quinta-feira, 26 de julho de 2012

O REI NU

Recentemente estivemos em Curionópolis para participar de um encontro promovido pelos amigos do sudeste do Estado, cujo tema "A criação de novos municípios", vem há bastante tempo alimentando nossos sonhos. Naqueles dias, devido a um problema de saúde com um familiar não foi possível ficar até o fim da reunião. O evento teria sua apoteose com um encontro entre lideranças políticas do Estado, dentre as quais o deputado federal Asdrubal Bentes, o prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho e o senador Jader Barbalho.
Como não sou partidário dessas lideranças políticas achei até que a mão de Deus se fez sentir. Primeiro que o problema de saúde com a pessoa da família não apresentou nenhuma gravidade. Por convicção não costumo bater palmas para quem não merece.
Ainda na cidade, soube que o candidato a prefeito de Curionópolis, cotadissimo nas pesquisas, reuniu seu "staf" para comunicar que não faria campanha, pois pela sua posição nas pesquisas não seria necessário esse empenho. A reeleição estava garantida. Achei um pouco temerosa essa presunção, pois bem sabemos como se opera a política no interior.
Lá em Curionópolis o governo também tem seu Primeiro  Ministro. Lá o parlamento também é quase que unanimidade. Nelson Rodrigues, o nosso grande draumaturgo já dizia: "Toda unanimidade é burra!".
O prefeito, senhor absoluto de todas as coisas, esqueceu-se apenas de um pequeno detalhe: Ninguém é uma ilha, ou ainda é a união dos pequenos que nos faz grande.
Lá sentimos que as coisas, apesar da posição confortável não havia a certeza confiável de que o futuro era azul.
Me fez lembrar meus tempos de estudante do ensino primário. Tinha uma fábula, que lembro ser de Esopo e La Fontaine, cujo título era "O Rei Nu". Assim se contava a fábula: "O reino estava em festa e o monarca precisava de uma roupa nova. Contratou o melhor alfaite que havia no reino para confeccionar-lhe o traje. Sendo sua majestade um homem muito vaidoso, disso se valeu o alfaite para quem o monarca não era simpático. Começou a tecer-lhe um traje que dizia ser invisível. Apesar da desconfiança do monarca, sua vaidade não lhe permitia reconhecer que não havia roupa nenhuma. Ele via linhas e tecidos bordados a ouro, o que conferia ao traje um toque magistral. E o mais impressionante, é que todos os seus acolhitos, apesar de nada verem, concordavam com o soberano. Ai deles que disessem o contrário. Seus epíritos bajuladores jamais permitiriam isso, também.
E chegou o grande dia do desfile. O Rei, orgulhoso e cheio de si desfilava nas ruas, triunfante, diante de seus súditos, que festejavam a roupa nova do Rei. O monarca, do alto de sua majestade, inflado pela vaiddade e pelo prgulho, sentia-se triunfante com a demonstração de subserviencia de seus súditos.De repente... uma criança grita do alto de sua inocencia: O rei está nu! O povo parou admirado.  Nisso parece  que o flautista de Hamelin parou de tocar sua flauta mágica. E o povo todo percebeu que uma criança, com toda sua inocencia, via tudo com os olhos da verdade. O Rei estava nu. Enfim, o rei caiu na realidade e percebeu que o excesso de vaidade revelava o quanto ele estava errado. a realidade portanto era outra. Percebeu que poderia, jamais, deixar, que bajuladores de plantão não lhe permitissem ver o óbvio. O mais interessante de tudo isso é que toda fábula tinha um viés moral. MORAL DA HISTÓRIA: Não permita que outros te mostrem só aquilo que eles querem que enxergues.
Recentemente me chegou a notícia que o candidato a reeleição em Curionópolis, o Chamonzinho,  chamou seus parceiros para o desenvolvimento de um projeto de grupo, deixando de lado os conselhos de seu primeiro ministro.

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