domingo, 21 de novembro de 2021

VISEU: Pré-Sal na Bacia do Pará-Maranhão. O que o futuro reserva para a Região?

As cidades de Bragança, Viseu, Chaves, São João de Pirabas e Augusto Correa poderão receber uma mega infraestrutura devido à futura implantação de projetos de exploração da Petrobrás na Região, com 30 milhões de barris - Por Marcos Santos/Ag. Pará      

Brasil descobre um novo pré-sal. Estudo científico que destaca o amplo potencial petrolífero da franja oceânica norte do território nacional, compreendendo Maranhão, Pará e Amapá, foi entregue ao presidente da Federação das Indústrias do Maranhão – FIEMA, Edson Baldez. Nas águas profundas e ultra profundas da Bacia Pará-Maranhão, existem aproximadamente 30 milhões de barris de petróleo em recursos prospectivos recuperáveis riscados.

 É o que diz o documento “Um novo pré-sal’ no Arco Norte do Território Brasileiro”, de autoria dos especialistas Allan Kardec Dualibe Barros Filho, professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Ronaldo Gomes Carmona, professor de Geopolítica da Escola Superior de Guerra e Pedro Victor Zalan, presidente da ZAG Consultoria em Exploração de Petróleo.

“Se confirmadas as expectativas, as quais buscamos descrever na presente Nota Técnica, especialmente os estados do Maranhão, Pará e amapá, poderão beneficiar-se de vultosas receitas diretas (tributos e royalties) e indiretas (desenvolvimento industrial e do setor de serviços, com expressiva geração de empregos) que poderiam ser geradas pela exploração e produção petrolífera. Abrem-se amplas perspectivas do desenvolvimento regional, a começar pelo fato de que a produção petrolífera e gasífera potencial poderia gerar abundância energética visando a industrialização dessa região do território nacional”, diz o estudo. “A primeira etapa é entrar em licitação, porque o solo é do Brasil, então algum órgão governamental tem que colocá-lo em licitação para as empresas adquirirem. Quem faz isso é a Agência Nacional do Petróleo – ANP. Há várias rodadas de licitação. Por exemplo este ano há a 17ª rodada, que nós não entramos. Nós queremos entrar na 18ª rodada”, explicou o especialista maranhense Allan Kardec Barros Filho, que já foi diretor da ANP.

Pesquisando em água profundas

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Segundo o presidente da FIEMA, Edilson Baldez das Neves, a possibilidade de recuperar de 20 a 30 bilhões de barris de óleo no Maranhão, ressaltando que no Pré-Sal, por exemplo, são 40 bilhões de barris, seria uma oportunidade sem tamanho de desenvolvimento regional para o Maranhão e para o Brasil. “Acreditamos que a exploração desses prospectos encontrados na Bacia profunda da Bacia Pará – Maranhão seja uma oportunidade de desenvolvimento regional, com larga geração de empregos”.

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NOVO PRÉ-SAL E A REGULAMENTAÇÃO AMBIENTAL

O Maranhão foi indicado para entrar na 17ª rodada de licitações de áreas na Bacia Pará – Maranhão, porém os oito blocos sugeridos para a exploração foram excluídos da licitação, após manifestação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que indica a provável inviabilidade ambiental do empreendimento que “imponham riscos de olear a costa do Pará e do Maranhão e o Parcel de Manoel Luís”. No entanto, a Nota Técnica “Um Novo ‘Pré-Sal’ no Arco Norte do Território Brasileiro” contesta essa informação. “Há um debate sobre impeditivos ambientais. Fala-se do Parcel Manoel Luís e também sobre corais, que poderiam ser atingidos por um eventual derramamento de óleo. Nenhuma das razões se sustenta. Primeiro porque o Parcel está em águas rasas, assim como os corai, que são seres vivos que vivem em águas rasas. As aguas sobre as quais estamos falando, são aguas profundas, de 4 mil a 5 mil metros. A 300 metros de profundidade está completamente escuro, a luz não chega e corais, por exemplo, não sobrevivem. Além disso, nós temos tecnologia no país. Na exploração de petróleo no Brasil não há um caso sequer de derramamento de óleo”, afirmou Allan Kardec.

O estudo sugere e recomenda às autoridades energéticas brasileiras que coloquem os blocos exploratórios da bacia sedimentar Pará – Maranhão nos próximos leilões da ANP. “A exploração e produção desta riqueza traria grandes benefícios para o desenvolvimento nacional e em especial para os Estados do Arco Norte do território nacional”. 


O Pré-Sal e o futuro da Costa Atlântica - Região Pará/Maranhão/Amapá

Pré-Sal, na Bacia do Pará-Maranhão. Revista Pará + Edição 227. Fevereiro 2021. páginas 5/11. Belém - Pará.  

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