BR 308 - A DEMOCRACIA EM PERIGO: A ponte ou o que restou dela queimando |
Comecei a frequentar o cenário político no Município de Viseu pelo Distrito de Fernandes Belo há aproximadamente 20 anos. Naquela época vivíamos tempos difíceis durante o período eleitoral. A violência era vista nos quatro cantos do Município. A oposição não podia programar reunião política que sempre surgia um inconveniente.
Grupos organizados eram os
responsáveis pelos mais variados desatinos. Não era raro os ônibus conduzindo
eleitores serem alvo de violência como apedrejamento resultando em pessoas
feridas.
O caso mais
recorrente era a falta de energia elétrica. Havia um grupo encarregado de
provocar o fornecimento. Jogavam correntes na linha de transmissão de energia
elétrica e com isso as localidades alvos ficavam, às vezes, dias e dias sem
energia.
O Município
parecia que tinha superado essa fase. Nos últimos dias o Município de Viseu foi
abalado com cenas de vandalismo que interferem no dia a dia do viseuense.
Parece até coincidência. Mas, grupos políticos no seu enfrentamento na luta
pela conquista do voto do eleitor, assistem impotentes a ação desses grupos que
tentar de todas as formas fazer prevalecer sua força.
Os casos mais
recentes tratam da queima de pontes de madeira ao longo da Rodovia BR 308.
Aqueles que se sentem prejudicados acusam seus opositores de estarem por trás
desses atos de vandalismo. O certo é que a BR 308 por ser uma Rodovia Federal, esses
caem na esfera da Justiça Federal.
A DEMOCRACIA VIRANDO FUMAÇA? |
Além de inferirem no direito de ir e vir do cidadão, interfere também no vai e vem das comitivas eleitorais. O maior prejuizo quem deve enfrentar é o próprio Município de Viseu. Com as pontes queimadas o fluxo na Rodovia é substancialmente alterado. Pode provocar crise no transporte de passageiros, no abastecimento, na saúde, na educação, em fim são problemas de toda a ordem.
Os responsáveis precisam ser identificados e seus autores punidos exemplarmente pelos danos ao patrimônio público. E, caso haja mandantes, esse também devem ser responsabilizados pelo cometimento do crime, podendo ser enquadrados como Organização Criminosa.
Se a origem é eleitoreira as consequencias devem ser bem mais conduntundentes. A responsabilidade civil, penal e eleitoral devem ser minuciosamente apuradas.
O Município de
Viseu precisa amadurecer politicamente. A democracia sugere a ação livre do
eleitor. Esses atos de violência indicam que algo não está bem no processo eleitoral
do Município exigindo ação imediata dos órgãos de segurança do Estado. E, em se
revelando alguma conexão com o processo eleitoral que a Justiça Eleitoral
intervenha no caso.
Viseu pede
segurança!
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