Ser ou não ser, eis a questão! |
Perguntou o discípulo ao seu Mestre:
- Mestre qual é o meu tempo?
O Mestre respondeu:
- Seu tempo é aquele que eu achar conveniente!
O discípulo ficou pensativo
por algum tempo... depois, falou para seu Mestre:
- Mestre, em todos os seus ensinamentos, com toda a sapiência
que lhe é peculiar, o senhor diz, que cultuar o “eu”, é prova de egoísmo e
falta de interesse pelo bem comum. E lembro o Mestre, usando de toda a sua eloquência,
ensinando que quando pensamos e agimos com o espírito coletivo, fazemos a vida
fluir com mais intensidade. O “Eu”, é o símbolo máximo do egoísmo. Resumindo o
senhor disse em seus ensinamentos, que “ninguém é uma ilha”.
Então Mestre, eu devo esperar
o senhor decidir qual é o meu Tempo?
Se o Mestre me disser que tem
de ser assim, será a negação de tudo com conviemos vivemos nesse período de compartilhamento
de ideias, de aprendizado.
Então, Mestre, o que devo
fazer? Devo continuar considerando-o o meu Mestre ou devo procurar outro Mestre
que me ensine as boas regras da vida.
O Centralismo de ideias não
nos leva a um lugar seguro. Na hora que o senhor diz que decidir qual será o
meu tempo, isso significa que tenho pouca importância para o senhor. E se eu
não tenho importância alguma para o Meu Mestre, o que vou ficar fazendo do lado
dele?
Ser
ou não ser eis a questão
O
que é mais nobre? Sofrer na alma as flechas da fortuna ultrajante ou pegar em
armas de um mar de dores, pondo-lhes um fim?
É
isso que nos obriga a refletir: é esse respeito que nos faz suportar por tanto
tempo uma vida de agruras. Pois, quem suportaria as chicotadas e o escarnio do
tempo?
As injustiças
do opressor, as afrontas dos orgulhosos?
A insolência
do oficial e os ponta pés?
Por
via desta perspectiva mudam de sentido e saem do reino da ação
Extraído
do Monólogo de Hamlet. William Sheakepeare, poeta e dramaturgo inglês. 1564/1616
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