De um lado pelo SIM, a deputada estadual Heloísa
Guimarães (DEM): “Na ALEPA temos 55 pedidos de emancipação de municípios no
Pará, 12 encontram condições populacionais e econômicas de virarem municípios
entre eles Icoaraci”.
Sou a favor da medida do presidente Bolsonaro porque
existem muitos municípios que estão com dificuldades de se manter, de manter a
folha. Então, é uma frustração generalizada. Se você não tem orçamento nenhum
para fazer investimento, como é que o município vai melhorar sua qualidade de
vida? Ao mesmo tempo que, por outro lado, temos vilas no Estado do Pará, com 20
mil habitantes. Temos bairros e eu cito Morada Nova e São Félix, em Marabá, que
tem quase 60 mil habitantes.
Vejo que podem ser emancipados, podem melhorar a sua
qualidade de vida. O bem-estar é tudo o que o cidadão quer, então, tudo o que
puder marchar nessa direção nós somos favoráveis. Eu falei de Marabá mas tem
Castelo dos Sonhos, que fica quase 800 quilômetros (sic) de Altamira. Leva-se
mais de 24 horas e carro para chegar na sede. Não faz sentido. Tem arrecadação
própria para isso, é uma vila um distrito, que é muito rico, que tem muita
pecuária. Tem total capacidade de emancipação.
Não podemos deixar o cidadão esquecido, distante de seus
direitos fundamentais.
De outro lado, pelo NÃO, o deputado Estadual Miro Sanova
(PDT): “Aqui no Pará, especificamente, nós temos que criar municípios, não
extinguir. Vários municípios aqui estão prestes e ser criados. Tem 20 anos que
não se cria municípios no Brasil”.
Eu sou totalmente
contra porque se você pegar pequenos municípios e comparar com os índices onde
tem distrito com a mesma população, você vai ver a diferença.
Por exemplo, aqui em Bannach, que é um município pequeno
tem estrutura. Tem asfalto, escola, posto de saúde; uma certa infraestrutura.
SE você for em outro distrito do tamanho de Bannach, não
vai ter essa mesma estrutura.
Tem vários municípios no Brasil, que estão nessa
situação.
Então, na realidade, está na hora de criar e não de
extinguir municípios. Há que se pensar nos gastos públicos? Sim, certamente.
Mas, é de suma importância, também, pensar na população que anseia na criação
oficial do município onde mora, criando com isso, melhoria econômica e mais
qualidade de vida aos cidadãos.
Fonte: Jornal O Liberal. Caderno Panorama. Coluna Política.
Página 10. Edição de 15.12.2019. Belém – Pará.
OPINIÃO
Na minha opinião existe um grande equívoco com relação a
essa proposta de extinção de municípios com até 5.000 habitantes.
A PEC 188/2019, estabelece que, em 2023, se esses
municípios não atingirem o índice de 10% das receitas totais resultantes da
arrecadação de recitas próprias estarão passiveis de extinção.
Um dado interessante chama à atenção. Segundo estudo
realizado pela Confederação Nacional dos Municípios, 82% dos municípios
brasileiros, ou seja 4.585, ficaram abaixo desse teto, vide link: file:///C:/Users/Antonio%20Pantoja/Documents/PACTO%20FEDERATIVO/CNM%20-%20Nota%20sobre%20a%20proposta%20do%20governo%20federal%20de%20extinção%20de%20Municípios%20_%20Facebook.pdf
Outro dado interessante: A maioria dos municípios brasileiros
que apresentam algum tipo de dificuldade financeira não vivem essa situação apenas
por falta de recursos. O maior problema é de gestão. Carecem de uma administração
mais voltada a satisfação dos interesses dos cidadãos, o que não acontece na
maioria dos casos. Existe, em muitos casos, uma simbiose entre o público e o
privado. Uma gama considerável de gestores se confundem no uso desses recursos.
A imprensa todos os dias relata casos que deixam em evidência a má gestão dos
recursos públicos, em todos os níveis do federalismo (união, estados e
municípios). E, com isso, quem mais sofre é a população.
A população precisa vigiar mais de perto seus
representantes.
A Constituição Federal de 1988 aprimorou o federalismo.
Determinou que os municípios assumissem o ônus da execução de políticas públicas
em todas as áreas. Entretanto, não repassou aos municípios o bônus para essa execução.
O resultado é que as prefeituras têm que fazer exercícios mirabolantes para
atender o desígnio constitucional. Devido
a essa escassez de recursos a maioria dos municípios brasileiros vivem hoje em
estado de indigência.
Ainda em campanha, o atual presidente da República usou o
slogan: Mais Brasil e menos Brasília. Esperamos que um dia isso se torne
realidade.
Eu gostaria de receber opiniões de todos aqueles que me seguem e se interessam pelo tema Criação/Extinção de Municípios no Brasil.
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