domingo, 12 de março de 2017

As rodovias brasileiras: a vergonha nacional


Vale a pena reproduzir trecho do artigo de lavra do ex-deputado federal Gerson Peres, publicado no jornal O Liberal deste domingo, 12 de março. Vamos ao artigo: “... Se os governos federais civis pavimentassem cerca de 50 a 100 km, por ano, após a Constituinte 87/88, ela não seria palco desta vergonha nacional, alias o que ocorre com as importantes e valiosas rodovias federais como a BR 163, Cuiabá-Santarém; BR 308, a Transoceânica; BR 422, a Transcametá; a BR 158, a Redenção - Santa do Araguaia; e a BR 155, de Marabá a Dom Eliseu.
Se planificassem durante todos esses anos e já estivesse concretizada a pavimentação da Transoceânica, o Norte do Brasil teria substituído a face do atraso pelo sorriso do progresso e da igualdade dos brasileiros do Norte e Nordeste. Reconhece-se não é fácil a urgente tarefa do asfaltamento das rodovias federais e estaduais. Não estará faltando, porventura, uma planificação mais adequada dos recursos com a grandeza quilométrica das mesmas, em relação a sua utilidade primária e fundamental, econômica e socialmente ?
A pavimentação tem prioridade para que atenda às permanentes e constantes necessidades das populações e dos mercados onde os transportes são as vigas mestras do pronto atendimento das mesmas. O que entristece e constrange os que trabalham com os transportes dos produtos necessários são os numerosíssimos buracos das estradas. Estes, de pequenos e não tapados, se transformam em lagos lamacentos. Passadas as chuvas, os buracos intransitáveis e as matérias primas, que, paradas, prejudicam as empresas, os trabalhadores, os caminhoneiros e carreteiros em distâncias quilométricas, tudo para, tudo atrasa.”
Isso tudo tem a ver com a nossa região de Viseu, pois a Transoceânica,  tem seu trecho mais entre os municípios de Viseu e Bragança, na Região Nordeste do Estado do Pará.
Enquanto isso a população das concentrações urbanas que margeiam a referida rodovia são as que mais sofrem com esse abandono do governo federal.
Aliás no final do artigo, o ex deputado pede que a Rodovia Transamazônica seja considerada de utilidade pública. Mas ai eu perguntaria ao ex deputado: Por que só a Transamazônica e não também a Transoceânica. Bem que a BR 308 também poderia ser considerada de utilidade pública.
Recentemente foi feita uma grande festa com a instalação de canteiros de obras na rodovia BR 308 em duas frentes. Uma trabalharia no sentido Bragança/Viseu e a outra no sentido Viseu/Bragança. Nesses tempos difíceis de grave crise política e financeira que o País atravessa, a credibilidade nessa obra é muito pequena.

Fonte: As rodovias brasileiras: a vergonha nacional. Peres, GERSON. Jornal O Liberal. Caderno Poder. Coluna Dinheiro. Página 10. Edição de 12.03.2016. Belém - Pará. 

                                                                                                                                                            

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