sábado, 9 de janeiro de 2010

O DRAMA VISEUENSE – O samba do crioulo doido, UAI



Estivemos em Viseu no dia 18/12 para tratar assuntos no Fórum Cível da Comarca. Ainda não havia começado o recesso do judiciário. Como sempre não encontramos nem Juiz e nem Promotor. Infelizmente!
Na manhã daquele dia, através de um possante serviço de som, o povo de Viseu era convidado por um locutor a comparecer no salão paroquial a fim de participar do cerimonial (sic) de entrega de um automóvel e três motocicletas destinadas a aumentar o aparelho de segurança do município. A solenidade se iniciaria as 10 h da manhã.
Depois mais de 03 horas de espera, enfim, começa a programação. Presentes ao evento, além das autoridades locais, o Secretário de Estado de Integração Regional, o Secretário de Estado de Segurança Pública, a Coordenadora do PTP e outras autoridades. Parecendo mais uma episódio folhetinesco a la Dias Gomes, dava a impressão de estarmos na Sucupira, do folclórico prefeito Odorico Paraguaçu, mas estávamos mesmo na “Sucupira do Piriá”. Era muito confete e serpentina para o pequeno benefício que, se muito, vai beneficiar apenas a sede do município, ainda que de forma primária. A extensão de nosso município merece coisa melhor.
Excelente foi a idéia do órgão de segurança do município que em ação louvável e digna de reconhecimento utilizou-se de excelente tática de segurança (acho que é pra rir... veja foto). Mandou colocar correntes nas ruas impedindo o fluxo normal de veículos. Assim é muito fácil impedir a entrada de assaltantes na cidade. Ninguém pode entrara.
Creio que seria mais eficaz que se colocassem aquelas risíveis correntes lá entrada da cidade e na escada no trapiche. Afinal o gestor do município e alguns de seus auxiliares, são proprietários de terras e sabem muito bem o significado de uma porteira. O cenário ficaria completo. Merece o premio de criatividade o autor daquela “Genial” idéia. Estamos pensando até em inscrever Viseu no próximo congresso internacional sobre prevenção de assaltos a banco. Com certeza ganharemos o prêmio maior. Parece mais o “samba do crioulo doido”, uma nova versão do FEBEAPA.
É por isso que nos recusamos a participar desse tipo de “cerimonial”. Patético também foram os discursos. É muita balela para pouco efeito. O vereador Neto acha que ainda exista alguém que acredite naquele seu discurso vazio de conteúdo e recheado de verborragia. Só falar mal dos outros não deixa tempo para falar bem de si mesmo. A secretária de saúde ainda acredita em duende, ou pensa ser uma, pois só assim consegue enganar aquele povo por tanto tempo. O secretário com discursos inócuos e desprovidos de qualquer essência só foram até ali em mais uma demonstração de pirotecnia que é muito próprio desse governo.
Se não fosse a presença do povo humilde que foi até o salão paroquial receber seus documentos, a cerimônia seria só para a equipe de governo e os visitantes. É muito pouco para um governo que prometia mudança.
Quanto às escolas prometidas esperamos que elas não sejam que nem a escola de primeiro mundo que foi “construída” (só foi reformada) em Fernandes Belo, Escola Gentil Paulo Raiol, que foi inaugurada com toda pompa em agosto passado. O serviço está todo sendo refeito devido a má qualidade da obra (a parede partiu, o piso se transformou em um verdadeiro poeiral, além de outras inconveniências mais).
Cobraremos a prestação de contas das obras que estão sendo realizadas no II Distrito. Prestação de contas efetivas, pois acreditamos que todas elas estão se desenvolvendo ao arrepio da lei. Uma obra para que ela seja considerada legal precisa cumprir determinados requisitos, não é Dr. Botelho? Creio que esses pequenos detalhes estão sendo menosprezados. Fiscalizar é nosso dever, assim diz a Constituição Federal, a Lei de Responsabilidade Fiscal, e outros diplomas legais que regulam a matéria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário