quarta-feira, 8 de julho de 2020

AUXILIO EMERGENCIAL: Impactos dos recursos na economia dos municípios paraenses

Auxilio emergencial: Uma saída para evitar uma forte queda no PIB nacional?
Imagem: Site UOL

Apesar da crise que ronda a geração de emprego e renda por conta dos efeitos da Pandemia do Coronavírus, é inegável que a economia dos municípios brasileiros sofreu uma injeção de recursos que não deixou a crise se instalar por completo na economia de muitas regiões brasileiras.
Segundo o economista e pesquisador Marcelo Freire, gerente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco (SDEC-PE), o benefício vai ajudar a minimizar o impacto da crise provocada pelo Covid-19 no PIB brasileiro, com maior eficácia nas regiões mais pobres do País.
Dos R$ 178 bilhões o Norte (R$ 18,3 bilhões ou 10,25% do total) e o Nordeste (R$ 50,06 bilhões, ou 28,3%) devem receber 38,28%.
 A fatia paraense desse montante é a sétima maior em valores absolutos e representa 5,53% do repasse nacional. “O auxílio emergencial está chegando nos municípios mais pobres e gerando impactos previstos na economia desses locais. É um programa ótimo, que não tem nenhum intermediário, apesar das falcatruas, dos desvios para as pessoas paravas pessoas que não precisam desse dinheiro. Mas, isso é uma minoria. A maioria que realmente necessita vai receber e vai gastar como bem entender. Vai pagar suas dívidas, comprar alimentos, roupas... e quando eles fazem isso, eles movimentam a economia local. É um desencadeamento muito importante. E a isso se multiplica para que o PIB do Estado não caia tanto, como era esperado que fosse cair”, avaliou o também economista e pesquisar Ecio Costa, da Universidade Federal de Pernambuco.
“Tem prefeito que, apesar da crise, nunca viu tanto dinheiro circular no município”, complementou Écio Costa. Conforme estudos, os municípios com maior impacto estão no Pará e no Maranhão, que registraram taxas elevadas de beneficiários que participavam do Bolsa Família e viram seus rendimentos praticamente triplicarem, passando de uma média de R$ 191, para R$ 600/mês. As mulheres chefes de família recebem R$ 1.200. No Pará, 50,74% dos beneficiários do auxílio emergencial já estavam cadastrados no Bolsa Família. São 1,37 milhões dos 2,7 milhões de paraenses com direito ao auxílio emergencial no Estado.
Do montante de R$ 1,97 bilhão repassado ao Pará, nas três primeiras parcelas, R$ 1,08 bilhão, que representa 54,70% do total foi para este grupo inscrito no programa. “Ou seja, 51% dos beneficiários já estavam cadastrados no programa Bolsa Família.
Apesar do impacto positivo da renda emergencial na economia, especialistas da área esperam uma forte queda no PIB nacional neste ano de 2020 não poderá ser evitada.
Analises conjunturais ainda continuam sendo realizadas para dimensionar o real impacto na queda do desemprego assim como os efeitos do auxílio emergencial no desempenho da economia nacional.

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