domingo, 2 de dezembro de 2012

Governador Simão Jatene reúne prefeitos da Região Bragantina


Estávamos nós ontem pela manhã realizando algumas tarefas domésticas (limpando um apartamento para onde pretendemos mudar) quando o telefone celular tocou. O som do celular é uma das jóias da musicografia brasileira que reúne os hinos de clubes brasileiros: O hino do Clube do Remo, Filho da Glória e do Triunfo, composto pelo nosso grande poeta paraoara Antonio Tavernard. Era um toque de mensagem. O Doutor Botelho, procurador do município e Viseu querendo saber o nome da rodovia que nos conduz até Fernandes Belo. Incontinenti respondemos sem ao menos procurar saber qual seu repentino interesse. É impressionante como poucas pessoas sabem a identificação daquela rodovia. Alguns a conhecem apenas como Patal/Arai. Essa rodovia é a PA 242.

Logo em seguida outra mensagem. Era novamente o doutor Botelho. Queria saber agora quantas pontes existem naquela rodovia. Conheço bem aquela região, mas nunca nos demos ao cuidado de contar quantas pontes existem. Ainda tentamos fazer um passeio pelos escaninhos de nossa memória, mas não conseguimos encontrar nenhuma resposta satisfatória. Sempre achando que faltava alguma. Para isso tentamos nos socorrer com o dileto amigo professor Carlos Fernandes, lá de Fernandes Belo. Não conseguimos. Tentamos, também, com o amigo Manoel, que muitos conhecem como “Milho Vede”. Também não conseguimos. Retomamos o contato com o professor Motora que finalmente nos atendeu. São exatamente 10 (dez) pontes em madeira disse ele. Essa informação também foi passada para a assessoria do prefeito Cristiano Vale.

Logo em seguida o doutor Botelho informa que o prefeito precisava daquela informação, pois estava reunido com nosso Governador Simão Jatene em Bragança. Essas reuniões estão acontecendo em todas as microregiões do Estado, pois o governador precisa saber quais as demandas dos gestores que iniciam agora em 2013 um novo período de governo. Alguns reeleitos outros em primeiro governo.

Naquele sábado a reunião acontecia com prefeitos dos municípios da região Bragantina. Louvável essa política de nosso governador (Creio que nosso governador já está em campanha pela sua reeleição e estabelecer prioridades traz no seu contexto medidas necessárias para pavimentar a continuidade de seu governo).

Adiantou o doutor Botelho que o prefeito Cristiano Vale precisava daquelas informações, pois era preocupação melhorar as condições de acesso ao II Distrito de Viseu. Muito salutar sua preocupação, mas comentei com o doutor Botelho, que ao lado dessa preocupação havia outras para as quais o prefeito não dava a mínima atenção e isso deveria, também, ser motivo para preocupação, pois não podemos retornar ao tempos d Grécia antiga, onde sobrevivia a política do “Panis et circensis”, ou aportuguesando a coisa. Nosso povo não precisa somente de pão e de circo. Ou ainda como diz aquela canção do grupo musical Titãs: A gente não quer só comida....

Nossa região tem outros problemas. Em Açaiteua os professores do ensino modular foram despejados da casa onde residiam; na Vila do Curupaiti, dentre outros problemas, os veículos “locados” para dar suporte a saúde estão com vários meses do pagamento da locação em atraso; em Fernandes Belo, problemas que vão se tornando crônicos: atraso do pagamento do aluguel da casa dos professores, atraso no pagamento das mercearias que fornecem gêneros alimentícios para o pessoal da policia militar (uma já cortou o fornecimento e a outra está em vias de suspender o atendimento). Saúde e educação nem se comenta mais. Isso sem contar o restante do município, pois de todos os cantos nos chegam notícias (ruins) contando a mesma história.

Queixam-se do abandono do prefeito, que desde que findou o processo eleitoral nunca mais deu qualquer atenção ao município. Esquiva-se alegando que está resolvendo problemas da comuna. Mas perguntamos: o município também não é um de seus problemas?

O curioso é que antes das eleições nós mantínhamos um estreito contato com o prefeito e sua equipe. Depois disso, as várias tentativas resultaram infrutíferas. Os poucos sinais que nos chegam dão conta que o prefeito está quase sempre em Brasília. Perfeito! É lá que maioria das coisas acontecem. É de lá que vem a maioria dos recursos. Então, o Cristiano Faz muito bem estar períodicamente em Brasília, sempre não (Se pudésemos iríamos periodicamente a Capital Federal, pois o grupo que trabalha o processo de criação de novos municípios - do qual fazemos parte -está frequentmente em Brasília). Mas e o resto, pára?

E a assessoria da prefeitura não pode encaminhar solução para os problemas? O povo de Viseu, assim, se sente abandonado. Sem governo. Até o Primeiro Ministro (sic) está silencioso. Será que é reflexo do resultado das eleições?

O povo do município começa a esboçar sentimentos de insatisfação, portanto é necessário muito cuidado e habilidade para evitar que esse sentimento se amplie. O exemplo de Curupaiti está bem vivo.

Fizemos do doutor Botelho portador da seguinte mensagem ao prefeito Cristiano Vale: “Diga ao amigo prefeito que ao ignorar os que podem lhe ajudar prejudica os entendimentos futuros. Sucesso para vocês!”.


 
 


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