (uma), que faz parte da Reserva Extrativista de Viseu.
42. LIGA ESPORTIVA – Membros da Liga Esportiva de Viseu. Numero de agremiações: 11 (onze)
43. COOPERATIVAS DE TRANSPORTES: ausente
44. SUPERMERCADOS: 03 (três)
45. AÇOUGUES: 08 (oito)
46. DEPÓSITOS DE BEBIDAS: 02 (dois)
47. FARMÁCIAS: 01 (uma)
48. LANCHONETES: 06 (seis)
49. PANIFICADORAS: 03 (três)
50. RESTAURANTES: 04 (quatro)
51. POUSADAS: 01 (uma)
52. PENSÕES: 01 (uma)
53. POSTOS DE COMBUSTÍVEL: Em fase de instalação
54. DISTRIBUIDORA DE GÁS DE COZINHA: Em fase de instalação
55. LAVA JATO: 01 (um)
56. ACADEMIAS: 01 (uma)
57. CLUBES DANÇANTES: 07 (sete)
58. BARES: 20 (vinte)
59. LOJAS DE ELETRODOMESTICOS: 02 (duas)
60. LOJAS DE ROUPAS: 09 (nove)
61. LOJAS DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO: 04 (quatro)
62. OFICINA DE AUTOMÓVEIS: 01 (uma)
63. OFICINA DE BICICLETAS: 06 (seis)
64. OFICINA DE MOTOCICLETAS: 08(oito)
65. BORRACHARIAS: 02 (duas)
66. SORVETERIAS: 02 (duas)
67. SALÕES DE CABELEREIROS: 04 (quatro)
68. MOVELARIAS: 04 (quatro)
69. DESPOLPADEIRAS DE CRUSTÁCEOS: 02 (duas)
70. EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL: ausente
71. MALHARIAS E CONFECÇÕES: 02 (duas).

AGENDA CULTURAL

FEVEREIRO
Carnaval de Rua – (Trio elétrico e Blocos É o Bicho, Cabeça Raxada e Só entra Melado e La Urso (centenária manifestação cultural popular carnavalesca)
Rainha das Rainhas – Barracão de Nossa Senhora do Bom Parto.
Escolha da Rainha das Rainhas do Carnaval
Carnaval de Salão – Barracão de Nossa Senhora do Bom Parto

MAIO
Festividade do Dia das Mães

JUNHO
Festival do Chapéu de Palha – abertura da quadra junina – promoção alunos do 2o ano do ensino médio.
Feira da Cultura – Promoção do sistema de ensino de Fernandes Belo

JULHO
VI Festival do Chopp - promoção dos alunos do 3º ano do ensino médio
Festividade de Nossa Senhora do Bom Parto
Campeonato de Futebol
Festival de Verão

AGOSTO
Festividade do Dia dos Pais

SETEMBRO
Comemoração da Semana da Pátria

OUTUBRO
Festividade do Dia das Crianças
Festividade do dia dos Professores

DEZEMBRO
Festividade de Nossa Senhora da Conceição
Festividade de São Benedito

Festividade de fim de ano
Gruta da Serra do Piriá - Uma das maravilhas de Fernandes Belo

Uma das maaravilhas da Natureza que ficará em Fernandes Belo

Belissima vista da Serra do Piriá - ao fundo o Rio Piriá
 MUDANÇAS NA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARÁ PERMITEM CRIAR MUNICÍPIOS
A Assembléia Legislativa do Estado do Pará retirou a necessidade de Lei Federal para criar municípios, após atualização da Constituição Estadual.
Com a atualização da Constituição Estadual promulgada no dia 14/09/2010, a Assembléia Legislativa do Estado do Pará - ALEPA poderá criar novos municípios sem a necessidade de aprovação de Lei Complementar Federal, conforme determinado, a partir de 1996, pela Emenda Constitucional (EC) Nº 15, que alterou a Constituição Federal de 1988.
Projeto de Lei 015/2010 de autoria dos deputados Estaduais João Salame (PPS) e Bernadete Ten Caten (PT), aprovado em 04 de agosto de 2010 e sancionado na forma da Lei Complementar 74, em 14 de setembro de 2010, definiu os critérios para a emancipação no estado do Ceará. Entre os critérios, o distrito precisa ter uma população igual ou superior a 5.000 habitantes.
Outros critérios:

Eleitorado superior a 50% da população do distrito; centro urbano já constituído de imóveis superior a 400 imóveis; existência de equipamentos sociais e de infraestrutura compatível com as necessidades da população, tais como: rede de distribuição de energia elétrica, sistema de captação e abastecimento público d’água potável, rede de esgoto sanitário; coleta de lixo; posto de saúde; escolas de educação infantil, fundamental e médio; posto policial; sistema de telefonia; estabelecimento de venda de combustíveis para veículos e gás de cozinha; posto de serviço dos correios.
Antes da realização do plebiscito haverá a necessidade de realização dos Estudos de Viabilidade: Econômica – Territorial – Ambiental.

O PROCESSO DE EMANCIPAÇÃO DE FERNANDES BELO

No dia 21/10/2010, a AMEFEB protocolou na Assembléia Legislativa do Estado do Pará- ALEPA o Projeto de Criação do Município de Fernandes, desmembrado do município de Viseu, Estado do Pará, Processo autuado sob o nº 006873/2010), ora em tramitação.
Serão realizados levantamentos gerais (Estudo de Viabilidade Municipal) sobre o distrito, como também, para, posteriormente, ser realizada a consulta plebiscitária junto a população do município de Viseu. A AMEFEB, como órgão coordenadora do processo, irá acompanhar todo o processo de emancipação do Distrito de Fernandes Belo, com o apoio, participação e ajuda de toda a população de Fernandes Belo e da área geográfica do novo município.

POR QUE EMANCIPAR FERNANDES BELO?

RAZÕES POLITICAS – Buscamos a emancipação político administrativa do Distrito de Fernandes Belo, de modo a constituir uma representação política formada por pessoas comprometidas exclusivamente com nossa comunidade. Representantes autênticos para exercer verdadeiramente a política “do povo para o povo” devem fazer parte desse grupo que irá gerir os destinos de nosso povo.

RAZÕES ADMINISTRATIVAS – Visamos com a autonomia política desenvolver uma gestão moderna visando oferecer ao nosso povo políticas públicas que garantam educação, saúde, ação social, infraestrutura básica e segurança de qualidade, aproximando os cidadãos do centro do poder e administrar com independência, porque, a independência é indispensável para o desenvolvimento racional e sustentável de nossa comunidade.

OUTRAS RAZÕES - Devido à distância da sede do município e as precárias condições de trafegabilidade das estradas que constituem a malha viária da região, aliado ao precário serviço de transporte que atende a população do distrito, somadas a proximidade com a sede dos municípios de Bragança e Augusto Correa, se constituem alguns dos motivos que nos levam a sonhar com a emancipação político administrativa dessa região.
Essa distância muitas vezes faz com que pequenos problemas se agigantem ante as dificuldades em buscar atendimento básico, principalmente no que se refere às questões de saúde e segurança.
A falta de uma política de educacional de qualidade também está dentre os fatores que motivam a busca desse sonho.


Além desses fatores, muitos desconhecem com quem de fato e de direito está a responsabilidade sobre esses assuntos e a quem compete a solução de problemas nas localidades que constituem o universo territorial do Distrito de Fernandes Belo.

ASPECTOS FAVORÁVEIS:
Gerenciamento dos recursos
Gerenciamento direto das necessidades
Melhoria da prestação de serviços
Desenvolvimento da economia local
Geração de emprego e renda
Melhoria na qualidade de vida
Escolha dos representantes comprometidos com a comunidade
Melhor Educação
Melhor Saúde
Melhor Segurança
Mais respeito para com a comunidade
Elevação da Auto Estima

AUTONOMIA MUNICIPAL
A organização político-administrativa do Brasil compreende a União, 26 Estados, Distrito Federal e 5.565 Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição Federal.
O Município de Fernandes Belo terá poderes para eleger seu Governo, decretar, arrecadar e aplicar seus próprios tributos e outros recursos obtidos apenas em nosso município.
Poderá organizar e administrar seus serviços
Além de legislar sobre matérias de sua competência, estabelecidas na Constituição Federal.

ESTUDOS DE VIABILIDADES
Ao propormos a emancipação Política Administrativa do Distrito de Fernandes Belo, tivemos a preocupação de fazer um estudo detalhado sobre a Viabilidade Municipal, destacando os aspectos geográficos, e econômicos quando constatamos o seguinte:

ADEQUAÇÃO A LEI COMPLEMENTAR 74/2010
O Distrito supera com folga todas as exigências da Lei Complementar 74/2010, de 14.09.20110, que disciplinam a criação de novos municípios.
População de mais de 5.000 habitantes
Mais de 50% de eleitores
Mais de 400 casas em seu núcleo urbano

OUTROS REQUISITOS
O município mãe deixará de receber recursos, mas também deixará de gastar, pois, passará todas as obrigações que tem com a área emancipada, tais como: transporte escolar, gastos com servidores, conservação de equipamentos sociais e investimentos com infra-estrutura.

ASPECTOS ECONÔMICOS E ADMINISTRATIVOS

RECEITAS PRÓPRIAS
As receitas municipais estão constituídas por:
Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU
Imposto sobre transmissão intervivos de bens imóveis – ITB
Imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISSQN
Taxas resultantes do exercício do poder de polícia municipal (concessão de licenças, fiscalização) ou pela prestação de serviços públicos de competência do Município (limpeza urbana, coleta de lixo e iluminação pública)
Contribuição de melhoria decorrente obras públicas municipais
Rendas resultantes da venda ou exploração de bens patrimoniais do Município

RECEITAS CONSTITUCIONAIS
Participação em tributos federais: ITR (50%), FPM, FUNDEB, FUS, ANP, FEX, CFM, FEP, ANP-ROYALTIES, IPM-IPI...
Participação em tributos estaduais: IPVA (50%), ICMS (25%), IPI (25%)
ICMS - O repasse do ICMS aos Municípios está regulado na Lei Complementar Nº 63/90 onde se destacam os seguintes parâmetros:
Transferência automática e semanal - Os recursos arrecadados em uma semana deverão ser transferidos à conta de cada Município até o segundo dia útil da semana seguinte. Do produto da arrecadação do Estado, 25% são transferidos para os Municípios (Cada Estado determina quais serão os critérios de rateio do ICMS).
Tem ainda participação em transferências constitucionais: saúde, educação, ação social e infra-estrutura básica - além é claro, de convênios firmados com estado, união e organismos internacionais.
FUNDEB - A Emenda Constitucional Nº 53 aprovada em 06 de dezembro de 2006 que criou o FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação -, tem por objetivo proporcionar a elevação e uma nova distribuição dos investimentos em educação. Vai atender 47,2 milhões de alunos da educação básica (infantil, fundamental, média, de jovens e adultos e especial). A previsão de vigência do fundo é de 14 anos (2006 a 2019). Também serão atendidas creches (para crianças de 0 a 3 anos).
FPM - (Formas de repasses) - Seu repasse é correspondente a população do Município, seguindo uma escala/coeficiente de 0.6 (até 10.188 hab.) a 4.0 (acima de 156.216 hab.).
Os dados correspondentes a população dos municípios é fornecida pelo IBGE que efetua a atualização anualmente - (31 de julho). Os recursos do FPM serão transferidos nos dia 10, 20 e 30 de cada mês.
Hoje a Fernandes Belo se enquadra no coeficiente 1.2 com uma população de 17.642 hab. Viseu tem um coeficiente de 2.4 (62.910 hab.). Com o desmembramento, permanecerá com o coeficiente, 2.0.
FPM – Fundo de Participação dos Municípios.
FEP – Fundo Especial de Petróleo
ICMS – Desoneração das exportações – Lei 87/96
FUS – Fundo de Saúde
FUNDEB – Fundo de Manutenção Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação.
SNA – Simples Nacional

REPASSES CONSTITUCIONAIS PARA O MUNICÍPIO DE VISEU NOS ÚLTIMOS SEIS (06) MESES:

MÊS/ANO VALOR (R$)

Setembro/2010 3.578.963,68
Outubro/2010 3.884.175,53
Novembro/2010 4.060.093,64
Dezembro/2010 6.239.640,55
Janeiro/2011 4.449.440,21
Fevereiro/2011 5.811.793,38

COEFICIENTE DE FPM NA MESMA ÁREA
Com a criação do município de Fernandes Belo, o volume de recursos na região tende a sofrer um incremento, pois de um coeficiente de 2.4 hoje recebido por Viseu, apesar da redução nesse coeficiente para 2.0, teremos um valor correspondente a 3,2 de FPM, com um crescimento de 33% (trinta e três por cento) no valor das transferências constitucionais para a região, ou seja, todo mundo sai ganhando com esse desmembramento.

FERNANDES BELO EMANCIPADO SERÁ:
Maior do que 36 dos atuais municípios paraenses em população;
E maior do que 26 municípios em número de eleitores.

E QUANDO VAI ACONTECER A EMANCIPAÇÃO DE FERNANDES BELO?
No Estado do Pará, no mês de março de 2010, a Assembléia Legislativa deu início ao processo de criação de novos municípios. Tudo começou com a apresentação do Projeto de Lei 015/2010, de autoria dos deputados João Salame (PPS) e Bernadete Ten Caten (PT). Votado no dia 04 de agosto de 2010, foi aprovado por unanimidade.
No dia 14 de setembro de 2010 o PL 015/2010 foi sancionado pela Governadora Ana Júlia Carepa na forma Lei Complementar 74 que define os critérios mínimos para a criação, fusão e incorporação de municípios as emancipações em todo o Pará, sendo sancionada no dia 16 de setembro de 2010.
A partir da sanção da LC 74/2010, A ALEPA iniciou efetivamente a análise de todos os projetos que se encontravam em tramitação na casa. Paralelamente, vários outros projetos foram apresentados estando em fase de estudo de viabilidade.
É pensamento de todos que pleiteiam a criação de novos municípios, que ainda nesta legislatura os processos sejam todos definidos.

NÃO VISLUMBRAMOS NO PRESENTE ESTUDO NENHUM MOTIVO QUE VENHA A PREJUDICAR VISEU, O MUNICÍPIO MÃE.

O encanto da aprazivel Vila de Fernandes Belo
Vista da Vila de Fernandes Belo
Fernandes Belo – Viseu (PA), 28 de março de 2010.
Antonio Pantoja da Silva
Presidente

quinta-feira, 24 de março de 2011

Veja quem pode ganhar vaga no Congresso após decisão do STF


STF decidiu que Lei da Ficha Limpa não poderia ter sido aplicada em 2010.
Pelo menos quatro senadores e dois deputados podem ganhar vaga.
Do G1, em Brasília



Barrados pela Lei da Ficha Limpa, alguns políticos de expressão no cenário nacional podem conquistar vagas no Congresso depois da decisão desta quarta-feira (23) do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou os efeitos da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2010.
No ano passado, terminou empatada a decisão sobre a validade da lei para as eleições de outubro. Apesar do empate – possível devido à aposentadoria de Eros Grau, que deixou a corte com dez ministros –, o STF decidiu manter decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que considerou a validade para as eleições de 2010.
O STF analisou o recurso do deputado estadual mineiro Leonídio Bouças (PMDB), barrado por condenação de improbidade. Bouças contestava a validade da lei nas eleições passadas. Confira o que pode mudar na composição do Senado e na Câmara.
NO SENADO
Quem reivindica vaga

Cassio Cunha Lima (PSDB) - Ex-governador
O que aconteceu
Foi o mais votado para o Senado pela Paraíba com mais de 1 milhão de votos. O primeiro eleito mais votado obteve cerca de 870 mil votos.

Razão pela qual foi barrado
Perdeu o mandato de governador após ser condenado por abuso de poder econômico.

Quem perderia vaga
Wilson Santiago (PMDB), que foi o terceiro mais votado e acabou beneficiado pela inelegibilidade de Cunha Lima.


Jader Barbalho (PMDB-PA), ex-deputado federal
Recebeu 1,77 milhão de votos e entraria na segunda vaga para o Senado pelo Pará.
Renunciou em 2001 para evitar possível cassação (estaria inelegível até 2011).
Marinor Brito (PSOL), que foi a quarta mais votada do estado e acabou beneficiada pela inelegibilidade dos segundo e terceiro colocados, Jader Barbalho e Paulo Rocha respectivamente.

Paulo Rocha (PT-PA), ex-deputado federal
Foi o terceiro mais votado para o Senado pelo Pará e pode entrar na segunda vaga, caso seja confirmada a inelegibilidade de Jader Barbalho.
Renunciou ao mandato de deputado federal em outubro de 2005 após ser citado por envolvimento no escândalo do mensalão.
Marinor Brito (PSOL), que foi a quarta mais votada do estado e acabou beneficiada pela inelegibilidade dos segundo e terceiro colocados, Jader Barbalho e Paulo Rocha respectivamente.

João Capiberibe (PSB-AP), ex-senador
Obteve mais de 128 mil votos e entraria na segunda vaga pelo Amapá no Senado.
Foi condenado em processo de compra de votos em 2002.
GIlvam Borges (PMDB) obteve 121 mil votos e foi o terceiro mais votado, mas acabou beneficiado pela inelegibilidade de Capiberibe.

Marcelo Miranda (PMDB-TO), ex-governador
Foi o segundo mais votado para o Senado pelo estado com 340 mil votos.
Teve seu mandato cassado em setembro de 2009 por abuso do poder político.
Vicentinho Alves (PR-TO) obteve 332 mil votos e foi o terceiro mais votado, mas acabou beneficiado pela inelegibilidade de Miranda.

NA CÂMARA

Janete Capiberibe (PSB-AP), ex-deputada federal
Recebeu mais de 27 mil votos e foi a candidata a deputado federal mais votada do Amapá. O diplomado com mais votos recebeu 21 mil votos.
Foi condenada em processo de compra de votos em 2002.
Como a eleição é proporcional, ou seja, vale a quantidade de votos da coligação para saber o número de cadeiras, será necessária recontagem dos votos pelo TRE-AP.

João Alberto Pizzolatti Júnior (PP-SC)
Recebeu mais de 130 mil votos, o suficiente para se eleger.
Foi condenado em segunda instância por improbidade administrativa em 2007.
Como a eleição é proporcional, ou seja, vale a quantidade de votos da coligação para saber o número de cadeiras, será necessária recontagem dos votos pelo TRE-SC.

Fonte: G1, matéria e fotos - 24.03.2011.

FICHA LIMPA VALE PARA 2012, MAS AINDA PODE SER QUESTIONADA

Supremo Tribunal Federal derrubou validade da norma na eleição de 2010.
Decisão beneficia os que obtiveram votos suficientes mas foram barrados.
Débora Santos
Do G1, em Brasília


O ministro Luiz Fux na sessão desta quarta; o voto
dele decidiu a questão da ficha limpa no STF
(Foto: Carlos Humberto/SCO/STF)

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que nesta quarta-feira (23) derrubou a validade da Lei da Ficha Limpa nas eleições do ano passado, não encerra o debate sobre a aplicação da norma.
Mesmo podendo ser aplicada nas eleições de 2012, a ficha limpa ainda poderá ter dispositivos questionados.
A norma prevê 14 critérios de inelegibilidade que podem vir a ser atacados no STF pelos candidatos que serão eventualmente barrados nas eleições municipais de 2012.
Segundo o ministro Luiz Fux, a norma pode ser alvo de futuros questionamentos. “Nas outras [próximas] eleições, no meu entender, vale a ficha limpa. A gente não pode imaginar se vem alguma indagação, mas pode ser”, disse o ministro.
Nos processos que contestaram a ficha limpa, em 2010, foi atacado, por exemplo, o fato de a lei considerar condenações anteriores à sua vigência.
Com o julgamento desta quarta, os ministros estão autorizados a julgar individualmente – com base na decisão do STF – os recursos contra a ficha limpa que já tramitam na Justiça. Ainda há dúvidas sobre os efeitos da decisão para políticos barrados que não recorreram ou que os prazos para recursos já terminaram.
Supremo derruba validade da ficha limpa nas eleições de 2010Confira a repercussão entre políticos da decisão do STF sobre ficha limpaHá a possibilidade de ser feito um pedido para sustar a decisão tomada quando a ficha limpa ainda valia para 2010, mas ainda há divergências no meio jurídico sobre essa questão.
“Se o político participou das eleições, e o processo transitou em julgado, ele pode entrar com uma rescisória para impugnar a decisão. Mas se ele não participou das eleições, é aquela máxima do direito: o direito não socorre aos que dormem”, afirmou o ministro Marco Aurélio Mello.
Mesmo diante de indefinições, é possível afirmar que a derrubada da validade da lei em 2010 vai mexer na atual composição do Congresso Nacional.
Na prática, a decisão beneficiará políticos com processos semelhantes, como o ex-deputado Jader Barbalho (PMDB-AP) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), por exemplo, que concorreram nas últimas eleições e, embora barrados pela Lei da Ficha Limpa, obtiveram votos suficientes para se eleger ao Senado por seus estados.

Justiça
Nas duas vezes em que o plenário da Corte analisou processos contra a ficha limpa, em 2010, houve empate, em 5 votos a 5. O motivo dos julgamentos inconclusivos foi a ausência de um integrante da Corte, depois da aposentadoria do ministro Eros Grau, em agosto de 2010.
Com a posse do ministro Luiz Fux, no início do março, houve grande expectativa em relação ao seu voto, que decidiu o resultado do julgamento. Questionado sobre como sentia em relação à responsabilidade de definir a posição da Corte, ele afirmou que o resultado foi justo.
“Eu acho que se fez justiça. A Lei da Ficha Limpa está valendo, mas por melhor que seja o direito, ele não pode valer contra a Constituição.Eu sempre julguei com muita consciência com muita serenidade, muita técnica, muita sensibilidade. Espero ter conseguido isso”, declarou Fuxz, que disse ter acordado às 3h desta quarta para terminar a elaboração do voto.

Fonte: Portal G1, 24.03.2011

terça-feira, 15 de março de 2011

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE VISEU: Assume novo promotor

Segunda-feira, 14 de Março de 2011 13:50:57

Re: Res: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE VISEU
De: "ouvidoria@mp.pa.gov.br"
Exibir contato
Para: antonio pantoja da silva silva pant_silva@yahoo.com.br
_______________________________________

Boa tarde Sr. Antonio,

Cumprimentando-o, informamos que recebemos a informação da Procuradoria Geral de Justiça ofício nº293/2011/MP/CGAB com o seguinte teor:

Por detreminação do Exmo. Sr. Geraldo de Mendonça Rocha, Procurador-Geral de justiça, em atenção a Ofício nº 026/11-MP/Ouvidoria, protocolizado sob o nº 7426/2011, informo a Vossa Excelência que o Promotor de Justiça, Dr. Januário Constêncio Dias Neto foi designado para atuar na Promotoria de Justiça de Viseu, desde o dia 1º de março do corrente ano, ressaltando-se que o mesmo só aturá naquel Município.

Desta foma colocamos a Ouvidoria do MP/PA a disposição de V.S.

Att,

Jackeline Gomes

Citando antonio pantoja da silva silva pant_silva@yahoo.com.br:
----- Mensagem encaminhada ----


De: Lauro Alexandrino Santos

Para: antonio pantoja da silva silva

Enviadas: Quinta-feira, 24 de Fevereiro de 2011 14:44:30

Assunto: RES: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE VISEU
Incansável ANTONIO PANTOJA,

Sou grato pelo seu reconhecido empenho na busca de melhorias para esta comuna, gratidão esta que certamente é e há de ser compartilhada por todos.
Também receba meus agradecimentos pelo tratamento dispensado a este Juiz da Roça.
Abraços,

Lauro Alexandrino Santos

> Dra. Jacqueline,
>
> Paragominas, linearmente, fica bem próxima de Viseu, mas fica distante algumas
> centenas de quilometros o que dificulta o transito entre esses dois municípios.
>
> Paragominas possui a 1ª Promotoria ocupada pelo Dr. Arnaldo Célio da Costa
> Azevedo e a 2ª Promotoria ocupada pelos Drs. Reginaldo César Lima Álvares e
> Brenda Corrêa Lima. Sendo a Dra. Brenda, a promotora de justiça lotada em Viseu,
> qual a razão da mesma continuar em Paragominas, que tem tres promotores de
> justiça enquanto que nós em Viseu ficamos relegados ao abandono, completamente
> desamparados pelo MP? e o Dr. Bruno Beckembauer Sanches Damasceno, consta na
> pagina do MP ainda lotado em Viseu. Ele volta?
> Como disse na minha primeira msg, de que adianta o esforço do CNJ para atender o
> cidadão em suas mínimas necessidas jurisdicionais se o MP patrocina injustiças
> dessa natureza. Paragominas, bela cidade, onde tive o prazer de ser um de seus
> moradores por cinco anos, quando ainda era mal afamada, conhecida como
> "paragobala", tem sua pujança política, enquanto que nós vivemos abandonados
> pelos poderes constituidos, somos governados pela "República de Minas" , que não
> tem o menor interesse em assegurar esse dieito ao seu cidadão.
>
> As comarcas do interior tipo a nossa, distante do centro de decisões, onde os
> agentes públicos estaduais são verdadeiros heróis, pois muitas vezes tem por
> imposição de ordem legal que ocupar essas entrancias da vida. Infelizmente,
> alguns mesmo apresentando razões de humanidade para se deslocarem para centros
> onde teriam mais facilidade de assitencia médica (como é o caso de nosso juiz
> titular), tem suas pretensões negadas. Outros, preferem o conforto e a
> facilidade para permanecerem em lugares que inegavelmente desfrutam de uma
> melhor qualidade de vida. Confrontando-se Viseu e Paragominas, quem escolheria o
> primeiro?
>
> Os processos eleitorais dos candidatos não eleitos no pleito municipal de 2008
> estão aguardando a apreciação do MP eleitoral. os processos criminais sofrem
> solução de continuidade e o que dizer dos processos onde a intervenção do MP é
> imprescindível?
>
> Como se pode perceber o caos pode ser inevitável. Ou será necessário acionarmos
> outros mecanismos para chamar a atenção desse respeitável Ministério Público?
> Por essas razões reitero o pedido para ser recebido para tratar pessoalmente > dessa questão.
> Antonio Pantoja
>
____________________________

> De: "ouvidoria@mp.pa.gov.br"

> Para: antonio pantoja da silva

> Enviadas: Quarta-feira, 23 de Fevereiro de 2011 13:47:25

> Assunto: Re: PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE VISEU
>
> Prezado Sr. Antonio,
>
> Cumprimentando-o, acusamos o recebimento de seu e-mail e aproveitamos a
> oportunidade para agradecer sua colaboração. Vimos informá-lo que acerca de
> designação de Promotor de Justiça para Comarca de Viseu, encontra-se lotada na
> mesma a Excelentíssima Senhora Doutora Promotora de Justiça Brenda Corrêa Lima,
> a qual também vem respondendo pelo expediente de uma das Promotorias de Justiça
> de Paragominas, razão por que, segundo a própria, não tem condições de
> comparecer diariamente nesse município, tendo em vista a distância entre o mesmo
> e aquele município onde ela também vem exercendo sua função ministerial. Ainda,
> assim, encaminhamos cópa de seu e-mail à Douta Procuradoria Geral de Justiça.
> Atenciosamente,
>
> Jackeline Machado Gomes
> Secretária da Ouvidoria MP/PA
>
>
> Citando antonio pantoja da silva :
>

>> Caros amigos, é inegável que o esforço
>> desenvolvido pelo CNJ visando emprestar maior
>> celeridade ao judiciário vem alcançando resultados
>> pelo pais afora.
>> Entretanto esses avanços nos não conseguimos
>> perceber em Viseu, Nordeste do Etsado do Pará.
>> Nossa Comarca já está há muito tempo sem promotor
>> de Justiça, não obstante a boa vontade do Juiz da
>> Comarca os processos sofrem solução de
>> continuidade em face da ausencia do representante
>> desse MP.
>> Devido a distancia da capital fica muito dificil
>> para nós buscarmos a solução do problema.
>> Gostariamos de egendar uma conversa pessoal com
>> esse MP, buscando encaminhar solução para o
>> problema.
>> Aguardo breve contato por parte desse órgão.
>> Antonio Pantoja da Silva
>> Presidente da Associação do Movimento
>> Emancipalista de Fernandes Belo - Viseu - PA.
>> Telefones(91) 9916-2493/81036401
> Esta mensagem foi enviada atraves de http://Mail.MP.PA.Gov.BR.
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domingo, 13 de março de 2011

JARBAS PASSARINHO: Reverencias ao mestre

        Recordando a figura de meu pai, que todos os dias, após a sesta diária levava horas e horas a ler os jornais do dia, para depois guardar  os recortes de matérias que lhe chamavam à atenção. Um pouco antes de falecer me deu de presente alguns recortes de jornais. Guardo comigo preciosidades de autoria de Jarbas Passarinho (de quem gostava desde minha juventude estudantil), Cléo Bernardo, Eládio Malato, dentre outros. Hoje revirando minha estante em busca do livro "O Caso dos Exploradores de Caverna", de autoria do professor de "Jurisprudence" da Harward Law Scholl, LON L. FULLER, exigência de leitura do meu Curso de Direito na ESTÁCIO-FAP, encontrei algumas relíquias. Vale a pena compartilhar a leitura desse artigo de 1997.
Ser político
Por Jarbas Passarinho - Senador


        Convidado pela Associação Pernambucana de Imprensa, fui a Assembleia Legislativa do Recife, para discutir o tema: “O Político e a Imprensa”. Rememoro parte do que disse lá.

        O poeta escreveu: “Ser mãe é padecer no paraíso”. Um prosador poderia escrever que “ser político é conviver com a incompreensão e resignar-se com a agressão coletiva”. Atacar o político é garantia de aplauso popular. A imprensa, a mesma, que se nutre fundamentalmente do fato político, que encontra nas portas do Legislativo a fonte primacial para o noticiário diário, nem sempre deixa de preparar a opinião pública para o "desconceito" do político. O pior é que, como ocorre, aliás, com os profissionais de outras categorias, o mau político produz a generalização da condenação. Se alguns vendem a consciência, logo é como se todos a vendessem é como se os homens e mulheres que não integram a classe dos políticos fossem todos absolutamente corretos, éticos e dignos.

        Conheci talentosos repórteres que, nos anos do Estado Novo, se refugiaram na crônica policial, pois os jornais, em assuntos políticos, com o Legislativo fechado, eram obrigados a publicar louvações ao ditador e só. E aí daqueles que ousassem se negar a publicá-las. Na hora em que os Parlamentos forem fechados, aos jornalistas só restará o caminho que seus antepassados trilharam na ditadura getulista, pois se os políticos são generalizadamente desonestos, a esse teorema seguir-se-ia obrigatoriamente o corolário: devem ser extintos os Legislativos.

      Presidi uma CPI, a do orçamento, mais conhecida como a dos “anões”, que levou a perda do mandato de dez dos dezoito acusados. Não tenho notícia de qualquer parlamento no mundo democrático que haja alcançado algo igual ou parecido (o destaque é meu). Na Itália, na fase das averiguações as “Mãos Limpas”, nenhum parlamentar foi punido. Apenas Andreotti, senador, teve as imunidades suspensas. A imprensa foi de tal importância para o bom êxito de nossa missão, conquanto haja, aqui e ali, fomos prejudicado pelos “furos” que acabavam favorecendo os culpados, aos quais davam tempo, quebrada a surpresa, para forjarem álibis.

        Não é só a imprensa que contribui para o mal julgamento generalizado dos políticos. Não haveria julgamento injusto se não déssemos razões ao julgador, pela nossa conduta. Winston Churchil, medularmente político, ajudava a ironizar. Um jornalista perguntou-lhe, certa feita, quais eram as qualificações necessárias a um jovem que desejasse ingressar na vida política. Ele respondeu. “É a qualidade de prever o que vai acontecer amanhã, na próxima semana, nos próximos meses e ano”. Fez uma pausa marcada pelo olhar maroto e concluiu: “E de ter a habilidade de explicar depois porque nada disso aconteceu”... Em suma: "uma qualidade de esperteza cínica".

    As pessoas em geral, já descrentes dos políticos, tornam-se por vezes mais severas, injustas, e identificáveis com os que Rui Barbosa chamava de “magarefes da honra alheia”. Ou por serem cruéis por natureza, ou porque jamais compreenderam que, como dizia Bismarch, “a política é a arte do possível e do indicado”.

    Fazendo autocrítica, reconheço que fornecemos, não raro, motivo para as censuras, quando enveredamos pelo movediço terreno do possível ainda que não o indicado. Sobretudo em questão ética. O esquecimento de uma ofensa, quando o ofensor toma a iniciativa o ofendido de ontem, o que implica uma desculpa, nem sempre é compreendido. Uns são cometidos na critica. Outros tomados de uma indignação maior do que a que podem conter enveredam pelo insulto soez. As alianças dos contrários é particularmente vulnerável quando o esquecimento é de uma ofensa contra a honra. Não há como não escapar da incompreensão ou ficar imune a peçonha de supostos amigos, muitas vezes movidos por sentimentos por seu turno nada nobres, ainda que posem de Catão, o antigo. Desgraçadamente a vida do político pode levá-lo a conduzir-se de modo a aparentar falta de coerência, porque por sua vez se deixa dominar também por sentimentos menores, como que se traduz na perversa expressão: “O inimigo de meu inimigo, meu inimigo é”. Por essas armadilhas que nossos destinos enfrentam, com certa frequência, é que estou cada vez mais inclinado a recolher a vela do meu pobre barco singrando as águas ardilosas do política.

PASSARINHO, Jarbas. Ser Político. Jornal O LIBERAL. Belém, 7 de setembro de 1997. pag. 2. Atualidades.

Revisado em 24 de dezembro de 2021.