Levantamento
inédito da Federação das Indústrias do Rio – Firjan mostra que 17,7% das
prefeituras paraenses gastaram mais com atividades burocráticas da
administração e com o legislativo local do que com assistência social. Esses
números chamam muito a atenção, principalmente no caso do Pará, onde o
percentual dos municípios nessa situação é superior ao do Brasil. A única
conclusão é que os recursos que poderiam estar sendo destinados a outras áreas,
como saúde, educação transporte, ou seja, para serviços básicos, está sendo
consumido de forma alarmante pelo funcionamento das prefeituras.
Cruzando os
dados, verificou-se que 18 prefeituras do Pará gastaram mais ou quase o mesmo
tanto com atividades burocráticas da administração e com a Câmara de Vereadores
do que com saúde e assistência social e educação.
Ainda segundo a pesquisa, metade dos
municípios que priorizaram os gastos burocráticos possuía menos de 5.000
habitantes e apenas dez superaram a barreira dos 100.000 mil habitantes, sendo
a predominância municípios com menos de 20.000 habitantes. É um indicativo de
que o peso da administração municipal é maior nas pequenas cidades.
CRIAÇÃO DE NOVOS MUNICÍPIOS
Justamente
para impedir que esses municípios menores e que tanto gastam parta manter a
máquina pública se proliferem é que o Senado aprovou, na semana passada um
Projeto de Lei Complementar, que permite que os Estados autorizem a criação de
novas cidades, mas impedem que elas tenham menos de 5.000 habitantes.
Independentemente
do tamanho do município, há uma estrutura mínima necessária ao funcionamento da
prefeitura. Em cidades pequenas, os ganhos de escala da administração são
limitados, impedindo a queda dos custos com a manutenção da máquina pública e,
portanto, limitando os recursos para as outras áreas.
Para se ter
uma idéia, segundo a Firjan, conforme dados apurados no ano de 2011, cada
cidadão brasileiro desembolsa, em média, R$ 280,00/ano para custear a
administração e o legislativo municipal. Em uma cidade com menos de 5.000
habitantes, esse valor mais do que dobra, passando para R$ 621,00/ano. Esses
dados mostram que, apesar de ainda significativas,as despesas destinadas ao
custeio foram as que manos avançaram entre 2006 e 2011, passando de 16% para
14%. O desejável é que esses gastos comprometam o mínimo possível do orçamento,
de forma a não consumir recursos que poderiam ser destinados a prestação de
serviços à população.
Vejam no
demonstrativo um quadro demonstrativo da destinação do orçamento por município.
O DESEMPENHO DO MUNICÍPIO DE VISEU
Chama nossa
atenção o investimento municipal nos programas Custeio da máquina pública, com
elevado grau de alocação de recursos, enquanto que nos programas referente a
cultura, esporte e lazer e habitação e saneamento, onde os municípios
maciçamente alocam valor inexpressivo, o que vem demonstrar de forma cristalina
a preocupação em financiar a burocracia municipal, enquanto deixa clara a
certeza que nenhum município paraense se preocupa com cultura, esporte e lazer.
Abaixo o comportamento da prefeitura de Viseu com esses índices de
comprometimento com essas rubricas gastando elevadas quantias para manter a
máquina administrativa em detrimento da implantação de políticas que venham a
contemplar cultura, esporte, lazer, habitação e saneamento. Conheçam alguns
índices da administração do município de Viseu:
Custeio da máquina pública
|
Saúde e Assistência Social
|
Previdência Social
|
Educação
|
Cultura, Esporte e Lazer
|
Habitação e Saneamento
|
Transporte e Urbanismo
|
Encargos Especiais
|
Outras Funções
|
10,1%
|
19,1%
|
0,0%
|
64,2%
|
0,7%
|
0,1%
|
3,9%
|
1,5%
|
0,6%
|
Nosso povo merece
administração mais responsável e comprometida com o social com o
desenvolvimento social.
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