domingo, 7 de novembro de 2010

HALLOWEEN: Não somos xenófobos mas respeitamos o que é nosso


O nosso Curupira

Acho interessante a campanha que faz o jornalista Anselmo Gois em favor do respeito a nossa língua e nossa cultura. Não somos xenófobos, mas paciência, querer impor esse tal de “halloween” menosprezando a nossa cultura não dá para aceitar. Lembramo-nos de nossa infância lá na Vila de Santo Antonio, município de São Sebastião da Boa Vista, na Ilha do Marajó. Quanto respeito havia com as nossas Matintas Pereiras, com nosso Curupira...
Na edição de hoje, 07/11, do jornal O Liberal, lemos na Coluna do Anselmo Gois, com o Título de Halloween: “É sempre assim. Toda vez que a coluna manda o halloween para o cacete, alguns leitores reclamam de uma certa xenofobia da turma daqui. Alegam, com razão, que várias palavras estrangeiras enriqueceram a nossa língua – inclusive como o inglês futebol. Alguns lembram até com certa razão, que a festa de Iemanjá (eu apoio) veio de um estrangeirismo de origem africana para engrandecer o nosso ... Réveillon – outro estrangeirismo, este francês.
Ou ainda, sem os estrangeirismos, não faríamos um check-up, não denunciaríamos o dumping, não comeríamos pizza nem hambúrguer, os arquitetos, coitados, não poderiam produzir layouts, não haveria freelancer, não mandaríamos e-mails, teríamos de penar sem o pen drive, nem existiriam o surfe, os playboys ou os shoppings.
A coluna, com humildade, pede desculpas a esses leitores (I’m sorry). Mas defende a opinião de que o estrangeirismo – como a vodcka, o uisque, a marguerita e até o brownie, todos os herdados lá de fora – tem de ser consumido com moderação.
Uma pesquisa já mostrou que os shoppings brasileiros são os que mais usam palavras estrangeiras em suas lojas em relação a França, Portugal, Inglaterra e até EUA. É cada vez mais difícil encontrar nomes de prédios em português. No Barra, por exemplo, que é um , digamos, “case”, é um tal “king” pra lá, “queen” para cá.
O professor Sérgio Nogueira, craque do idioma de Machado de Assis, diz com propriedade: - A presença de palavras estrangeiras, venham de onde vierem, na língua portuguesa é natural e traz enriquecimento vocabular. O condenável é o modismo. Não temos palavras boas para substituir pizza, dumping, etc. mas ter passado a vida toda fazendo liquidação e, de repente, querer fazer “off” ou “sale” espera lá...
Por isso halloween é o cacete. 

Fonte: GOIS, Anselmo. Jornal O Liberal. Caderno Cidades. pag. 4. 07.11.2010. Belém – Pará.

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