Partidos que atinguram a Cláusula de Barreira |
Dos 28
partidos e federações que disputaram as eleições deste ano apenas 12
conseguiram alcançar a cláusula de desempenho fixada pela Emenda Constitucional
97, de 2017. Durante os próximos quatro anos, somente essas 12 legendas vão
poder receber dinheiro do Fundo Partidário e usar o tempo de propaganda
gratuita de rádio e televisão. O balanço foi divulgado pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE).
Atingiram a
cláusula de barreira as federações PT/PCdoB/PV, PSDB/Cidadania e Psol/Rede,
além dos partidos MDB, PDT, PL, Podemos, PP, PSB, PSD, Republicanos e União.
Dos 16 partidos que não alcançaram a meta, sete até conseguiram eleger
deputados federais. Mas o número não foi suficiente para alcançar o critério de
desempenho fixado pela legislação. São eles: Avante, PSC, Solidariedade,
Patriota, PTB, Novo e Pros. Os demais — Agir, DC, PCB, PCO, PMB, PMN, PRTB,
PSTU e UP — sequer tiveram parlamentares eleitos.
De acordo com
a Emenda Constitucional 97, só podem ter acesso aos recursos do Fundo
Partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão os partidos
políticos que alcançarem um dos seguintes critérios de desempenho:
·
eleição de pelo menos 11 deputados federais,
distribuídos em pelo menos 9 unidades da Federação; ou
·
obtenção de, no mínimo, 2% dos votos válidos nas
eleições para a Câmara dos Deputados, distribuídos em pelo menos 9 unidades da
Federação, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada um deles.
Os 16 partidos
que não atingiram a cláusula de barreira continuam a existir, embora não
recebam mais suporte financeiro de origem pública a partir de fevereiro de
2023. Para evitar essa restrição, eles têm algumas alternativas: podem recorrer
a fusão, incorporação ou federação com legendas que obtiveram melhor desempenho
nas urnas.
A cláusula de
desempenho passou a ser aplicada a partir das eleições gerais de 2018 e será
reajustada de forma escalonada em todos os pleitos federais até atingir o ápice
nas eleições gerais de 2030. Na ocasião, só terão direito a recursos do Fundo
Partidário e ao tempo de rádio e televisão os partidos políticos que:
- · elejam pelo menos 15 deputados federais, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação; ou
- · obtenham, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% dos votos válidos em cada uma delas.
NO SENADO
— Se não atinge a cláusula de
desempenho, as implicações são para a sobrevivência do partido como um todo. Se
uma legenda não alcança a cláusula e decide não se fundir ou não se incorporar
a outra, isso tem implicações. Nas próximas eleições, não vai ter tempo de
rádio e TV, nem dinheiro do Fundo Partidário para pagar o aluguel da sede ou
para comprar passagens para os dirigentes. O partido vai ter que se virar com
outros recursos — explica Clay Souza e Teles, consultor legislativo do Senado
na área de direito constitucional, administrativo, eleitoral e processo
legislativo.
Entre os 27
senadores eleitos para a próxima legislatura, apenas Cleitinho (PSC-MG) integra
uma legenda que não atingiu o critério de desempenho. Na atual composição da
Casa, cinco parlamentares são filiados a partidos que não alcançaram a cláusula
de barreira:
- · PSC: Luiz Carlos do Carmo (GO);
- · PTB: Fernando Collor (AL) e Roberto Rocha (MA); e
- · Pros: Zenaide Maia (RN) e Telmário Mota (RR).
Com informações do Tribunal Superior
Eleitoral
Fonte: Agência Senado
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