quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O PREÇO DE UMA VIDA: Uma questão de insegurança

Até quando teremos que chorar nossos entes queridos tirados de nosso convívio de uma forma brusca, inesperada e violenta? A quem devemos responsabilizar por esses acontecimentos? A vida humana no município de Viseu está sempre por um fio. A insegurança toma conta de nosso dia a dia. Dormimos mas não podemos ter a menor certeza de amanheceremos com vida. Se saímos para viajar não sabemos se vamos voltar.

A ausência do sistema de segurança aqui por nossas paragens faz com que a bandidagem se sinta absoluta e certa da impunidade. Os braços da lei, por vezes ditos longos braços não atingem a bandidagem que vive num vai e vem constante representando uma constante ameaça para nossos cidadãos.

Nosso município, ao que parece vive sob o signo da bandidagem. A criminalidade fortemente presente em nosso meio parece que vive protegida pelo manto dos poderosos. Assaltos, roubos, homicídios, latrocínios, pequenos delitos se tornaram corriqueiros em nossa região. E tudo sob o manto da impunidade. E a polícia, tanto a civil quanto a militar, vive numa situação de penúria, abandonada pelos nossos governantes. A impressão que deixa no ar é que será necessário que muitas famílias chorem seus mortos para que os homens do poder patrocinem alguma mudança nesse quadro.

Vivemos abalados pela morte trágica e violenta de respeitáveis cidadãos. Até hoje nossa comunidade lamenta a perda do amigo Zé Aldo, ausência que deixou um enorme vazio em nosso meio, sem que se tenha conhecimento de quem foram os mandantes e sem que seus autores tenham sido identificados e presos.

Quando aqui entre nós acontece um crime revestido de forte grau de violência, a polícia quando chega ao local os criminosos já estão longe da cena do crime. A polícia desaparelhada, sem efetivo, sem viaturas, enfim, sem a menor estrutura. As estradas intrafegáveis favorecem a fuga dos criminosos. A extensão geográfica de nossa região também dificulta a caça aos criminosos. O governo do Estado, constitucionalmente responsável pela segurança de seus cidadãos ao que parece fica de braços cruzados diante de tamanha violência.

Aqui em Fernandes Belo, desde junho/2006 vimos pleiteando junto nossas autoridades a criação de um Departamento de Polícia Militar em nossa localidade, sem que até o momento tenhamos recebido qualquer atenção de nossas autoridades, apesar da boa vontade do comando da PM em Bragança.

Ontem foi Zé Aldo e Mariano, mais recentemente o professor Vavá, da Vila de Seringa, que de forma violenta e trágica deixaram nosso convívio, vitimas da violência, de incompetência e do descaso de nossas autoridades, que não ouvem nossos apelos.

Mais recentemente, 28/10, ladrões fortemente armados assaltaram as agências do Banco do Estado do Pará e do Banco do Brasil, em Viseu. Em ação ousada, deixaram nossa polícia desnorteada com uma ação aparentemente bem planejada.

E como consequência dessa operação o Banco do Brasil até esta data não voltou a funcionar regularmente, e comenta-se “a boca pequena”, que talvez nem volte mais a funcionar na cidade.

E o mais impressionante, segundo comentários, é que na grande maioria dos assaltos, com ou sem mortes, estão sempre presentes os mesmos personagens, parece até operação com hora marcada.

Até quando vamos ter que conviver com essa situação de abandono?


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