quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

SÃO JOÃO DE PIRABAS: Um dia com Rei Sebastião.





No dia 19 de janeiro passado estivemos em São João de Pirabas para acompanhar a festa de São Sebastião. Pela parte da tarde aconteceu palestra sob o tema: Sebastianismo,os vários aspectos da cultura em homenagem ao Rei Sebastião. Em seguida apresentação de grupo folclórico do IFPA com os personagens do imaginário amazônico. A lenda do filho do boto, o mapinguari, a mãe d’água, a matinta perera, dentre outros personagens estiveram participando do evento.
Em seguida a programação ficou a cargo dos umbandistas, que mostraram um pouco de sua mística na Praça do Complexo Cultural Maria Pagé.
Finalizando a noite estivemos visitando o terreiro do “Pai Mariano”, que recebe a mitológica figura do Rei Sebastião. Foi uma programação recheada de surpresas, e que gratas surpresas. Para nós visitantes, pouco acostumados com o ritual o ponto alto foi quando Rei Sebastião chegou, trazendo sua cobra de estimação, uma jibóia de aproximadamente l,5 m, completamente dócil sob o domínio de seu amo. Nossa comitiva foi recebida com muita alegria por sua majestade e sua mascote.
No dia 20 pela manhã nos dirigimos a até a Praia do Castelo, onde estão as imagens de Iemanjá, Seu Raimundo, e a pedra que representa a figura do Rei Sebastião. Grande multidão foi até a “pedra” para render homenagens aos seus “santos”.
A praia do Rei Sebastião viveu assim mais dia de festas e homenagens aos seus protetores.
Conta a lenda, que aos visitantes não é permitido trazer nenhum objeto daquela praia sob o risco de estar cometendo algum tipo de sacrilégio. As entidades sempre atentas na proteção de seu patrimônio castiga o visitante desobediente com algum tipo de constrangimento. Com nossa comitiva, não aconteceu nada de extraordinário em nossa volta, a não ser um pequeno acidente com um de nossos membros. Mais tarde descobriríamos que um dos ocupantes do barco trazia uma garrafa com água e algumas pequenas pedras tiradas do pé do Rei Sebastião. Mas logo essa pessoa tratou de tranqüilizar a todos dizendo que trouxera as pedras com a permissão da entidade suprema daquela praia: Rei Sebastião. E todos acreditaram.
Não podemos fazer juízo de verdade a respeito de tudo que presenciamos. A história parece bonita, simples e fabulosa, não é? É história do povo do mar mesmo, gente da nossa gente.

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