Auxilio emergencial: Uma saída para evitar uma forte queda no PIB nacional? Imagem: Site UOL |
Apesar da
crise que ronda a geração de emprego e renda por conta dos efeitos da Pandemia
do Coronavírus, é inegável que a economia dos municípios brasileiros sofreu uma
injeção de recursos que não deixou a crise se instalar por completo na economia
de muitas regiões brasileiras.
Segundo o
economista e pesquisador Marcelo Freire, gerente da Secretaria de
Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco (SDEC-PE), o benefício vai
ajudar a minimizar o impacto da crise provocada pelo Covid-19 no PIB brasileiro,
com maior eficácia nas regiões mais pobres do País.
Dos R$ 178 bilhões
o Norte (R$ 18,3 bilhões ou 10,25% do total) e o Nordeste (R$ 50,06 bilhões, ou
28,3%) devem receber 38,28%.
A fatia paraense desse montante é a sétima
maior em valores absolutos e representa 5,53% do repasse nacional. “O auxílio
emergencial está chegando nos municípios mais pobres e gerando impactos
previstos na economia desses locais. É um programa ótimo, que não tem nenhum
intermediário, apesar das falcatruas, dos desvios para as pessoas paravas
pessoas que não precisam desse dinheiro. Mas, isso é uma minoria. A maioria que
realmente necessita vai receber e vai gastar como bem entender. Vai pagar suas
dívidas, comprar alimentos, roupas... e quando eles fazem isso, eles movimentam
a economia local. É um desencadeamento muito importante. E a isso se multiplica
para que o PIB do Estado não caia tanto, como era esperado que fosse cair”,
avaliou o também economista e pesquisar Ecio Costa, da Universidade Federal de
Pernambuco.
“Tem prefeito
que, apesar da crise, nunca viu tanto dinheiro circular no município”,
complementou Écio Costa. Conforme estudos, os municípios com maior impacto
estão no Pará e no Maranhão, que registraram taxas elevadas de beneficiários que
participavam do Bolsa Família e viram seus rendimentos praticamente triplicarem,
passando de uma média de R$ 191, para R$ 600/mês. As mulheres chefes de família
recebem R$ 1.200. No Pará, 50,74% dos beneficiários do auxílio emergencial já
estavam cadastrados no Bolsa Família. São 1,37 milhões dos 2,7 milhões de
paraenses com direito ao auxílio emergencial no Estado.
Do montante de
R$ 1,97 bilhão repassado ao Pará, nas três primeiras parcelas, R$ 1,08 bilhão,
que representa 54,70% do total foi para este grupo inscrito no programa. “Ou
seja, 51% dos beneficiários já estavam cadastrados no programa Bolsa Família.
Apesar do
impacto positivo da renda emergencial na economia, especialistas da área
esperam uma forte queda no PIB nacional neste ano de 2020 não poderá ser
evitada.
Analises
conjunturais ainda continuam sendo realizadas para dimensionar o real impacto
na queda do desemprego assim como os efeitos do auxílio emergencial no
desempenho da economia nacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário