quarta-feira, 8 de julho de 2020

RODOVIAS BRASILEIRAS: A quem compete e responsabilidade pela manutenção das rodovias identificadas como PAs?

Viseu: Recuperação da Vicinal que liga a BR 308 a Açaiteua, no Distrito de Fernandes Belo
Obra da Prefeitura de Viseu em parceria com o Governo Estadual

Bom dia companheiros do grupo PRAINHA DEMOCRÁTICA
Sou do município de Viseu, na Região Nordeste do Estado do Pará, e defendo a emancipação político-administrativa do Distrito de Fernandes Belo. Sou presidente da Federação das Associações de Desenvolvimento Distrital e Emancipalista do Estado do Pará – FADDEPA e também do Confederação das Federações Emancipacionistas e Anexionistas do Brasil – CONFEAB.
Exponho aqui minha participação no debate de hoje nas redes sociais.
A quem compete e responsabilidade pela manutenção das rodovias identificadas como PAs?
Na federação, a gestão de rodovias se divide em três competências: Governo Federal: Rodovias federais - BRs; Governos Estaduais: Rodovias estaduais (no nosso caso): PAs; e Municípios: Rodovias municipais que poderiam ser identificadas pela sigla do município, mas são comumente chamadas de vicinais.
A competência para realizar a manutenção das rodovias estaduais, as nossas PAs, é do Estado. Discutir competências administrativas também nos leva a discutir competências legislativas, aqui confundidas com competências político/administrativa.
Nossa Constituição Federal atribui o papel de cada um dos três poderes: O Executivo para administrar. O Legislativo para legislar. E o Judiciário para julgar. Os poderes precisam conviver em harmonia e cada um deles exercer sua atribuição específica.
Diante disso caberia ao Chefe do executivo, através de seu Secretário de Transportes, cuidar para nosso sistema viário atendesse a necessidade do cidadão, permitindo ao mesmo total liberdade no seu direito de ir e vir.
Infelizmente isso não acontece. Nossas rodovias estaduais, a maioria delas, deixa o cidadão que mora em suas margens vivendo duas situações distintas: No inverno come lama e no verão engole poeira. E com isso a saúde de nosso povo vai para o beleléu.
Diante de um quadro desses é muito comum assistirmos protestos com a população pedindo a recuperação desta ou daquela rodovia. As pessoas não podem se locomover, o transporte de passageiros é afetado, o escoamento da produção é prejudicado. E quem sofre com esse descaso á o pobre cidadão, o contribuinte, que quando compra um mero quilo de feijão está recolhendo impostos que movimenta a máquina pública.
Antigamente governo governava, legislador legislava e fiscalizava e juiz julgava. Hoje vivemos uma completa inversão de valores. A máquina pública só funciona movida por interesses políticos. Como consequência vivemos um fato que as verbas do orçamento geral do Estado são distribuídos conforme o poder de influência do parlamentar.
Então, diante disso, no tocante a nossas rodovias estaduais, caberia aos parlamentares representantes da região, incluírem no PPA – Plano Plurianual e depois no Orçamento Geral do Estado, recursos para beneficiar as Estradas em suas bases políticas. Era para ser assim. Mas, não é.
Para conseguir isso, só a sua força não é necessária. Esse parlamentar estadual teria que ter a capacidade de aglutinar apoios de deputados de seu partido, de outros partidos, de outras regiões, porque um voto isolado não consegue nada. Para isso eles se unem no chamado interesse de bancada. “Eu te ajudo na tua região e tu me ajudas na minha”, costumam dizer.
Mas só isso não basta. Outras forças precisam coexistir. A Comunidade afetada pelo problema tem de ser a primeira força; a classe política da região: lideranças políticas, prefeitos e vereadores. Essas forças têm de chegar junto ao governador, aos deputados, mostrando que suas necessidades precisam ser atendidas. Juntos terão muito mais força!
Mas, só incluir a demanda no Orçamento Geral não basta. Apesar de hoje existir a figura do “orçamento impositivo”, não basta constar no orçamento para os recursos serem liberados. Ao lado desse orçamento impositivo passou a existir uma medida chamada de “contingenciamento”. Se não tiver recursos o Estado não será obrigado a liberar aqueles valores incluídos no orçamento pelos deputados através de emendas parlamentares que poderiam beneficiar uma região.
É muito comum vermos deputados divulgando em out doors que conseguiu tantos R$ em emendas parlamentares para beneficiar município tal, destinado a manutenção/asfaltamento estradas, por exemplo. Ele esquece de mencionar um fato. Apesar de ter incluído a emenda que destinaria os recursos para beneficiar uma certa rodovia ele não apresenta o projeto de execução da obra (projeto de engenharia, relatórios de impactos ambientais, etc...). E com isso, dificilmente aquele sonho de ter sua estrada asfaltada se torna realidade.
No final do mandato do governo passado a Assembleia Legislativa do Estado do Pará autorizou o então governador a contrair empréstimos de milhões de dólares destinado a beneficiar a malha rodoviária do Estado. O atual governo, salvo engano, já assinou contrato junto ao órgão financiador. A questão é saber que estradas constam nesse planejamento. Para isso seria necessária uma consulta a SETRANS para ver se alguma estrada da região está contemplada. Não bata apenas estar contemplada. Tem de verificar se tem um projeto técnico respetivo.
A questão é complicada. Como resolver a questão? No meu entendimento apenas a união das forças políticas de região poderia mudar esse quadro.
Em novembro/2020, vamos viver mais um processo eleitoral. Na minha visão, vamos escolher a figura mais importante do cenário político nacional: Os vereadores!
São os vereadores a verdadeira ponta de lança da política nacional. Eles não têm a noção exata de sua força.
Na eleição de prefeitos, deputados estaduais, deputados federais, senadores, governadores, presidente da república, o ator principal é o eleitor. Mas, quem é o primeiro a ser convocado para ir em busca do voto do eleitor? Não é o vereador? Historicamente ele não pode fazer nada, pois seu papel é de mero (sic) legislador. Executar, nesse caso das rodovias estaduais é competência do Governador. Mas, na verdade, é ele o vereador quem realmente “TEM A FORÇA! É ele quem sai em busca do voto que vai eleger prefeitos, deputados estaduais, deputados federais, senadores, governadores, presidente da república.
Aqui fica minha mensagem aos pré-candidatos a vereador nessas eleições. Assumam seu papel de ator principal. Reconheçam o valor que tem um vereador. Pois certamente, ele pode ser o elemento catalizador em potencial de boas ações em prol de seu município.
Eleitos, reúnam-se com vereadores de municípios vizinhos que sofrem com os mesmos problemas. Juntos terão muito mais força para buscar a atenção que o povo de seus municípios merece.
Vamos mostrar a força que PRAINHA tem. Organizados fica mais fácil de conseguir essa mudança de paradigma!
Antonio Pantoja
Presidente da FADDEPA
Presidente CONFEAB


Nenhum comentário:

Postar um comentário