As campanhas políticas produzem a cada dois anos momentos
hilários. Escutar alguns discursos nos levam a pensar de onde certos candidatos
garimpam pérolas que se utilizam na tentativa de convencer seu eleitorado (?).
Conheci em São João de Pirabas, um político que gostava de
dourar seus discursos com a citação de nomes de relevância na história do mundo.
Disse ele certa vez ao encerar sua fala em um comício: “... como dizia Thomas
Edison: Eu só sei que nada sei!”. Ai!
Tem aquele outro que em seu discurso prometeu construir uma
ponte na cidade se ganhasse aquele mandato. Alertado por um assessor cuidadoso que
na cidade não tinha rio, ele não perdeu a novela. Concluiu dizendo: No meu segundo
mandato mando construir um rio!
O mais certo é que quem mais sofre com isso é o pobre
eleitor, que não conhece a força de seu voto. Quem se preocupa um pouco com a
retórica não deve deixar de se aconselhar em algumas obras do grande filósofo
grego Aristóteles. Um pouco diferente do linguista francês Émile Benveniste,
para quem o discurso seria um mensageiro ideológico dos propósitos e interesses
corporativos, para o grego o discurso podeeria ser classificado de acordo com
sua finalidade, fosse para atender princípios lógicos, contemplar a dialética,
promover a integração de antagonismos, promover a retórica, pelo modo de falar,
gestos e apresentação pessoal, ou então guardar o tom poético no apelo ao
emocional.
Nomes famosos inscreveram seus nomes nos panteões ao cunharem
verdadeiras pérolas retóricas:
“I have a dream” (Eu tenho um
sonho)– Martin Luther King.
“Não pergunte o que seu país pode fazer por você, mas sim o
que você pode fazer por seu país” – John Kenedy
“... a gente só se bate por uma causa na qual se tem a
confiança e pela qual se tem amor”. Adolph Hitler (Quem diria que depois se transformaria no Anjo Mau)
“a política é quase tão excitante como a guerra e não menos
perigosa”. Winston Churchill.
“Eu sou o caminho, a verdade, a vida. Ninguém vai ao Pai
senão por Mim”. Jesus Cristo.
"Não há produção de óleo de peroba no Brasil capaz de lustrar tanta cara de pau". Heloisa Helena, ex-senadora - AL.
"Não há produção de óleo de peroba no Brasil capaz de lustrar tanta cara de pau". Heloisa Helena, ex-senadora - AL.
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