O cenário político de Viseu está
tomando uma nova dimensão. Estamos acompanhando o embate situação e oposição
que se desenrola nas redes sociais. As conseqüências o tempo mostrará melhor.
Aqui deste lado tenho a seguinte
opinião a respeito do atual governo. Nos momentos que antecederam as eleições municipais
2012 o então candidato a reeleição humildemente procurou reunir o maior número
de partidos para se unirem em torno de seu nome. Reuniu quase todas as
agremiações políticas com representação em Viseu. Do outro lado restaram o
PMDB, com uma candidatura ilusória e mentirosa; e o PSol, com uma candidatura
heróica. Reacendeu-se ali o histórico confronto Davi e Golias. Contrariando a
história Golias venceu esse round da luta. Mas a história não terminou em 2012.
O atual cenário político
nacional, com um incontável número de siglas partidárias, floresce a existência
de siglas de aluguel. E em Viseu não foi diferente. A maioria das siglas
apresentou candidatos para concorrerem ao pleito proporcional. Algumas,
entretanto, não tiveram a decência de colocar seus quadros para fazer parte do
jogo democrático. Apenas alugaram suas siglas. Infelizmente essas mazelas
atrapalham e degeneram o processo político.
Venceu o gigante e não demorou
muito para que o cenário se revelasse. Só alguns poucos que fizeram parte da campanha
encontraram abrigo no guarda chuva vencedor. Entendemos a política como um
exercício participativo. Se precisamos de companhia na hora da luta, também
devemos convidar todos os companheiros para o exercício administrativo da vitória,
afinal se houve contribuição, deveria haver retribuição. Retribuição com
respeito, não com favores, já que favores só fazem enfraquecer e desmoralizar o
processo democrático. Pois somente os incompetentes e os bajuladores se valem
de favores para encontrar seu lugar ao sol.
Observando a discussão que se
formata nas redes sociais pode-se observar claramente a posição de cada um. Como
a discussão está apenas começando não vimos ainda figuras coroadas participando
desses debates. A superficialidade das discussões, porém, dá o tom do que será
a campanha política de 2016.
Teremos uma prévia em 2014,
quando alguns deputados vão tentar renovar seus mandatos e outros, neófitos na
vida política, vão também encontrar um lugar na aba do chapéu do comandante. Vai
ser nesse momento que os coronéis vão querer mostrar a força de seu poder ou o
poder de sua força. Novamente vão procurar alicerçar seu trabalho no
arrebanhamento (isso é próprio dos homens do poder) de lideranças políticas
para fazerem parte desse processo, pois acreditam que seus argumentos ($$$$$$)
serão suficientes para angariar a simpatia daquelas lideranças comunitárias. Mas
pode haver surpresa.
O grito que vem das ruas, ensaia
Brasil afora, uma mudança de paradigma. E isso pode mudar um pouco esse
panorama, pois nossa juventude que estava sumida das ruas desde o “Diretas Já!”,
do “Fora Collor!”, mostra que vai voltar às ruas pedindo a saída de forças que
pouco contribuem para o engrandecimento de nossa região. Volta para exigir o
que é seu de direito. A consciência cívica vai falar mais alto, e isso quem vai
sentir é aquele que está acostumado a vencer na política a custa do sofrimento
do cidadão desamparado que não onde buscar apoio.
Na Amazônia existe um fenômeno
muito conhecido que agita os rios da região: A Pororoca, um fenômeno natural
caracterizado por grandes e violentas ondas que são formadas a partir do
encontro das águas do mar com as águas do rio. Existem várias explicações para
este fenômeno, mas a principal diz que sua causa deve-se à mudança das fases da
lua, principalmente nos equinócios que aumenta a propensão da massa líquida dos
oceanos proporcionando grande barulho. Momentos antes de sua chegada cessa o
barulho e então reina o silêncio. Este é o sinal de que é melhor procurar um
local seguro para que a força da água não cause nenhum estrago.
As oposições do município de
Viseu estão reunindo forças, esperando talvez, a conjugação das forças lunares,
as melhores fases da lua. Movimentos em vários sentidos vem sendo observados e
como as força das águas da Pororoca, esse movimento oposicionista cuja tendência
é derrubar barrancos, deixando as claras o estrago que foi feito em Viseu ao
longo dos anos.
A Pororoca do Gurupi vai mostrar
a sua força indômita, sua pujança, disso temos certeza.
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