Nunca pensei que fazer política
em Viseu fosse tão difícil. Muito mais ainda para nós que pensamos fazer uma
política apoiada nos princípios básicos da dignidade humana: Respeito,
consideração, apreço, transparência,
dignidade, são marcas indeléveis de nosso comportamento.
A reação a esse nosso tipo de política já era esperado, pois
é impressionante como a instituição “compra/venda de voto”, ou melhor
dizendo,corrupção, está impregnada no
comportamento do homem simples do campo. Afinal de contas corrupto é quem
compra, mas, corrupto, também, é quem vende o seu voto. Tem políticos que acham
tudo isso normal. Mas por que isso? Historicamente nosso pobre e desamparado cidadão sempre viveu a mercê dos políticos maus intencionados, que sempre fizeram de sua miséria um vasto campo para o comércio de compra e venda de esperança. Mas afinal, que esperança é essa? Entra ano e sai ano, e como diz o poeta, o cidadão continua ao “deus dará”. Cada vez mais pobre, mais desamparado, mais desassistido, mais vulnerável, enfim, vê a cada dia que passa seu horizonte tornar-se cada mais vez mais estreito. Logo que fechas as urnas esse pobre coitado que vendeu sua dignidade reconhece que errou, mas do que adianta isso se na eleição seguinte ele comete o mesmo erro.
A esperança de que algo mude é muito remota, pois a cada ano
que passa a história se repete, ou melhor, a cada dois anos os arautos das boas
novas invadem as residências mais humildes para vender sonhos. A necessidade, a
miséria, a desesperança, faz com que esse cidadão seja presa fácil para os maus
políticos.
As vezes centramos nossas expectativas na juventude. Mas,
infelizmente, essa nossa juventude que fica a mercê dos maus educadores,
profissionais da educação que deveriam ter como função determinante a formação
do caráter e da personalidade, são os primeiros a contribuir para o
enfraquecimento moral e ético de nossos jovens. Assim como esperar que nosso
jovem adquira consciência crítica, pois a formação intelectual dessa nossa
juventude está posta responsabilidade de quem não tem mínimo preparo para
educar. Esse o desalentador quadro que nos mostra a educação em nosso município.
Fernandes Belo, um mosaico de Viseu nos mostra isso. O que fazer para mudar esse quadro? Eis aí um belo ponto para reflexão. O que esperar dos jovens viseuenses? O futuro nos dará essa resposta.
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