Seminário Amazônia in Loco Olhando o futuro de Viseu |
O seminário
Amazônia in loco contou a participação de representantes de onze (11) países.
Promovido pela Eurocâmaras Brasil, Câmara de Comércio da Finlândia no Brasil
(Finncham Brazil) e Câmara Oficial Espanhola de Comercio no Brasil. A questão
ambiental é um tema central na agenda de todos e, dentro dela, a Amazônia vem
ocupando um lugar de destaque. Para que se possa discutir esse tema, nada
melhor do que organizar um seminário com a participação de autoridades,
diplomatas, empresários e experts e realizá-lo em loco, na porta de entrada da
Amazônia brasileira, o Estado do Pará.
Um tema
prendeu minha atenção: A Bioeconomia. O Município de Viseu localiza-se em uma
Região possuidora de um riquíssimo bioma, porém, não se percebe nenhuma
atividade planejada, coordenada, executada pelo poder público em busca de mudar
esse paradigma. O executivo não promove ações nesse sentido. O legislativo não
demonstra a menor preocupação em legislar e aprovar normas que possibilitem o
desenvolvimento de ações dessa natureza. A propósito, para que serve o
Legislativo de Viseu?
A informação é útil e necessária para a escolha de caminhos |
Os poderes constituídos no Município de Viseu, vivem ao largo desse de iniciativa, sem demonstrar um olhar preocupado com a sustentabilidade da Região.
Não precisa ir muito longe. Basta retornar para os últimos quatro governos que administraram o município e ver que ao longo desses anos, vários prefeitos, com diferentes perfis se sucederam nessa missão: Dra. Astrid Cunha, Engenheiro Alfredo Amin, Cristiano Vale e atualmente Isaias Neto.
Desses
quatro diferentes governos, apenas no último, certa vez, mostrou uma
preocupação com a geração de emprego e renda no município. Criou a Sala do
empreendedor. Mas, desde o início, a iniciativo mostrou que aquela ação não
passava de um “balão de ensaio”. Como pensar em empreendedorismo se na abertura
da sala não se convidou para o evento nenhum dos agentes de fomento à produção.
Por isso, não passou de uma pirotecnia administrativa.
Aliás, é corrente, hoje, observarmos administrações midiáticas. Uma postagem nas redes sociais, uma foto para colocar na parede, é o instrumento mais utilizado por muitos dos atuais administradores de municípios. E no dia seguinte? O que acontece? Nada!
Lamentavelmente a sociedade é mera observadora. As administrações se mostram confortáveis diante do quadro. Não existe fiscalização para seus atos. Por isso fazem do jeito que querem. Não do modo ideal.
Muitas
ações, se tivermos o cuidado de voltar um pouco no tempo, não passam de engodo,
de mentiras, de “fogo de palha”. Não se sustentam. Foram feitas no calor da
emoção. E fica por isso mesmo. Não existe fiscalização.
A Câmara de
Vereadores que teria o papel de fiscalizar os atos do executivo, em muitos
Municípios, não passa de um apêndice do Executivo. Só faz o que prefeito quer.
Para comprovar isso, basta acessar o Portal de uma Câmara de Vereadores
espalhadas Brasil afora e constatar a inutilidade dessas estruturas. São poucas
as Câmaras que efetivamente cumprem seu papel. Ao acessar esses portais
percebemos que a produção legislativa no exame de matérias de interesse do
legislativo é mínima. Todos vem recheados de requerimentos ao executivo (e o
executivo sequer acusa o recebimento dessas matérias – será se a mesa da Câmara
encaminha esses requerimentos para o poder executivo?). A maioria das matérias
aprovadas (para não dizer a totalidade) são de interesse do executivo. Mas isso
merece matéria especial.
Fica
difícil pensar em geração de emprego e renda em um Município se não percebemos
nenhum tipo de planejamento nesse sentido. Falo de planejamento, não de fotos e
imagens. Foto por foto, eu tiro com qualquer autoridade, até com o presidente
da República. Queremos ver ações efetivas.
Esse seminário Amazônia in Loco, deixou uma grande lição!
Antonio Pantoja
Presidente da Comissão Municipal
do PDT/Viseu
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