segunda-feira, 19 de outubro de 2020

O DILEMA DA POLITICA EM VISEU: "Ser ou não ser, eis a questão"

Ser ou não ser, eis a questão!

O significado da frase

Hamlet está entrando em cena quando começa um monólogo. A frase de abertura do monólogo é "ser ou não ser, eis a questão". Por mais que a questão pareça complexa, na verdade é muito simples. Ser ou não ser é exatamente isso: existir ou não existir e, em última instância, viver ou morrer.

O personagem do drama de Shakespeare continua: "Será mais nobre em nosso espírito sofrer pedras e flechas com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja, ou insurgir-nos contra um mar de provocações e em luta pôr-lhes fim? Morrer.. dormir". A vida é cheia de tormentos e sofrimentos, e a dúvida de Hamlet é se será melhor aceitar a existência com a sua dor inerente ou acabar com a vida.

Hamlet continua o seu questionamento. Se a vida é um constante sofrimento, a morte parece ser a solução, porém a incerteza da morte supera os sofrimentos da vida. A consciência da existência é o que acovarda o pensamento suicida pois diante dela se detém o medo do que possa existir após a morte. O dilema de Hamlet é agravado pela possibilidade de sofrer eternas punições por ser um suicida.

"Ser ou não ser" acabou por extrapolar o seu contexto e se tornou um questionamento existencial amplo. Para além da vida ou da morte, a frase se tornou uma pergunta sobre a própria existência. "Ser ou não ser" é sobre agir, tomar a ação e se posicionar ou não diante dos acontecimentos.

 

A ONDA POLÍTICA EM VISEU

O que dizem as imagens das reuniões políticas.

Vendo as imagens das reuniões do grupo do prefeito, os apoiadores do grupo de oposição comentam: Olhem! Só funcionários públicos, querendo garantir o seu emprego!

Já sobre as imagens do grupo de oposição dizem: Aqui não tem funcionário público!

Se fosse realmente só funcionários, onde estaria o erro?

Manter um governo que cuida bem de seu município, que paga os salários em dia, só isso já seria razão suficiente para se manter o status atual. O querer voltar para o tempo que nem os salários eram pagos aos servidores púbicos é no mínimo uma insanidade.

Mas, afinal, qual é o problema: Um servidor público não pode manifestar sua preferência?

É errado lutar para ser funcionário público?  Também não!

Agora, no estado ideal, para ser funcionário público tem que se submeter a um concurso público. O servidor temporário é uma exceção.

O emaranhado do cenário político nos brinda com verdadeiras pérolas. A mais interessante foi sobre regime político. Perguntaram ao ativista:

Pergunta 1: O que é uma ditadura?

Resposta 1: Quando você manda em mim!

Pergunta 2: E o que é democracia?

Resposta 2: Quando eu mando em você!

Afinal o dilema Hamletiano persiste: Ser ou não ser, eis a questão:

Em suma: Ser ou não ser funcionário, eis a questão.

Dentro desse universo podemos concluir que:

- Os que estão satisfeitos, são funcionários....

- Os que estão insatisfeitos, são os que querem ser funcionários....

Todos têm direito a um lugar ao sol. Mas, o guarda sol não comporta todo mundo. Devemos buscar esse lugar pela meritocracia.

Essa luta por um lugar vem desde os tempos de Cristo. Os apóstolos brigavam por sentar ao lado do Criador. Daí ter surgido a expressões: Direita e esquerda. Com o passar do tempo foram dadas outras conotações para isso.

Eu, porém, costumo usar as expressões DENTRO e FORA.

Quem está dentro não sair quer sair; e quem está fora, quer entrar. Esse ´verdadeiro dilema Hamletiano: Estar dentro ou não estar, eis a verdadeira questão.

Em busca desse fim, a máxima do Príncipe Maquiavel nunca foi tão usada como nesses tempos de campanha: Os fins justificam os meios.

Analisem: Comparem, Viseu de vinte anos atrás com Viseu de hoje. Será se dá para perceber alguma diferença?

Não importa as alianças, o que importa é ganhar. Aliar-se a figuras de um triste passado, é um ato cirúrgico pensado em busca de um objetivo.

Para finalizar, Hamlet volta à cena. Diz Hamlet para Horácio: Há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia!


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