Costa Atlântica Pará Maranhão e a localização dos poços de petróleo no pré-sal (foto - http://petroleo21.blogspot.com.br/) |
Para nós do Distrito de Fernandes Belo que
sonhamos com o desenvolvimento do município e por consequência com o
desenvolvimento do Município de Viseu, a matéria publicada na edição deste
domingo, 06 de outubro de 2013, pelo jornal O LIBERAL, é alentadora e
preocupante ao mesmo tempo. Vamos à matéria:
“Antes do pré-sal se tornar uma realidade,
o Norte e o Nordeste responderão pela produção de gás e petróleo brasileiros. A
região que vai do Ceará até o Marajó, no Pará, incluindo o Rio Amazonas é
chamada pelo pesquisadores de “Província Equatorial”. As bacias mais
promissoras são as do Pará/Maranhão (petróleo) e Amazonas (gás) e a bacia do
Parnaíba (gás). O que falta são mais estudos e desenvolvimento. “Nós já sabemos
que existe ocorrência. Algumas inclusive com volume de petróleo e gás. Agora é
necessário desenvolver esses potenciais”, diz o geólogo, doutor em energia e
professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Estanislau Luczynski, que
desde a década de noventa pesquisa a indústria na região amazônica.
Ele lembra que o ultimo leilão de áreas (Campo
Libra) encerrou as inscrições em 19 de setembro passado. Para o professor o
Norte e o Nordeste (Costa Pará/Maranhão) são a bolada vez. Para o pesquisador,
uma coisa é o potencial e a outra é o que precisa saber o que tem de ser feito.
“O Pará precisa se preparar para os impactos socioeconômicos que virão tais
como, qualificar mão de obra, ter um plano de atração de investimentos e
melhorar sua infraestrutura. O Dilema: O que vamos fazer com esse excedente de
energia que vai ser gerado? Vamos absorver ou vamos ser somente o caminho de
passagem desse importante fator de produção gerado. Se não nos prepararmos
vamos ficar a ver navios por aqui adverte o professor Estanislau Luczynski.
O governo do Estado por meio da Secretaria de Estado Indústria, Comércio e
Mineração (Seicom), a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) e a
Universidade Federal do Pará (UFPA), iniciaram rodadas de discussões quinzenais
sobre a cadeia petrolífera na região. A UFPA entra com o conteúdo e idéias. O
Sebrae e o Sistema S (Sesc, Sesi, Senai e Senac) oferecem programas de
qualificação profissional para empresários e trabalhadores.
O pesquisador explica ainda que pela Lei do Petróleo, as empresas têm de três a cinco anos para desenvolver a área adquirida, sob pena de devolvê-la à União. Nesse período é necessário projetar novo cenário econômico com mais portos, áreas para estocagem de material, mão de obra, soldadores e eletricistas, áreas para trânsito de aeronaves, principalmente helicópteros; lanchas para alto mar, ou seja, toda uma cadeia logística capaz de receber a infraestrutura produtiva do petróleo, incluindo estrutura necessária para transportar as pessoas e os equipamentos para as plataformas”.
A razão de nossa emoção é que com a implantação efetiva da exploração do petróleo na camada do pré-sal situada na costa atlântica da Pará/Maranhão, nosso município de Viseu que tem o contato direito com o Oceano Atlântico. O Distrito de Fernandes Belo, na Costa Atlântica Paraense, é um dos pontos do Município de Viseu que tem sua localização mais próxima dos campos já em fase de exploração, os blocos M-265 e M-337 que serão operados pela Queiroz Galvão e Pacific Brasil e eu devem atrair grande demanda de fornecedores de bens e de prestadores de serviços. As operadoras tem até 8 (oito) anos para explorar as áreas licitadas e até 35 anos para produzir o petróleo.
Nosso município, entretanto não vem tendo a preocupação que deveria ter, preparando-se para receber investidores que devem se instalar na região de abrangência das explorações petrolíferas. Não se prepara nem no que se refere a infra estrutura, muito menos em capacitar mão de obra que venha a operar nas empresas que se instalarão na área.
FERNANDES BELO E A JUVENTUDE DE VISEU
Das localidades do município de Viseu,
Fernandes Belo, sede do distrito homônimo, é a região de melhor potencial
devido a sua localização privilegiada na costa paraense. Por isso, nossa luta
pelo aparelhamento de nossa região. O desenvolvimento dessa Região, também
conhecida como II Distrito de Viseu deve ser a bandeira principal de nossa
luta, afinal, nós não devemos apenas contemplar a onda de desenvolvimento que
deve cobrir essa região em um futuro bem próximo. Devemos fazer parte dela.
A formação de mão de obra qualificada de nosso povo também deve ser encarada com muita seriedade e a participação da gestão municipal nesse processo não pode ser demonstrada apenas pelo parco interesse eleitoral. Afinal, a participação de nossa comunidade no processo político deve ser intenso e revestido da maior seriedade. Devemos apoiar políticos que realmente demonstrem interesse em empunhar nossa bandeira de luta. Político que aparece apenas em época de eleição deve ser rechaçado pelo nosso povo. Até aqui pouco percebemos de ação de nossa administração municipal em busca de nosso futuro. Menos ainda percebemos de nossa Câmara Municipal. Afinal o que nossa classe política pensa a respeito dessa questão. E por que esse imobilismo?
E lembrando as palavras do jovem Alan da Pastoral da Juventude, de Viseu-Sede, temos de encarar essa questão com a maior seriedade possível, pois nossa juventude precisa encontrar seu caminho, pois nossos jovens precisam de alternativas e as perspectivas que se descortinam são amplamente favoráveis ao nosso povo. E mais, concordando com a tese do professor Estanislau Luczynski, “nossa juventude não pode ser apenas espectadora do progresso dos outros. Nossa juventude precisa fazer parte desse processo”. Apesar de todo esse horizonte, nossa juventude viseuense está sem rumo, sem perspectiva.
Mas para que isso aconteça precisamos estar focados exclusivamente em ações que resultem no progresso de nossa região. É isso que vai realmente afastar nossos jovens das drogas, mostrar outros horizontes para nossa juventude, enfim, mostrar novos horizontes para toda a nossa comunidade. É acreditando nisso que precisamos melhorar o nível e a qualidade de vida de nosso povo, disso temos a mais absoluta certeza.
Nada disso, porém, vai acontecer, se nós, governo e sociedade viseuense não dermos as mãos e começarmos desde já a mostrar que queremos um mundo novo para nós, para nossa juventude e para nossos filhos e netos.
Por fim, permitam-me parafrasear o
Papa Francisco: Vamos botar Fé em nosso futuro!
O que estamos esperando?
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