quarta-feira, 11 de março de 2020

PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS EXITOSAS EM UM MUNICÍPIOS: A busca por recursos precisa atravessar fronteiras

Brasília - FNDE - Recursos para a educação
Deputado federal Cristiano Vale, prefeito Izaias Neto e vereadores de Viseu 

Como presidente da CONFEAB, entidade que coordena o processo tenho participado de eventos que tratam da criação de municípios no Brasil. Já visitei vários Estados, onde tive a oportunidade de proferir palestras versando sobre a administração de um município.
Os municípios brasileiros, em sua grande maioria, têm baixa capacidade de geração de receita própria. Recente estudo da Confederação Nacional dos Municípios – CNM, aponta que 82% dos municípios brasileiros não conseguem alcançar o patamar de 10% (dez por cento) de receitas próprias, no conjunto da receita total do município (https://cn7.com.br/cnm-lanca-nota-sobre-proposta-do-governo-federal-de-extinguir-municipios/).
Esse dado foi levantado pela CNM, a partir da edição da PEC 188/2019, que propõe a extinção de municípios brasileiros com menos de 5.000 habitantes e que não gerem esse percentual de 10% de receitas próprias matéria em tramitação no Senado Federal.
Analisando esse panorama sobre a dificuldade de geração de receita própria, o que um gestor deve fazer para tornar seu município administrável?
E público e notório que os municípios brasileiros, todos eles, recebem repasses do governo federal. Todos eles são classificados segundo um índice que determina o fator de recebimento desses recursos. O menor repasse é 0.6, que atende os municípios com até 10.188 habitantes, crescendo esse índice em razão de sua população, até atingir o índice máximo que é de 4.0, para municípios com população igual ou superior a 156.216 (http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/190777/CartilhaFPM.pdf).
Também é de conhecimento geral que nenhum município brasileiro sobrevive unicamente com repasses constitucionais. Se tornaria ingovernável se ouras práticas não fossem adotadas.
O que fazer então?
O gestor do município precisa se socorrer do Estado e da União para obter recursos oriundos de convênios, verba essa necessária para atender necessidades de cada município. E as secretarias de Estado e os ministérios, todos eles, possuem recursos que podem ser captados.
Escolas, Quadras Poliesportivas, Creches, Postos de Saúde, Hospitais, obras de saneamento, setor agropecuário e pesqueiro, segurança pública, turismo, infraestrutura (estradas) são alguns exemplos de ações que necessitam ser implementadas pelos prefeitos para atender os mais diversos setores de seus municípios. Os vereadores também podem fazer esse mesmo movimento. Ajudariam na administração de seus municípios.
Mas, essa busca de recursos não se restringe somente ao prefeito e aos vereadores. A própria sociedade civil também pode contribuir com esse processo. Toda entidade da sociedade social civil preenchidos certos requisitos, podem também acessar as esferas governamentais na busca desses recursos.
Por essa razão, temos que louvar a iniciativa o prefeito do município de Viseu, Isaias Neto, que hoje, 11.03.2020, esteve cumprindo audiência em Brasília, FNDE, com a presidente da entidade Karine Silvva Sanos, na companhia do deputado federal Cristiano Vale, em busca de assegurar recursos para investimentos para a educação no município. Estiveram acompanhando o prefeito, os vereadores Paulo Barros e Abudy e o Secretário de Obras, Carlos Corrêa
Reunião com a presidente do FNDE Karine Silva Santos


   

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