Japim:
Japim: Uma bela ave que vive sob a proteção dos marimbondos Será mera coincidência? |
Os
indígenas contam que há muito, muito tempo o Japim era uma ave que vivia no
céu, junto de Tupã. A ave tinha um canto maravilhoso, e toda vez que Tupã
queria dormir, o chamava para que cantasse para ele até adormecer.
Certo
dia uma peste tomou conta dos indígenas, levando muitos deles à morte. Eles
ficaram muito tristes, não tendo mais vontade de plantar, caçar, se alimentar
sequer. Os indígenas passaram a implorar a Tupã que os levasse para o céu,
junto de seus familiares. Pois no céu não haveria doenças nem tristeza. Tupã
não podia atender esse pedido, mas penalizado, mandou o Japim a terra, para que
ele os consolasse.
O
canto mágico da ave afastou a peste, trouxe a cura e a alegria de volta as
aldeias indígenas. Com a situação normalizada nas tribos, Tupã chama o Japim de
volta ao céu. Mas os índios pedem que ele fique, para que seu canto os deixe
alegres todos os dias. Tupã aceita o pedido, e deixa que a ave more na terra.
Muito
contente e disposto, o Japim canta todo dia para os índios. Ele passou a ser
adorado e venerado pelos indígenas. Tamanha admiração fez a ave ficar
orgulhosa, passou a sentir-se o rei da floresta. Deixou de cantar para os
índios para passear pela floresta, imitando o canto de outros pássaros.
Por
seu canto ser mágico, cantava sempre melhor que as outras aves, o que as
deixava com inveja. O Japim gabava-se de ser protegido de Tupã, se sentia
superior aos outros pássaros. Esse comportamento fez com que todas as aves
fossem se queixar a Tupã.
Um dia, cansado de tantas reclamações, Tupã castigou o Japim: tirou a sua proteção e o seu canto mágico. Ele não tinha mais canto próprio, só podia imitar o canto dos outros pássaros. Ao saberem que ele não era mais protegido, as outras aves passaram a persegui-lo, destruir seus ninhos e ovos.
O Japim desesperado fez amizade com as vespas, que prometeram protegê-lo. Assim ele passou a fazer seu ninho próximo a colmeias de vespas, pois podia criar assim seus filhotes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário