A obra biográfica de minha autoria MARGARIDA SCHIVAZAPPA – A
Primeira Dama do Teatro Paraense foi lançada em outubro/2015. Neste ultimo
final de semana participando da Feira da Literatura Paraense foi possível
perceber o quanto esse livro é atual. Desperta muita curiosidade. E foi
precisamente essa curiosidade que me levou a debruçar na pesquisa que resultou
do livro.
Todos que frequentam o teatro Margarida Schivazappa ficam se
perguntado: Quem foi essa dama que batiza esse importante teatro? Qual a importância
de seu trabalho para fazê-la merecer essa honraria. Ter seu nome cunha no
segundo mais importante templo da arte e da cultura em nosso Estado do Pará,
leva qualquer um a pensar na grandiosidade da contribuição de uma pessoa para
ter seu nome na facha daquela casa.
Mas a tristeza assalta a todos quando buscam e não encontram
informações a respeito da dama homenageada pelo teatro. Como se explica a falta
de interesse os órgãos de cultura de nosso Estado em apoiar a iniciativa de
mostrar a todos a importância de nossa notável Mestra, professora Margarida
Schivazappa.
Mas afinal quem foi essa dama? Margarida Schivazappa foi
professora de Canto Orfeônico, exercendo suas atividades na rede municipal de
ensino de Belém. Trabalhou também nos colégios Gentil Bittencourt, Suiço
Brasileiro, Moderno, Colégio Salesiano do Carmo, da Escola Industrial de Belém.
Foi fundadora do Teatro do Estudante do Pará. Folclorista. Educadora Especial,
nesse campo sua maior contribuição foi ter sido uma das fundadoras da Fundação Pestalozzi
do Pará.
Como professora de Canto Orfeônico, hoje Canto Coral, sempre
considerou o canto como um dos mais importantes instrumentos de aproximação das
pessoas. Em um trabalho apresentado no Conservatório Nacional de Canto
Orfeônico, no Rio de Janeiro disse: “Unir a força exuberante da pororoca do extremo
norte à persistência tenaz do minuano no extremo sul...”.
Nas artes cênicas, com seu Teatro do Estudante do Pará,
elevou o nome de nosso Estado ganhando vários prêmios em Encontros Nacionais de
Teatros amadores.
Infelizmente os arquivos e bibliotecas públicas não possuem
informações a respeito do legado de nossa notável Mestra, professora Margarida
Schivazappa.
E o mais triste é saber que tanto a Secretaria de Cultura do
Estado quanto a Fundação Cultural do Pará pouco interesse demonstrou em
incentivar a divulgação desse trabalho que mostra um pouco quem foi Margarida
Schivazappa. Para muitos uma desconhecida. Para alguns uma estrangeira (por
causa do nome) que buscou refugio em Belém fugindo da guerra na Europa. Porém,
Margarida Schivazappa, nascida em 10 de novembro de 1895, na Rua Nova de
Santana, hoje conhecida como Rua Senador Manoel Barata, no bairro Campina, em
Belém – Pará.
Margarida Schivazappa é, portanto, uma de nossas mais
autênticas Papa chibé. Um Viva para ela! Palmas para ela, também! E uma sonora
vaia para os homens (e mulheres) responsáveis pela cultura em nosso Estado do
Pará.
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