Vale a pena reproduzir trecho do artigo de lavra do
ex-deputado federal Gerson Peres, publicado no jornal O Liberal deste domingo, 12
de março. Vamos ao artigo: “... Se os governos federais civis pavimentassem
cerca de 50 a 100 km, por ano, após a Constituinte 87/88, ela não seria palco
desta vergonha nacional, alias o que ocorre com as importantes e valiosas
rodovias federais como a BR 163, Cuiabá-Santarém; BR 308, a Transoceânica; BR
422, a Transcametá; a BR 158, a Redenção - Santa do Araguaia; e a BR 155, de
Marabá a Dom Eliseu.
Se planificassem durante todos esses anos e já estivesse
concretizada a pavimentação da Transoceânica, o Norte do Brasil teria substituído
a face do atraso pelo sorriso do progresso e da igualdade dos brasileiros do
Norte e Nordeste. Reconhece-se não é fácil a urgente tarefa do asfaltamento das
rodovias federais e estaduais. Não estará faltando, porventura, uma
planificação mais adequada dos recursos com a grandeza quilométrica das mesmas,
em relação a sua utilidade primária e fundamental, econômica e socialmente ?
A pavimentação tem prioridade para que atenda às permanentes
e constantes necessidades das populações e dos mercados onde os transportes são
as vigas mestras do pronto atendimento das mesmas. O que entristece e
constrange os que trabalham com os transportes dos produtos necessários são os numerosíssimos
buracos das estradas. Estes, de pequenos e não tapados, se transformam em lagos
lamacentos. Passadas as chuvas, os buracos intransitáveis e as matérias primas,
que, paradas, prejudicam as empresas, os trabalhadores, os caminhoneiros e
carreteiros em distâncias quilométricas, tudo para, tudo atrasa.”
Isso tudo tem a ver com a nossa região de Viseu, pois a
Transoceânica, tem seu trecho mais entre
os municípios de Viseu e Bragança, na Região Nordeste do Estado do Pará.
Enquanto isso a população das concentrações urbanas que
margeiam a referida rodovia são as que mais sofrem com esse abandono do governo
federal.
Aliás no final do artigo, o ex deputado pede que a Rodovia
Transamazônica seja considerada de utilidade pública. Mas ai eu perguntaria ao
ex deputado: Por que só a Transamazônica e não também a Transoceânica. Bem que
a BR 308 também poderia ser considerada de utilidade pública.
Recentemente foi feita uma grande festa com a instalação de
canteiros de obras na rodovia BR 308 em duas frentes. Uma trabalharia no
sentido Bragança/Viseu e a outra no sentido Viseu/Bragança. Nesses tempos
difíceis de grave crise política e financeira que o País atravessa, a
credibilidade nessa obra é muito pequena.
Fonte: As rodovias brasileiras: a vergonha nacional. Peres, GERSON. Jornal O Liberal. Caderno Poder. Coluna Dinheiro. Página 10. Edição de 12.03.2016. Belém - Pará.
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