O
artigo ALTER DO CHÃO/ANTONIO LEMOS: VELOSO, Zeno: Publicado no Jornal O
LIBERAL, edição de 16.12.2017. Caderno Atualidades. Seção Cidades. Belém – Pará, revela
de forma muito sutil o sentimento de repulsa do eminente jurista com relação do
Projeto de Lei que altera o uso do solo no município, ora em tramitação na Câmara
Municipal de Santarém.
O
professor cita como exemplo o Portal da Amazônia e o campus da UFPA em Belém, como
exemplo de janelas para o Rio/Mar/Baia, ou que seja.
Quando
cheguei a Belém, lá pelos anos de 1962, aquele trecho da Avenida Bernardo
Sayão, conhecida como Estrada Nova, nome dado em homenagem ao engenheiro
construtor da Rodovia Belém Brasília, aquele trecho o trecho que ia da Rua
Conceição (hoje Fernando Guilhon) até a Radional, tinha uma rampa em toda a sua
extensão. No final de semana virava uma festa. Famílias inteiras faziam piqueniques
na orla. Os jovens que iam jogar futebol em um campo que havia na área do
Curtume que havia na esquina da Conceição/Estrada Nova (onde hoje é uma feira),
aproveitavam para banhar-se nas águas do Rio Guamá. O progresso (sic) acabou
com tudo isso.
Hoje
aquele trecho foi pechado por propriedades particulares: portos, estancias de madeiras,
comercio em geral.
O
projeto Portal de Amazônia, que hoje vai do Arsenal de Marinha até a Rua dos
Mundurucus, prevê sua continuação até o campus da UFPA. Isso apesar de ser um projeto
de governo, para mim apenas um sonho, de difícil realização.
Mas,
voltemos a Santarém. Esse projeto de lei que pretendem aprovar (se ainda não
aprovaram), permitirá a construção de prédios na Orla de Alter do Chão. Uma
violência sem limites para com aquela vila que possui um dos maiores atrativos
turísticos de nosso país: a Praia de Alter do Chão, conhecida mundialmente como
o Caribe Brasileiro.
Sou
presidente da Federação das Associações de Desenvolvimento Distrital e Emancipalistas
do Estado do Pará – FADDEPA, uma entidade criada para coordenar o processo de
criação de municípios no Estado do Pará. Lutamos pela elevação
politico-administrativa de distritos à condição de municípios. É uma luta um
tanto quanto inglória mercê da resistência que parte da cidade mãe que não quer
perder a galinha dos ovos de ouro.
Muitos
desses distritos respondem por uma grande parcela dos recursos que chegam ao
município mãe. E desses recursos uma parcela mínima retorna ao distrito gerado,
gerando uma indisponibilidade de políticas públicas para as comunidades
residentes nessas áreas. E no distrito de Alter do Chão não deve ser diferente
do panorama vigente no Brasil.
Então,
por que as lideranças políticas e comunitárias do distrito de Alter do Chão não
começam a rascunhar o processo de eleição à condição de município de distrito. Os
benefícios seriam imensuráveis. Abrir-se-ia a possibilidade de o próprio
distrito administrar as receitas que ali são geradas.
A
FADDEPA, órgão coordenador do processo de criação de municípios no Estado do
Pará, associado ao Movimento Emancipa Brasil, teria toda a disponibilidade em
contribuir para essa luta.
Alter
do Chão transformado em município, teria assim condições de almejar um novo
patamar socioeconômico, pois a partir do momento em que passasse a administrar
os recursos ali gerados poderia dar um salto para melhor qualidade de vida de
seus habitantes.
Perguntem
a Mojuí dos Campos se quer voltar a ser distrito?
Contatos
com a FADDEPA;
Antonio
Pantoja
Telefones
(91) 980125295 (Whatsapp) ou 999162493
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