"Um povo de cordeiros sempre terá um governo de lobos".
Dito popular antigo
Vivemos um caso de pura expressão da falsa consciência, que num lance desesperado, manipula as massas afastando-os de seus mais verdadeiros desígnios. Não sou daqueles que querem fazer o mundo andar para trás, mas preocupa-me em ver o povo ser usado por certa família como massa de manobra, na tentativa de fazer prevalecer seus interesses mais mesquinhos, interesses esses que passam muito longe dos interesses do povo. A afirmação desse projeto familiar só não é mostrada às claras por causa de um famigerado cálculo político. Neste ano teremos eleição novamente e vai haver a necessidade de continuar precisando desse povo. Não é conveniente exaurir em um só ano essa “galinha dos ovos de ouro”.
Enquanto isso o povo vive como se estivesse em um estágio letárgico. Não percebe do perigo que os cerca. Anos e anos de escravidão política determina que o viseuense continue à mercê do coronelismo, do caciquismo, dos chefes políticos que não demonstram nenhum interesse na afirmação desse povo. Estranho esse povo que não se comove e nem se indigna.
Haverá adormecido em nós um homicida, um anarquista em potencial, um corrupto, um demagogo, um autoritário? Tendemos a censurar com veemência aquilo que no íntimo censuramos? É bem possível.
Sou sensível a essa investigação, digamos, psicanalítica dos eventos. Mas também é fato que a maioria de nós aprendeu, felizmente, a reprimir a besta. E, por isso, numa manifestação que nada tem de patológico – ao contrário; é prova de saúde social -, queremos afastar do convívio os que cederam a seus demônios íntimos. Porque, de fato, eles nos ameaçam. Sem repressão estaríamos nas cavernas. A moral complexa da civilização não perdoa a idade da pedra de nossa formação psíquica. Ainda bem! Então é hora de começar a reagir.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
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