domingo, 12 de agosto de 2012

ELEIÇÕES 2012 – As dificuldades de fazer política em Viseu


Que venha logo o financiamento público das campanhas políticas. Com o acirramento da fiscalização da justiça eleitoral os candidatos parecem receosos de colocar suas campanhas em campo. A grande maioria dos concorrentes a um cargo de vereador são pessoas de poucas posses. Movem-nos apenas o desejo de conseguir um bom emprego. Apenas os candidatos do sistema possuem recursos para poder arcar com os gastos de uma campanha eleitoral.

Em cidades pequenas geralmente o número de cadeiras é de nove (a menor bancada permitida pela lei eleitoral). Os gastos começam quando o cidadão pensa em se habilitar para concorrer a uma cadeira na camara dos vereadores. Para que seja aprovado pelo crivo partidário ele já tem de enfrentar alguns gastos. Geralmente a direção dos partidos fica na sede dos municípios. Para o cidadão se deslocar de sua comunidade até a sede, despesas. Depois vem despesas com reuniões partidárias, convenções, registro de candidatura, abertura de contas bancária, acompanhamento do calenário eleitoral, tgudo gera despesas. E como arcar com esse custo eleições Brassil?

Isso sem pensar que a condição para que se habilite a um cargo é que ele tenha algum serviço na comunidade; só o fato de ser “bonzinho”, não o credencia como um candidato em potencial. E frequente vemos pessoas que gostam de apoiar times de futebol, que promovem festas concorridas, que de vez em quando dão carona em seus veículos, acharem que só isso é suficiente para postularem um cargo na casa de leis do município. Voce escolheria uma pessoa com esse perfil para ser seu representante na Câmara?

Alguns vão um pouco mais além. Trabalham efetivamente em prol de sua comunidade. Terçam armas na busca de benefícios que efetivamente vêm de encontro as necessidades da comunidade. Estão sempre dispostos a lutar por melhorias para sua comunidade. E esse tipo, vale a pena?

A posição dos vereadores é emblemática. Geralmente quando eleitos, abandonam suas comunidades e só retornam quando se aproxima um novo pleito. E como em nosso pais temos eleições de dois em dois anos, são vistos com maior frequência de dois em dois anos. Esse tipo merece ser reeleito?

Mas voltando a questão dos recursos. Geralmente o sistema escolhe alguns privilegiados e para eles direciona toda sua atenção. Caso existisse o financiamento público das campanhas seria possível a efetivação do princípio do equilíbrio, ou seja, todos teriam as mesmas condições e abusos do poder econômico seriam evitados. O princípio da preferência, que se observa com maior frequência, faz com que as eleições sejam decididas pelo poder econômico.

Em cada pleito temos concorrentes que apresentam um bom perfil para o cargo, mas não dispõe de recursos para enfrentar uma campanha, por isso geralmente ficam de fora. Para que possamos fazer um campanha com um mínimo de custo, precisamos do seguinte:

1.      Ter pelo menos um veículo para poder andar pelo município;

2.      Como não pode andar sozinho (condição excepcional), precisa de pelo menos duas motos (para sua segurança);

3.      Precisa de combustível para os veículos;

4.      Precisa de pouco de material de campanha (cartazes, santinhos, panfletos com sua mensagem);

5.      Precisa de recursos para alimentação, medicamentos, e outras necessidades básicas; e
6. Até na hora de fazer a prestação de contas temos despesas.

Alguns se apresentam com uma conversa vazia, que não resiste ao menor questionamento. Em dificuldade eles se revelam, perguntam logo qual sua necessidade? Quanto vale seu voto?

Essa é a única proposta de muitos candidatos


Outros apresentam propostas e esclarecem de forma clara como será sua atuação caso seja eleito.


 Voce tem até o dia 7 de outubro para fazer a sua escolha.

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