Parece que vivemos um momento de pura inversão de valores.
Hipoteticamente o parlamento brasileiro, com seus membros eleitos pelo povo representa o povo brasileiro.
Esse mesmo povo que o elegeu deveria ter dentre suas prerrogativas, a
possibilidade de excluí-lo dessa representatividade.
Assim, teriam que se comportar com se fossem reféns do povo
que o escolheu. Mas , o que vemos é justamente o contrário: nosso povo
brasileiro vive refém dessa “corja” (com
raríssimas exceções) que forma o parlamento nacional. E por que não dizer estadual
e municipal.
E essa condição de refém do parlamento nos faz amargar um
sentimento de importância. Lutamos uma luta justa pela regulamentação da lei
que permita a criação de novos municípios no Brasil. Mas, com tenacidade e
organização, apoiado em um legítimo Estado de Direito vamos mudar esse jogo. O
momento para isso está batendo em nossas portas, afinal é nos municípios, nas
comunidades que esses políticos acampados no parlamento brasileiro costumam
buscar a afirmação para seus mandatos. Depois de eleitos somem e só voltam na eleição seguinte. Vamos dar o troco? Não precisamos de levante nem de guerra
civil. Precisamos sim saber dar o troco na hora certa. Eles entenderão nosso
recado.
Temos como representantes do eleitorado brasileiro, o que de
pior existe na classe política nacional.
Os jornais de hoje trazem a informação sobre o grau de
confiabilidade de cada político de expressão nacional. Aqui no Estado do Para, o jornal O LIBERAL, edição
de 12/11, traz na coluna do jornalista e professor titular da USP e consultor
político e de comunicação, a quem pedimos permissão para transcrever um parágrafo
desse artigo. A coluna traz o sugestivo título: Hora de dar o troco: Pesquisa
do ibobe acaba de mostrar a rejeição aos políticos. Lula, badalado e admirado
em seus dois mandatos de presidente, acaba de alcançar 55% de rejeição. Mas não
só ele, a presidente Dilma ou o prefeito de São Paulo, Fernando Hadad, estão no
fundo do poço da imagem. Outros perfis como Serra (54%), Aécio (47%), Ciro Gomes
e Alckmin (52%) e até Marina (50%) entram na banda escura da imagem. O que
significa isso? ora, rejeição plena aos políticos. Donde se pode concluir que a
campanha eleitoral de 2016 será uma das mais duras para os candidatos. Analisemos
as causas que alimentam o processo de rejeição dos governantes e representantes
do parlamento.
O primeiro fator é a falta de compromisso do político para
com suas bases. As promessas Freitas ficam longe dos feitos. As massas são
manipuladas e a mistificação se espraia. Engôdos, promessas mirabolantes,
escapismo. Essa é a tônica dos discursos de campanha. Mas os tempos mudaram.
Para começar a observação: o povo não quer mais ser considerado massa de
manobra, como ainda supõe uma categoria de e políticos ultrapassados, que
pensam em se perpetuar no poder com uma mala de dinheiro na mão, uma promessa
na boca e a enganação do aperto de mãos e das tapinhas nas costas”.
Consideremos esse cenário.
“Sob esse painel emerge a questão: com que cara um político,
candidato ou não, aparecerá em suas bases para pedir o voto? Vai ser difícil
convencer as galeras que ele, seja quem for, merece voto. Poucos terão coragem
de dizer que fizeram algo, mostrando o que prometeram. Alguns se despedirão da
política. Muitas caras novas aparecerão na paisagem. A população começa a
fechar o ciclo da velha política.”.
E ainda digo que tem muito mais coisas a acontecer. Tem
muito prefeito que se mantém apoiado em um cenário de filme. Tudo artificial.
Muitas vezes a realização nem sempre combina com a legitimidade. Se aprofundarmos
a investigação sobre aquilo que foi feito, muita lama haverá de derramar da
barreira de contenção, representada pela publicidade enganosa que mascara a
verdadeira imagem. Os mensalões e os petrolões, lava jatos, estão aí para mostrar que sob um fundo falso se
esconde muita corrupção, muita ilegalidade, muita imoralidade no trato dos
recursos públicos.
Vamos ficar na expectativa para ver se realmente nosso povo
vai realmente dar essa lição de moral e civismo, ou vai continuar protegendo
esse corja política que se esconde sob a proteção dos recursos públicos que são
largamente utilizados para aprofundar esse caos.
Segundo o folclore político, recentemente
no município de Viseu um candidato a prefeito ao procurar um dos “cabos
eleitorais” (com o tempo já era pra ser de maior patente, não simplesmente
cabo), avisou: Vem para o meu partido se tu quiseres te eleger. Do nosso lado
terás ajuda. Contra nós, se visitares uma casa e deres R$ 100, ou mando alguém
atrás para dar R$ 1.000,00. Dinheiro para isso não nos falta! O aviso está
dado!
Espero que nosso povo tenha a
coragem, a dignidade, a ética e a moral para denunciar esses casos, pois o
Ministério Público e a Justiça Eleitoral estarão atentas para todo esse tipo de
ilegalidade que cerca um processo eleitoral.
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