domingo, 16 de outubro de 2011

O BEIJO DA MORTE: O que é a política, ciência ou arte?


Duverger e a política partidária
Duverger, renomado cientista político escreveu brilhante estudo que publicou como Introdução a Política, confrontando as teorias de esquerda e direita. O que é a política, ciência ou arte?  Apelou para comparar, passados 160 anos, os conceitos de renomados dicionaristas, Littré, do século dos Enciclopedistas, e Robert, em 1962. O primeiro escreveu o verbete polícia como “A ciência de Governar o Estado” e o segundo como “Arte e prática de governar das sociedade humanas”. Mais comum é dizerem os políticos que “a política é a arte da guerra”. Bismarck foi mais prudente: “A política é a arte da guerra e do possível”.
Por trás de todos os sistemas de valores, os homens oscilam entre duas atitudes diametralmente opostas. Para uns a política é essencialmente uma luta, um combate para assegurar o domínio sobre a sociedade e dela tirar proveito. Para outros a política a política é um esforço para fazer a ordem e a justiça.
Para Duverger, os partidos conservadores como os de massa devem ter a identidade política de luta ou de integração caracterizado nos seus programas. Deve preocupar-nos ver políticos mudarem de agremiações sem ao menos saberem o que diz seus programas. Afinal o que esse político vai fazer em um campo onde ele não conhece as mínimas regras. Que tipo de contribuição ele vai poder emprestar ao sistema.
Existem aglomerados políticos formados por uma categoria de genes. Os genes dos inconformados. Diz a sabedoria popular “os incomodados são os que mudam de onde estão”. Disse Benjamin Constant há mais de dois séculos, em janeiro de 1800, que os partidos na França eram “uma reunião de pessoas lutando pelos mesmos interesses.
Para um governo que não consegue maioria segura para segurar sua administração, tem que se contentar com o caso do kiss of death. O governo que não possui essa sustentação depende de soluções exdrúxulas, a exemplo de um recente governo, que para se manter no poder apóia-se na repartição do poder por “aliados”.


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