Marco de 2015: I Encontro Nacional de Líderes Emancipalistas Distrito de Jurema, município de Caucaia/CE. |
Jurídico nunca
duvidamos. Agora seria mesmo um processo político? Mas, que tipo de política
estava inserida nesse contexto: a política como ciência ou a política
partidária?
Essa premissa
foi durante muito tempo ignorada por muitos de nós, que achávamos que não
devíamos misturar política partidária com criação de municípios.
Ao longo do
processo chegamos à conclusão que a luta pela emancipação de um distrito
poderia abrigar as variadas matizes políticas. O que não deveria haver era a
supremacia da política partidária. Essa
supremacia afastava as correntes minoritárias e o processo se tornava fadado ao
insucesso.
Ao
acompanharmos a tramitação dos Projetos de Lei na Câmara ou no Senado Federal,
ficou bem evidente que a política está em todas as fases desse processo.
Sentimos com maior intensidade a luta pela aprovação do Relatório Final do PLP
137/2015, no âmbito da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, criada
especificamente para analisar o referido PLP 137/2015.
Essa refrega
política durou até a hora da aprovação do Relatório. Os bastidores dessa
história merecem um capítulo à parte. Personagens principais pela Câmara:
Presidente Rodrigo Maia, deputados Hélio Leite e Chapadinha (presidente vice da
Comissão Especial), Carlos Gaguim (Relator do PLP), HIldo Rocha, Danilo Fortes.
Pelo Movimento Emancipalista, companheiros como Luiz Farias (CE), Marco Valério
(GO), Salim Abdala (MT), Augusto Cesar (MA), José Nunes (SP), Miguel Costa e
João Cardoso (PA), dentre outros.
A classe
política mostrou sua supremacia. Fez o que quis, quando quis e como quis, com o
grupo de emancipalistas.
Aprovaram
matérias quando lhes foi interessante e deixaram de apoiar quando lhes foi
conveniente. Aprovaram as matérias na Câmara e no Senado, porém, quando
precisaram ratificar seu apoio a nossa luta no Congresso, preferiram deixar que
os vetos fossem mantidos, embora já tivessem acontecido tratativas visando a
derrubada dos vetos.
Se no âmbito
federal temos sempre tivemos muitas dificuldades essas dificuldades aumentam no
âmbito estadual. Nos estados sentimos que nossas lideranças distritais têm
pouco peso nas tratativas com o parlamento.
Como
equilibrar essa luta?
Nessas
eleições chegamos à conclusão que o Movimento Emancipa Brasil precisa ganhar
voz nas Câmaras Municipais. Por conta desse planejamento, estamos sugerindo que
nossos companheiros efetivamente envolvidos na luta pela emancipação de seus
distritos concorram às Câmaras de Vereadores de seus municípios.
Representantes
dessas Comissões, com mandatos de vereadores serão muito mais respeitados pelos
senhores deputados estaduais, federais e senadores, uma alternativa para
favorecer o andamento de nossos processos nas Assembleias Legislativas.
Por outro
lado, os eleitores residentes nos Distritos envolvidos nesse processo de
emancipação, precisam apoiar aqueles que efetivamente tem compromisso com a
luta pela criação de seus municípios. Se conseguirmos atingir esse patamar de
compromisso, a luta se tornará muito mais equilibrada. O Movimento Pró
Emancipação ganhará vez e voz nas Câmaras Municipais e consequentemente ganhará
muito mais proatividade no trato com o parlamento nacional.
Até aqui os
deputados levam nítida vantagem nesse confronto. Eles com a força, fazem o que
querem de nós e nós apenas com a vontade de pedir.
Precisamos mudar esse paradigma!
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