sábado, 23 de janeiro de 2021

Um dilema filosófico: O “EU” ou o “NÓS”?

 

Ser ou não ser, eis a questão!

Perguntou o discípulo ao seu Mestre:

- Mestre qual é o meu tempo?

O Mestre respondeu:

- Seu tempo é aquele que eu achar conveniente!

O discípulo ficou pensativo por algum tempo... depois, falou para seu Mestre:

- Mestre, em todos os seus ensinamentos, com toda a sapiência que lhe é peculiar, o senhor diz, que cultuar o “eu”, é prova de egoísmo e falta de interesse pelo bem comum. E lembro o Mestre, usando de toda a sua eloquência, ensinando que quando pensamos e agimos com o espírito coletivo, fazemos a vida fluir com mais intensidade. O “Eu”, é o símbolo máximo do egoísmo. Resumindo o senhor disse em seus ensinamentos, que “ninguém é uma ilha”.

Então Mestre, eu devo esperar o senhor decidir qual é o meu Tempo?

Se o Mestre me disser que tem de ser assim, será a negação de tudo com conviemos vivemos nesse período de compartilhamento de ideias, de aprendizado.

Então, Mestre, o que devo fazer? Devo continuar considerando-o o meu Mestre ou devo procurar outro Mestre que me ensine as boas regras da vida.

O Centralismo de ideias não nos leva a um lugar seguro. Na hora que o senhor diz que decidir qual será o meu tempo, isso significa que tenho pouca importância para o senhor. E se eu não tenho importância alguma para o Meu Mestre, o que vou ficar fazendo do lado dele?

 

Ser ou não ser eis a questão

O que é mais nobre? Sofrer na alma as flechas da fortuna ultrajante ou pegar em armas de um mar de dores, pondo-lhes um fim?

É isso que nos obriga a refletir: é esse respeito que nos faz suportar por tanto tempo uma vida de agruras. Pois, quem suportaria as chicotadas e o escarnio do tempo?  

As injustiças do opressor, as afrontas dos orgulhosos?

A insolência do oficial e os ponta pés?

Por via desta perspectiva mudam de sentido e saem do reino da ação

Extraído do Monólogo de Hamlet. William Sheakepeare, poeta e dramaturgo inglês. 1564/1616

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