Emancipalistas do Maranhão - Foto O Imparcial |
A Confederação das Federações Emancipacionistas e Anexionistas do Brasil
– CONFEAB, é uma entidade criada para coordenar/acompanhar o processo de
criação de municípios no Brasil.
Foi com muita alegria que recebemos a notícia que as Assembleias
Legislativas do Mato Grosso e do Maranhão realizam Audiência Pública para
discutir a criação de municípios nesses Estados.
É lamentável que o Brasil esteja há 23 anos sem criar um único
município. Embora consideremos o remédio amargo, a EC 15/96, de autoria do
deputado federal Cesar Bandeira/MA, foi fundamental para conter o que se chamou
de “farra na criação de municípios no Brasil”.
O PLP 137/2015, de autoria do ex-senador paraense Flexa Ribeiro, busca
definir critérios rígidos para a criação de municípios. Evita-se assim que mais
uma vez a “farra” se estabeleça. Para obter a sua transformação em município,
os distritos brasileiros terão que atender alguns requisitos estabelecidos no
referido PLP: 1. População mínima (Norte e Centro Oeste, 6.000 habitantes),
Nordeste (12.000) e Sul e Sudeste (20.000). 2. Estudo de viabilidade Municipal
– EVM. Distritos auto sustentáveis poderão almejar essa transformação.
Antes não havia critérios técnicos para a criação de municípios no
Brasil. Estudos realizados pela CONFEAB apontam que se fossem observados
critérios ainda que mínimos (aqueles contidos no PLP 137/2015), o Brasil teria
hoje menos 3.089 municípios (https://antoniopantoja.blogspot.com/2019/10/criacao-de-municipios-no-brasil-o_6.html).
Esse sonho de criar municípios no Brasil, para se tornar realidade
depende da aprovação de Projeto de Lei pelo Congresso Nacional e sanção
presidencial de alteração no parágrafo 4º, do artigo 18 de nossa Constituição
Federal. Sem uma Lei Federal os Estados não podem criar municípios.
Aqui no Estado, a FADDEPA visando dar continuidade a análise dos pedidos
de criação de municípios em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado do
Pará – ALEPA, realizou estudo de caso. O parecer foi submetido ao exame da
Procuradoria da nossa Casa de Leis; foi encaminhado pela presidência ao TRE. O
parecer foi acolhido pela Corte Eleitoral.Apoiado nesse estudo, a ALEPA aprovou
dois Decretos Legislativos: Decreto Legislativo 020/2018 (Distrito de Castelo
dos Sonhos, município de Altamira/PA) e Decreto Legislativo 021/2018 (Moraes
Almeida, Itaituba). Ambos encaminhados ao Tribunal Regional Eleitoral do Estado
do Pará para a marcação da Consulta Plebiscitária.
O Decreto Legislativo 020/2018, já foi apreciado pelo pleno do TRE/PA,
em sessão realizada no dia 01.08.2019. O pedido foi rejeitado à unanimidade em
função de inúmeros equívocos cometidos no processo de aprovação do Decreto
Legislativo na ALEPA. Não foi por falta de aviso. A FADDEPA alertou para o
resultado. E isso comprometeu o resultado de nosso trabalho.
A realidade não está muito distante de nós. A Corte Eleitoral do Estado
do Estado do Pará, em relatório de lavra da Desembargadora Luzia Nadja, na
sessão de julgamento do Decreto Legislativo 020/2018, acolheu a tese da
FADDEPA. Se providencias no mesmo sentido foram adotadas por outros Estados,
estaremos realizando plebiscitos visando a emancipação político administrativa
de muitos distritos brasileiros.
A CONFEAB entende que se o Estados brasileiros que almejam criar
municípios se unirem ao Estado do Pará nessa cruzada, podemos virar o jogo a
nosso favor. Se Rondônia pode realizar Consulta Plebiscitária apoiado em
decisão do Tribunal Superior Eleitoral – TSE, ao julgar o RESPE 28560/RO, os
demais Estados da Federação também podem.
É com muita satisfação que assistimos os Estados do Mato Grosso (http://www.nortaonoticias.com.br/regional/190769/Cerca?sfns=mo)
e Maranhão (https://oimparcial.com.br/cidades/2019/10/maranhao-pode-ter-mais-28-municipios/#.XZuWd2iAx-s.facebook )
partirem para a luta, junto com o Pará. Esperar que o Congresso Nacional se
sensibilize com nossos problemas é um sonho muito distante. Por isso entendemos
que ações originárias nos Estados possam, no mínimo, fazer com que nossos
congressistas decidam levar o PLP a votação em plenário.
Temos a certeza de que esse ato realizado pelas Assembleias Legislativas
do Maranhã e do Mato haverá de estimular outros Estados a adotarem o mesmo
paradigma.
Atenciosamente,
Antonio Pantoja
Presidente da CONFEAB
Telefone: (91) 999162493
certo e importante.o movimento ñ parar pois e como diz o ditado.popular agua mole em pedra dura bate ate que fura.estaresmo dia 15 com uma comitiva da regional carajas na casa civil.discutido todas as probilidades.relacionadas as emacipaçâes.luta continua.
ResponderExcluirO momento é de luta. A discussão deve ser levada a todos os segmentos que atuam no processo. E evidente que a discussão na Casa Civil tem sua importância. Sucesso ao grupo do Carajás!
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