segunda-feira, 26 de junho de 2017

BRASIL: Uma República corrompida

        Neste último final de semana passe recolhido na localidade de Vila do Caripi, município de Igarapé Açu. Sem internet (não recebemos o sinal na localidade), sem televisão (há alguns dias atrás o ladrão levou e resolvemos não levar outra no momento – só depois das férias). Sem ter muito que fazer, comecei a pensar na vida. Só leituras de jornais e revistas.  Um artigo do professor Gaudêncio Torquato. Esse artigo, com o título: Construir ou desconstruir a pátria.  É um texto longo. Transcrevê-lo seria um pouco cansativo. Mas me sugeriu um reflexão. Essa reflexão compartilho com os amigos. Afinal, nova eleição se avizinha. Se não for logo para um mandato tampão (o que pouco acredito), será no ano vindouro.
        Fico na expectativa de como nosso eleitorado brasileiro vai se comportar depois desse vendaval que atingiu o País de Norte a Sul. O panorama envolve os três poderes constituídos em nossa República: Executivo, Legislativo e Judiciário. E não existe nenhuma esfera que se possa dizer que esteja livre dessa chaga: União, Estado Município. Para o lado que se olhe ali encontraremos esse câncer social. Logo teremos eleições.
       Quando uma república se corrompe, segundo Montesquieu, não se pode remediar nenhum dos males que nascem a não ser eliminando a corrupção e voltando aos princípios. Como combater a corrupção sem eliminar corruptos? Eis o dilema.
        A limpeza deve ser geral. A começar pelo poder executivo, cujas atitudes devem guiar-se pela idéia de um projeto longo para o País, com escala de prioridades e abolição de casuísmos, gastos perdulários (superfaturamentos), cooptação ilícita de apoios (mensalões) e partidarização do Estado (Estado é Estado e partido político é partido político).
        O corpo parlamentar (senadores, deputados federais e estaduais e vereadores) há de aceitar a concepção de que o mandato pertence ao povo. O representante é um fiduciário que defende interesses gerais e não particulares, e que tem deveres e direitos, dentre os ganhos o ganho pelo seu trabalho (apenas). E não o desleixo e a locupletação quando falta ao serviço ou quando usa o seu serviço para outros ganhos (sic) pouco republicamos.
        Os quadros do judiciário hão de lembrar que “os juízes devem ser mais reverendos que aclamados e mais circunspectos que audaciosos”.  Elegendo integridade como virtude, como ressalta Bacon. Se os Poderes cumprirem as funções que lhe são atinentes, o País avançara, o Estado avançará, o município avançará.
        As leis serão obedecidas e as instituições serão respeitadas, como devem ser. A cidadania ampliará seus foros. E as sombras que escondem perfis de caráter maculado refluirão sob o sol de um tempo mais claro e menos corrosivo. Teríamos mais empregos, escolas de melhor qualidade, hospitais e medicamentos para tratar com mais eficiência da saúde do povo, menos violência pelas ruas.

        Partidos e candidatos limpos. E disso que precisamos. Campanhas mais éticas e menos extravagantes. Eleições limpas. A fé voltaria a brotar nos corações. 

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