Lá pelos idos
dos anos sessenta li um livro de ficção intitulado Eram os Deuses Astronautas? Obra
de autoria do escritor suíço Erich von Daniken. Nele o autor defendia a existência
de outros seres inteligentes no universo e que esses seres tinham sido os
responsáveis por terem trazidos grande conhecimento para a humanidade. A
evidencia dessa teoria amparava-se nos achados arqueológicos, monumentos
antigos e mapas encontrados. Dizia Erich: Seriam os Deus astronautas?
Hoje lendo um
artigo de autoria de Luiz Fernando Veríssimo, publicado em um jornal diário que
circula em Belém, me fez recordar o livro que li há mais de meio século. Aliás,
não me recordo se o autor é o mesmo criador do personagem “O Analista de Bagé”,
figura bageense que tinha uma filosofia interessante. Duas merecem relembrar:
1. Dizia que “tinha tido uma infância normal onde o que não aprendeu no galpão,
aprendeu atrás dele”; e 2. A Teoria do joelhaço. Essa teoria se baseava “no
princípio da dor maior, isto é, quando uma pessoa vem se queixar de suas dores
subjetivas, o joelhaço aplicado no lugar correto oferece ao sujeito a vivência
de uma dor tão mais intensa que faz com que se esqueça das dores menores”.
Mas, vamos
aonde quero chegar. Nesses tempos de Coronavírus várias teorias foram
apresentadas para o surgimento da doença. Essa descrita por Luiz Fernando
Veríssimo chamou minha atenção. Vamos a ela:
“Teorias sobre
as causas do coronavírus se multiplicam como o próprio vírus e vão desde o que
seria um golpe promocional de cerveja mexicana Corona que deu terrivelmente errado
até sua origem extraterrena, como parte de um plano para minar a defesa do
nosso planeta contra uma futura invasão de alienígenas. Falando sério: a teoria
mais difundida no momento é a de que a pandemia teria a ver com a proliferação
de novas torres de telefonia móvel, 5G, que de alguma maneira espalhariam o
vírus. Dizem que não é coincidência o fato das primeiras antenas 5G, mais
potentes do que as 4G que substituem, terem sido instaladas na China, onde a
pandemia começou, antes de qualquer outro lugar do mundo. Cientistas contestam
que uma ligação entre ondas de telefonia sem fio e vírus galopantes é impossível
e que nem a coincidência existe, pois, os primeiros postes 5G foram erguidos na
Inglaterra, não na China. Mas numa hora destas quem é racional? A teoria da 5G
prospera e já houve até ataques às torres inocentes.
Mas em meio
a nuvem negras surgem nesgas de otimismo solar. Como nas bolsas de valores
internacionais onde depois de semanas e semanas de desesperança e prejuízos causados
pelas más notícias de cada dia, esta semana tudo mudou e todas as bolsas subiram.
Impulsionadas por boas notícias, como a de menos mortes em lugares mais
atingidos pelo vírus, mas principalmente pelo que alguém chamou de ‘sentimento’
das bolsas de que a coisa começou a melhorar. Se ainda não temos razão para
comemorar algo de concreto na guerra contra o coronavírus, podemos pelo menos
nos agarrar nesta abstração quase mística, um “sentimento” do capital
especulativo.
Fico aqui
matutando: Se o suíço Erich von Daniken estiver certo e Zeus, Atenas, Posseidon
foram seres extraterrestres como devemos encarar essa teoria da propagação do vírus
pelas ondas da telefonia celular?
Afinal tem
que haver uma explicação para o mistério do surgimento dessa pandemia!
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