Para nossa Matriarca, com muito amor e carinho!
Para nossa Matriarca, um buquê de Rosas Brancas!
Dona Nadir, 102 anos: Um exemplo de vida
Hoje, dia
23 de fevereiro de 2024. Nossa Matriarca, dona Nadir da Silva Pantoja, completa
102 anos. Filha de Francisco Inácio da Silva e Carolina Maia da Silva. Casou no
dia 13 de maio de 1944, com nosso pai, João Gualberto Pantoja da Silva, no dia
13 de maio de 1944.
Este momento impar em
nossas vidas me fez lembrar de um relato que ouvi tempos atrás:
Um dia um senhor
levou seu pai, já bem senil, para almoçar em um restaurante chique da cidade.
Caminhando com muita dificuldade chegaram ao restaurante e ocuparam uma mesa no
meio do salão. Os presentes se surpreenderam com a chegada deles. destoava da
clientela.
Ali o jovem pediu a comida preferida por seu
pai. Não era um prato chique. Mas, era o que seu pai gostava.
O senhor cheio de
paciência via seu velho pai fazer a maior lambança na mesa. Espalhou comida na
mesa, no chão, sujou-se todo. O senhor sorria feliz em notar a felicidade de
seu pai.
Aquela situação,
porém, incomodou demais os presentes. Alguns chegaram a questionar o senhor por
que ele fazia aquilo com seu velho pai? Alguns clientes chegaram até a deixar o
restaurante.
Terminado o almoço o
senhor levou seu velho pai até o toalete. Fez toda a higiene de seu velho pai.
Os clientes permaneciam indignados com a cena. Choveram críticas em cima do
filho por estar submetendo seu pai a um vexame sem limites.
O senhor virou-se
para os clientes e com toda calma do mundo falou:
- Meu pai, quando eu era criança, teve toda a
paciência do mundo comigo, com meus irmãos. Hoje, isso é o mínimo que eu posso
fazer por ele. E observem a felicidade estampada em seu rosto. Existe algo mais
importante do que fazer meu velho pai se sentir feliz?
Muitos dos clientes
que se mostravam indignados com a cena vieram às lágrimas. Realmente, a cena
era comovente.
Hoje eu moro com
minha mãe. Ela está completando hoje 102 anos neste dia 23 de fevereiro.
Procuro fazer todas
as suas vontades que estão ao meu alcance. Vocês não imaginam o tamanho da
minha felicidade dela quando estamos fazendo as refeições juntos. Saborear seu
prato predileto, de açaí com alguma coisa como peixe-frito, carne, frango, charque,
camarão.
E ao terminar ela
diz: Que comida boa!
E quando ela toma uma
tigela de mingau de arroz com açaí, que pela criação de meu saudoso pai
chamamos de Tampa Cara (isso é outra história boa). Quando ela termina de tomar
seu mingau exclama: A melhor janta do mundo!
A comparação com seus netos é inevitável. Nas imagens que ilustram esse relato vemos os seus bisnetos Heitor, meu neto, filho do meu filho Gabriel e Leonardo Neto, filho da minha sobrinha Thays.
Que felicidade! |
Depois de uma bela tijela com açai |
Nossa Matriarca é a
remanescente de sua geração. Meu pai, João Pantoja e os irmãos e cunhados de
nossa Matriarca, todos, já passaram para o outro lado da linha:
Davina/Bandeira, Santinha/Domingos Ferreira, Valdomiro/Donatila, Zé
Maia/Benedita e Pedro Maia/Alzira.
Este dia 23 de
fevereiro, por tudo isso, é motivo de muito júbilo para nós: filhos, netos,
bisnetos e uma tataraneta.
Da mesma emoção
também comungam seus sobrinhos, nossos primos que reverenciam nossa Matriarca
como a marca indelével de sua geração.
Ainda vamos tomar
muito açaí com peixe frito no almoço e um delicioso Tampa Cara no jantar.
Deus lhe abençoe,
minha Mãe, assim como todos nós, seus filhos, Francisca, Vital, Isolda, Antônio
(Pantoja), Olegário, Lia, Leonardo e Dida, nos sentimos abençoados.
. Vida longa para nossa Matriarca!